segunda-feira, 28 de maio de 2018

Mau feitio e muito ruído às Portas de S. Antão.

O Coliseu de Lisboa recebe hoje à noite uma das bandas mais importantes da música alternativa escocesa, os The Jesus And Mary Chain. Os irmãos Reid andam em digressão a promover o seu mais recente trabalho "Damage and Joy", mas o que a malta quer mesmo são os clássicos. Não é que as novas músicas sejam más, mas quem tem estas bombas no seu repertório, tem fãs para o resto da vida.

Curiosidade: o vídeo de "You Trip Me Up" foi filmado em Lagos, no Algarve, no prosaico ano de 1985.










quarta-feira, 23 de maio de 2018

Álbum do ano?

Ainda não chegámos ao final de Maio e já temos álbum do ano? Para já, muita coisa depois ouvida, ainda nada se aproximou, pelo que os GusGus, com o seu "Lies Are More Flexible", são fortíssimos contendores a esse título.

Se não acreditam ouçam "Featherlight", "Lifetime", "No Manual", "Fuel" ou este "Fireworks". 23 anos após a edição do seu primeiro e homónimo álbum, os GusGus continuam numa forma fantástica.

Dueto de prata.

A Mute anunciou o lançamento de uma edição especial de "Silver Eye", o sétimo álbum de originais de Goldfrapp, a sair no próximo dia 6 de julho.

Esta Deluxe Edition contém a regravação de "Ocean", desta vez em dueto com Dave Gahan, dos Depeche Mode, assim como um conjunto de remixes e versões alternativas de canções de Alison Goldfrapp e Will Gregory.

A voz de Gahan continua soberba, mas este dueto não ganhará nenhum prémio.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Macacos sem frio.

Editado a 10 de Maio passado, o sexto álbum de originais dos Arctic Monkeys demorou bastante tempo a ver a luz do dia. O hiato desde a edição de AM não lhes mudou o som, ainda que este single, "Four out of Five," não me diga grande coisa. Mas bom, como gosto dos rapazes vou dar uma hipótese a "Tranquility Base Hotel & Casino", a ver se outras faixas me convencem mais...

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Feios, maus e deliciosamente inseguros.


































Comecemos pelo evidente: a capa do álbum de estreia homónimo dos Insecure Men. Se este fantástico tributo à propaganda norte-coreana vos deixar indiferente, então não têm o sentido de humor necessário para frequentar este estaminé.

Continuam por aqui? Então apresentemos a dupla de adultos que aparece na ilustração e que são os mentores dos Insecure Men: Saul Adamczewski (corrido dos Fat White Family por demasiadas drogas num corpo só, entretanto já limpo) e Ben Romans-Hopcraft (Childhood), são dois músicos ingleses, amigos de longa data, que uniram esforços para nos darem um dos discos mais inconvenientes dos últimos tempos.

Conseguem-no com letras que falam de gente tão recomendável como Gerry Adams (sim, o senhor do IRA na deliciosa faixa "Ulster"), Cliff Richard ("Cliff Has Left the Building"), Gary Glitter ("Mekong Glitter"), Whitney Houston e a filha dela! E os suícidos de ambas (a gloriosa faixa "Whitney Houston & I")!

Não contentes com uma prosa tão apurada, os Insecure Men dão-nos música feita à base de pop aditivada com easy-listening, glam rock, indie rock, exotica e mais umas sonoridades rejeitadas pelo bom gosto mainstream.

Exageramos? Sim, exageramos, mas é o nosso modus operandis quando ficamos obcecados por um disco tão magnífico como este. Juntem-se a nós nesta obsessão e descubram os Insecure Men nos singles "Teenage Toy" e "I Don't Wanna Dance (with My Baby)", ambos realizados por Jak Payne, e "Ulster", cujo vídeo é de Niall Trask.

E também levam com estes senhores ao vivo, no Scala de Londres, a tocarem "Mekong Glitter". Aquelas projecções em fundo do pedófilo Glitter, intercaladas com imagens de criancinhas orientais (certamente do Vietname ou do Camboja), são um mimo...








sexta-feira, 4 de maio de 2018

A resistência ainda anda por aí.

Partimos para o desejado fim-de-semana ao som do bonito "Hold Me Like a Heaven", o novo single de "Resistance Is Futile", o último de originais dos Manic Street Preachers. Depois de escutado de fio a pavio, este disco não defrauda os fãs da banda galesa, embora lhe falte um pouco de sangue na guelra.

Mas sejamos justos: com uma carreira de 32 anos e com 13 álbuns originais, estes senhores continuam a fazer algum do melhor rock anglo-saxónico que se pode escutar por aí.