quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

àaaa um café!

E que tal um shot de café bem forte pela manhã? Sai um espresso para a mesa do fundo, faz favor!

Novo álbum de Nils Frahm, "All Melody" foi editado no início deste ano através da Erased Tapes. E que regresso! Hipnótico, eufórico, genial!

Onde está o Indie?

Terão o Indie Pop e o Indie Rock morrido?

A pergunta vem a propósito de um artigo com que me cruzei, escrito na Vox.

https://www.vox.com/culture/2017/10/25/16070928/peak-indie-rock-1997


Na verdade, nada morre para sempre (nem mesmo o Disco ou o Drum and Bass), ainda que álbuns de grande fulgor estejam a escassear a olhos vistos. Sim, são cada vez mais raras coisas apetitosas como "Brighten the Corners" (1996) dos Pavement, "100 Broken Windows" (2000) dos Idlewild ou "Dulcinea" (1994) dos Toad the Wet Sprocket.

As novas tendências estão aí para quem as quiser apanhar, encapsuladas em deformidades como Agir, Diogo Piçarra ou D.A.M.A.





terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Versões LXX

Muita gente não aprecia a "Song 2" dos Blur por ser muito "barulhenta" e fugir aos cânones britpop a que essa banda nos habituou. E se alguém se lembrasse de fazer uma remix da "Song 2" com "Smack My Bitch Up" dos Prodigy? Foi o que fizeram os Brock Landars, com algum sucesso, ainda que o resultado dê prevalência aos Blur sobre os Prodigy.

Dos praticamente desconhecidos Brock Landars... "S.M.D.U." ou como quem diz "Smack My Dick Up".

Córnico.

Com menos de dois milhares de indivíduos fluentes na língua original da Cornualha, é bem possível que pouca gente perceba as letras do novo álbum de Gwenno, intitulado "Le Kov" ("the place of memory"). A ser lançado no próximo dia 2 de Março através da Heavenly Recordings, não deixa, ainda assim, de merecer a nossa atenção, pois a qualidade melódica compensa a falta de compreensão do que a senhora vai dizendo.

Ouçamos, a título de exemplo, este "Tir Ha Mor".

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Volume no máximo!

Grande regresso dos escoceses Franz Ferdinand, com a canção título do novo álbum, "Always Ascending". Sem Nick McCarthy, os Franz Ferdinand fizeram duas contratações para a banda: Dino Bardot nas guitarras e a grande surpresa nos teclados/sintetizadores, Julian Corrie, mais conhecido como Miaoux Miaoux, o famoso produtor e músico inglês, responsável por remisturas para os Belle And Sebastian, Arab Strap, CHVRCHES, entre outros.

Não sabemos se é dos contributos de Corrie, se foi por escolha de Alex Kapranos, mas o novo álbum tem umas faixas bem apontadas à pista de dança.

O vídeo é dos nossos conhecidos AB/CD/CD, o colectivo francês que já nos tinha dado esta maravilha.

R.I.P. - XV

Apesar de virmos com cinco dias de atraso, não queremos deixar de prestar homenagem a um dos grandes compositores do século XXI, o islandês Jóhann Jóhannsson, que faleceu no sábado, dia 10, em Berlim.

Citamos o crítico inglês do The Guardian, Joe Muggs, após ter visto Jóhann Jóhannsson ao vivo no The Barbican, em 2012: He makes music for endings, shut-down mines, obsolete mainframe computers and failed utopias ... the notes fade away, the stories have already finished, everything ends.

E que melhor maneira de homenagear, do que recordar a passagem de Jóhann Jóhannsson pelas Icelandic Airwaves, da KEXP, em 2011.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Valentina. Mas não a Torres.

Para quem leva a sério o mercantilismo associado ao dia de hoje, deixo-vos com uma sugestão de banda sonora: "Valentine", do nosso amigo Jonathan Bree. É o terceiro single a ser retirado de "Sleepwalking", o último álbum do músico, que não há maneira de ser lançado...

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Pelas ondas da rádio - XVII - edição islandesa!

É uma tradição desde 2010: a KEXP assenta arraiais em Reykjavik, para as Icelandic Airwaves e apresenta ao vivo uma série de artistas islandeses. Da edição de 2017 destacamos uns repetentes, os obrigatórios Gusgus, e uma estreia: The Colorist Orchestra & Emiliana Torrini. Duas actuações intensas de dois estilos bem diferentes. É favor ouvir e dançar.





quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Eles e o Michael.

Gostamos de gente que não se leva a sério.

Os MGMT de Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser têm feito um trabalho louvável a minar a popularidade que ganharam com o seu disco de estreia, "Oracular Spectacular", de 2007. Não que o álbum fosse mau, longe disso. Basta pôr a tocar "Kids" e "Time to Pretend" e há gente a dançar. Mas a dupla não soube digerir o sucesso e todo o hype à volta do disco. Vai daí, lançaram "Congratulations" (2010) e "MGMT" (2013), álbuns que deixaram muitos fãs baralhados e críticos irritados. Mais alternativos e menos orelhudos, eram discos que pediam disponibilidade para serem escutados diversas vezes. E depois os singles eram servidos de vídeos ainda mais desafiantes.

Chegamos a 2018 e, a dois dias do lançamento oficial de "Little Dark Age", recebemos o mais recente single, "Me and Michael". A quarta faixa do disco é uma paródia fantástica aos hits da década de 1980. Não sabemos se foi da inspiração dos artistas convidados (Ariel Pink e Connan Mockasin) ou se foi obra dos produtores (Patrick Wimberly e Dave Fridmann), mas aquilo que nos chega aos ouvidos é retro-pop-chunga dos 80s muito bem feito (ou plagiado) e que se torna uma constante ao longo de todo o disco. E isso é bom? É sim, senhor!

E se os acusarem de irem na moda de recriar o som da última década original, eles, pelos vistos, não se importam. Basta ver a magnífica campanha de promoção de "Me and Michael". Quem se dá ao trabalho de pôr uma banda filipina a cantar uma versão do single, com a produção do próprio Dave Fridman e do realizador dos vídeos, Joey Frank, é porque não se leva muito a sério. E nós agradecemos!

E aplaudimos!!



P.S.: para os curiosos das figurações o actor que surge no vídeo é o irmão do Steve Buscemi, Michael Buscemi! Me and Michael, nudge, nudge...

Perguntas e perguntas...

É sempre com alguma tristeza que vemos uma banda, que gostamos, acabar ou algum dos seus integrantes sair ou falecer. Neste último caso, há situações em que faz sentido continuar, outras nem por isso. Pessoalmente, creio que estar a ver os Queen sem o Freddie Mercury não faz sentido nenhum; mas, por outro lado, já vi os Alice in Chains sem o Layne Staley e gostei bastante. Por último, nada contra o Zé Pedro, antes pelo contrário, mas a morte do mesmo teria sido uma boa oportunidade para se acabar de vez com a praga Xutos & Pontapés. Infelizmente não tivemos essa sorte.

Tudo isto a propósito dos Yazoo, Depeche Mode e actos conexos. Como teriam evoluído os Depeche com o Vince Clarke na banda? Significaria que não existiriam os Yazoo e os Erasure? Ficámos a perder ou a ganhar? Bom, se disso resultasse que não teríamos este "Situation", fico então feliz por ter visto o Vince Clarke a escolher outras paragens. Mas... como seria a interpretação desta canção pelo Dave Gahan? Questions, questions...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Traças.

Uma colaboração entre os Burial e os Four Tet nunca pode deixar a comunidade electrónica indiferente, ainda que os resultados por vezes pareçam mais uma colagem de blocos musicais criados à distância, sem uma verdadeira comunhão entre os seus criadores. Não é o caso deste "Moth", música que parece demonstrar que o duo se sentou e produziu o resultado presencialmente.

Um bocadinho mais Burial do que Four Tet, construída à volta de um loop suave e melódico, é um bom aperitivo para o que estes dois produtores podem fazer em conjunto.

Perdido em combate.

Alguém ainda houve falar em Drum and Bass? Parece, de facto, um estilo morto e incinerado, após uma década de 90 muito forte. As causa para a falência cardíaca são muitas: excesso de exposição, uma fórmula demasiado rígida, alguma falta de qualidade em muitos projectos, entre outros factores que poderia estra para aqui a enumerar.

Independentemente da(s) falha(s) ocorrida(s), houve nomes e músicas que resistiram à poeira do tempo, caso dos Omni Trio e este "Living For The Future (FBD Project Remix)"

Pelas ondas da rádio - XVI

Sintonia na nossa mui estimada rádio norte-americana KEXP para vermos e ouvirmos os Slowdive, enquanto não chega o 8 de março, dia em que a banda inglesa actua no Lisboa ao Vivo.

Já sabem: tragam o vosso calçado mais bonito. Contemplação nos pés, glória nos ouvidos!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Rua da moeda.

Muitas das imagens deste video foram gravadas precisamente há 51 anos, ou seja, a 5 de fevereiro de 1967. Passeios por Stratford, Angel Lane (Londres) e o Royal Theatre constituíram o cenário para o vídeo da música, ainda que a "Penny Lane" original seja de facto em Liverpool.

Fiquem pois com os The Beatles e a música companheira de "Strawberry Fields Forever" no "Double-A side".

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Para a bebé do dia.

E para antever um dos grandes concertos de 2018: os LCD Soundsystem, no Coliseu dos Recreios, de 19 a 21 de junho. Pode ser que consigamos que o Sr. Murphy vá jantar lá a casa. Fazemos uns pratos de forno bem competentes!

"Oh Baby" do mais recente "American Dream", ao vivo em Austin, EUA.