segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

La La Bum?

Aproveita-se a 'posta' anterior do grande connaisseur DJ Bruto, para mostrarmos sons que definitivamente não vão ganhar o óscar para BSO, mas que têm lugar num qualquer filme imaginário, como, por exemplo, este "Cerebral", que junta o alemão Boys Noize ao produtor e dj norte-americano Pilo.

O vídeo (apocalíptico) é de LIL INTERNET.

Óscares!

Noite de óscares, marketing norte-americano que me passa completamente ao lado (o mesmo se passando com os grammys, emmys, tonys ou superbowl), sabujice para manter a máquina a rolar e os dólares a entrar. Não quer isso dizer que não haja grandes filmes galardoados assim como grandes bandas sonoras. Há, e na verdade o prémio para melhor banda sonora é talvez o único que tenho alguma curiosidade em ver após a cerimónia.

Este ano o grande vencedor foi Justin Hurwitz com a sua BSO para La La Land (sim, ganhou mesmo, já confirmei junto da PWC). Audição transversal revela um conjunto interessante e à imagem de anteriores vencedores em Hollywood.

Tudo isto a propósito de uma outra coisa, totalmente distinta das lantejoulas e da passadeira vermelha: "Sarava Exu", álbum do brasileiro Ricardo Donoso, banda sonora perfeita para um filme de guerra com submarinos ou algo apocalíptico, à imagem dos tempos áureos dos FSOL. Estrutura labiríntica, sem ser demasiado repetitiva, antes se metamorfoseando constantemente em novos desafios. Não ganhou nada? Brasil não é Hollywood e o Carnaval não dá estatuetas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Back in the House!

Em 1996, "Ultra Flava" foi um dos maiores êxitos mundiais do House mais dançante, com sucesso nas tabelas deste e do lado de lá do Atlântico. A dupla criadora deste repetição musical hipnótica chamava-se Heller & Farley Project, dos britânicos Pete Heller e Terry Farley. O projecto nunca teve outro hino tão marcante ainda que existam algumas remisturas interessantes de trabalhos de outros artistas.

A versão aqui para o Duotron é uma revisitação que a dupla fez em 2016. Ligeiríssimas alterações, um som mais cuidado, totalmente instrumental (isto porque havia uma versão mais curta e vocalizada).



Voltámos a ouvir falar de Pete Heller poucos anos mais tarde, mais concretamente por causa de "Big Love", uma melodia que parece directamente saída da corrente French Touch, tão em voga por essas alturas. Foi mais um sucesso mundial e das pistas de dança.

Dois sucessos? Pronto, já não entra para a rubrica One Hit Wonder.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Ok, ouvimos só mais esta e vamos embora.

E para irmos embora e fechar a noite fiquemos com um jazz mais consensual, diria, mas não menos inovador e com um forte piscar de olho a John Coltrane. Matthew Halsall, trompetista de Manchester (sim, nem todos os grandes trompetistas têm de vir do país do loiríssimo Trump), tem sido prolífero na edição de álbuns, sendo que após "On The Go, de 2011, donde saiu este "Music For a Dancing Mind", já editou mais 3 LPs, sempre pela sua Gondwana.

Jazz contemporâneo, que não renega a história ou as influências, mas que se apresenta criativo e agradável de ouvir, não entrando por aquelas orgias cacafónicas e de improvisação que infelizmente parecem estar cada vez mais na moda.

Ida rapidinha ao Hot Club.

Têm cerca de 21 minutos? Olhem que vai valer a pena!

Os australianos The Necks têm vindo a produzir um jazz experimentalista e cativador desde meados da década de 80, baseando o seu som em alguma improvisação mas também num longo desenvolvimento e transformação gradual de figuras musicais repetitivas.

Com os pés bem assentes no universo jazz, os The Necks foram igualmente buscar inspiração ao universo krautrock e ao trabalho de compositores minimalitas como Philip Glass ou Tony Conrad. Uma vez mais, quem precisa de um refrão para se divertir?

Do álbum Chemist fiquem com "Fatal".

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Uma boa conta.

Hamilton Leithauser + Rostam + Cassius + Buddy Ross = "In A Black Out" (remix)!

A versão original pode ser encontrada no álbum "I Had A Dream That You Were Mine", de Hamilton Leithauser + Rostam. Aqui fica a mistura dos franceses Cassius com a colaboração do produtor norte-americano Buddy Ross, para um final de tarde com boa batida.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

É assim que se toca.

Stephin Merritt e os seus The Magnetic Fields têm um novo single para promover "50 Song Memoir", o novo ópus do génio de mau feitio. A canção chama-se "'81 How to Play the Synthesizer" e é isso mesmo: como tocar num sintetizador. E é uma delícia kraftwerquiana.

Ora tomem lá e enfim o bom dia no modulador!

Salvé FMI.

Uma música que se pretende pop muito dificilmente se pode dar ao luxo de ter um começo de 3 minutos, sem refrão ou algo que possa fazer parte de um qualquer anúncio de uma operadora de telemóveis ou televisão por cabo. Mas foi o que nos propôs a Banda do Casaco neste "Salvé Maravilha", uma mistura entre folk, new wave portuguesa e pop tradicional, num exercício contracorrente com o que se fazia na altura em Portugal.

Este single fez parte do álbum de 1982 - "Também eu". Era certamente um Portugal muito diferente mas que ainda assim nos apresenta traços comuns, nomeadamente uma fase de pré ou pós intervenção do FMI no país, algo que trinta e tal anos depois ainda não nos livrámos.

Muitos nomes importantes da música nacional passaram pela Banda do Casaco, devendo dar-se destaque à voz de Né Ladeiras neste single, ainda que por essa função já tivesse passado, por exemplo, Cândida Branca Flor.

Para recordar.

Bem-vindo sol!

Início de mais uma semana, com melhor tempo e, espera-se, melhor humor. Comecemos pois animados com um outro nome da corrente electro-swing, o Sr. Jamie Berry aqui com em colaboração com Octavia Rose.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Versões - LXIX

Mick Harvey continua a escarafunchar a obra de Serge Gainsbourg e, desta vez, não a traduziu para a inglês, mas sim para alemão... Pois, alemão. E, como se isso não bastasse, escolheu o icónico "Je T'Aime… Moi Non Plus", para fazer sauerkraut, com ajuda da alemã Andrea Schroeder no papel de Jane Birkin.

Basicamente é o "Je T'Aime… Moi Non Plus" clássico, mas gemido em alemão, com sotaque australiano por parte de quem mete e se vem. A badalhoquice vem no novo álbum de Harvey, "Intoxicated Women".

O vídeo é de Lucian Segura.

Como é que chegámos aqui.

Curiosa história de James Mercer e dos seus The Shins, neste novo single, "Mildenhall". O álbum está para breve e chama-se "Heartworms".

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Para ela não se esquecer.

A senhora gostou?
Então pomos a tocar mais.

Os Warhaus, de Maarten Devoldere, a tocarem "Memory", do mui aconselhável "We Fucked a Flame Into Being". O vídeo é de Wouter Bouvijn.

Os pais de todos os THE.

Quando falamos dos The The falamos essencialmente de Matt Johnson, o único verdadeiro elemento permanente desta banda inglesa, ainda que muitas outras pessoas importantes tenham passado de modo esporádico pela formação do grupo, casos de Johnny Marr (Smiths), Dave Palmer (ABC) ou mesmo Jools Holland.

Mas vamos à música, pois a Wikipédia dá-vos toda a informação importante sobre a banda.

Do primeiro álbum da banda - Soul Mining - sai este muito bom single "Uncertain Smile", aqui tocado ao vivo com Jools Holland, que de facto gravou a parte de piano da versão editada em 1982. Sim, porque houve uma versão de 1981, intitulada "Cold Spell Ahead", que em vez do piano tinha um solo de saxofone e flautas. É ouvir esta versão e a do sax para perceber que "Uncertain Smile" saiu muito mais beneficiada.



Saltemos o segundo álbum da banda, o também muito bom "Infected", de 1986, e aterremos naquele que deu aos The The o seu single de maior sucesso: "The Beat(en) Generation", retirado de "Mind Bomb". Mais uma vez este trabalho contou com inúmeras colaborações de gente conhecida, nomeadamente Sinéad O'Conner ou o já mencionado Johnny Marr. Aliás, para quem conhece o trabalho deste último não pode deixar de notar a sua qualidade nas músicas de "Mind Bomb", não desfazendo nas próprias virtudes de Matt Johnson.



Acabemos este pequena viagem por alguns dos álbuns dos The The com "Dusk", editado em 1993 e que teve como single de avanço este "Dogs of Lust"



Após "Dusk", Matt Johnson voltou à vida solitária, acabando com o formato "banda" que o tinha acompanhado nos dois últimos álbuns. Seguiram-se mais dois álbuns relativamente anónimos e, nos últimos anos, o rapaz parece que tem andado a dedicar-se a compor bandas sonoras para filmes, casos de "Moonbug" ou "Hyena".

Classificados inicialmente como New Wave, os The The ultrapassam largamente qualquer fronteira com que os queiram balizar, fruto de um som muito particular que inclui elementos do Country, Jazz, Synthpop ou Psychedelia. Poucas vezes relembrados quando se faz um balanço da histórica da música nos anos 80 ou 90, fica aqui este espacinho no Duotron para recordar às gerações vindouras que nem tudo o que não atinge o primeiro lugar do Top é necessariamente mau. Antes pelo contrário.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Less is more. -II

aqui falámos do regresso dos The Jesus And Mary Chain, criando algumas expectativas em torno de "Damage and Joy". Hoje trazemos o novo single "Always Sad" e é engraçadito q.b., mas gostaríamos de voltar àquela sensação de excitação desconfortável que era ouvir a banda escocesa. Não pedimos um "Never Understand", o primeiro single que os irmãos Reid editaram, ainda com o Bobby Gillespie (Primal Scream) na bateria, mas...





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Abaixo os centros comerciais!

O álbum é de 2015, mas ainda tem coisas bonitas para mostrar, como este "White Oaks Mall". Partimos para o descanso de dois dias ao som de Daniel Knox e do seu álbum homónimo.

O vídeo é de Jonathan Harris e é bem bonito

Sacudir a poeira.

Alisson Goldfrapp e Will Gregory voltam às pistas de dança com "Anymore", primeiro avanço para o seu sétimo álbum de originais, "Silver Eye", que sai dia 31 de março.

Parece-nos bem. Venha o álbum.

Dedicada aos meus bares!

A 10 de Março é lançado o novo álbum de uma das vozes de baixo mais marcantes dos últimos anos. É verdade, o Sr. Stephin Merritt tem novo conjunto de canções. "50 Song Memoir", do qual saiu este engraçado "Be True to Your Bar", é um álbum de continuidade com o excelente "69 Love Songs", uma vez mais com uma enormidade de músicas espalhadas, quem sabe, por 3 ou 4 CDs. Nada que a gente se importe, pois vozes e músicas como as que são criadas pelo Sr. Merritt cada vez mais escasseiam. É aproveitar!

Novidades telegráficas. - XXXVIII

Regressamos ao formato das notícias rápidas e requentadas.

O álbum foi anunciado aqui, agora temos de volta os Pond com mais um single, "30000 Megatons". A montagem do vídeo ficou a cargo de Ashley Rommelrath.




Da Austrália descemos à Nova Zelândia para ouvir os Lawrence Arabia, ainda a promover "Absolute Truth", o último álbum de originais. "The Palest Of Them All" é o novo single e conta com Stephen Ballantyne e Carla Brereton na realização.




Atravessamos o oceano Pacífico para chegar aos EUA e aos nossos estimados The Besnard Lakes, que têm disco novo, "The Besnard Lakes Are The Divine Wind" e esta é a "Divine Wind".




Uma parceria atlântica deu neste "Controller", single novo dos Hercules & Love Affair que conta com a voz de Faris Badwan (The Horrors e Cat's Eyes). O álbum deve sair brevemente.




Acabamos na Europa, com mais um single para "We Fucked a Flame into Being", o álbum de estreia de Warhaus. "Machinery" é o título da música e o vídeo é de Willy Vanderperre.



Modas que permanecem. - V

E cá temos vídeo para "Where's The Revolution", com a mão do mestre Anton Corbijn.
Sempre anima mais um bocadinho o regresso dos Depeche Mode.

Futuro recente.

Não serei propriamente um dos maiores adeptos dos Future Islands mas a Sra. Bruta costuma gostar e nós aqui gostamos de ir satisfazendo alguns caprichos das nossas amantes, amigos e afins.

Ouçamos pois este "Ran", primeiro avanço para o álbum "The Far Field", a ser lançado a 7 de Abril próximo. Pela amostra não será por aqui que os Future Islands me convencem. Mas certamente que haverá quem goste.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Eu estou aqui... porque sou estúpido!

Maniazinha irritante que agora existe nesse site do demo que é o youtube: dizer que se está ali (ali, entenda-se, a escrever aquele comentário e, supomos, a ver/ouvir o clip musical) por causa de um determinado jogo de computador ou filme. Nos comentários a este vídeo em específico podemos ler: "Diabolical Delightment (3Dmm file released 2001) sent me here"; "Bare Knuckle 2 !!!" ou "streets of rage 2 level 4 :)". Não levem a mal meus amigos mas WHO DA FUCK CARES ABOUT THAT!!?

Eu estou aqui pois quando este single saiu tinha 15/16 anos, ouvia estas cenas e portanto ficou-me na memória (reavivada após o post em que mencionei os The Shamen e o seu "Ebeneezer Goode"). Isto de partilhar a nossa vida em qualquer rede social de caca é de facto triste.

I'm here because i'm alive. E isso devia bastar-nos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Vamos voltar aos 80?

É o que nos propõe este "'85 Again" de Robert Parker, vocalizado por Miss K. É mais uma acha para outra corrente na moda, a do retrowave. Olá cabeleiras estranhas, sintetizadores e vídeos intragáveis!

Quando o todo não é melhor do que as partes.

Saiu em meados do ano passado, de modo discreto, um álbum colaborativo entre Vince Clarke (Depeche Mode, The Assembly, Yazoo, Erasure) e Paul Hartnoll (um dos irmãos Orbital). "2Square" nem é um mau álbum, mas não acrescenta nada de novo aos 50 anos de carreira que estes dois colossos da música eletrónica somam em conjunto.

O álbum resulta de um conjunto de ideias que Clarke tinha para um novo álbum mas para as quais necessitava de algo mais, tendo resultado daí o convite a Paul Hartnoll. Confesse-se: o resultado não é totalmente decepcionante, mas da junção de duas lendas do EDM esperava-se um pouco mais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Algo para um fim-de-semana soberbo.

The Divine Comedy, ao vivo, este sábado, no Teatro Tivoli. Celebramos o regresso do Sr. Neil Hannon a Lisboa, com o clássico "Something For The Weekend", do álbum de 1996 "Casanova".

Perfeição! E que se f#da o mau tempo!

Modas que permanecem. - IV

E aqui está o prometido novo single dos Depeche Mode, "Where's the Revolution", a primeira amostra para "Spirit".

Pontos positivos: a electrónica está lá, a escrita não defrauda, o flirt com o blues mantém-se.
Pontos negativos: soa a mais do mesmo daquilo que os Depeche apresentaram nos últimos dez anos e, pode ser embirração caseira, mas parece que Gahan já só sabe cantar neste registo vocal.

Podemos estar a ser injustos e "Spirit" revelar-se um grande álbum, mas, por esta amostra, parece continuar no caminho trilhado por "Sounds of the Universe" e "Delta Machine".

Aguardemos por mais...

Modas que permanecem. - III

"Pimpf", do álbum de 1987, "Music For The Masses" (que grande título), era o single que os Depeche Mode usavam como introdução, antes de entrarem em palco para os concertos da "Music For The Masses Tour". Hoje voltamos a usá-lo como preparação para "Where’s the Revolution", o primeiro single de "Spirit", o novo álbum da banda de David Gahan, Martin L. Gore e Andrew Fletcher.

Aqui fica o maravilhoso vídeo de Anton Corbijn para "Pimpf".

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Anyone got any salmon?

Pois, por aqui não se arranja salmão mas sim drogas. Drogas leves, drogas pesadas, drogas líquidas, drogas Isabel Moreira, muita coisa e da boa.

A música - e o mundo do espectáculo em geral - sempre esteve associada a vidas pouco regradas, ao excessivo consumo de álcool, drogas e afins. Não, não vamos voltar ao tema de 2016, de mortes sequenciais de reconhecidos músicos. Mas já que aqui estamos façamos uma pequena viagem pelo universo das canções que descaradamente ou de forma mais sub-reptícia incluíam nas letras menção a uma determinada droga. E para começar, a primeira que me vem logo à cabeça é... "Ebeneezer Goode" dos britânicos The Shamen. Descaradíssima. Adoro! Vamos ao refrão?

"eezer Goode, eezer Goode, he's Ebeneezer Goode".

Ou seja, soa a "E's are good", notória referência ao ecstasy. Ao longo da música há muitas outras referências, como "He's refined, he's sublime, he makes you feel fine; Though very much maligned and misunderstood" ou "A gentleman of leisure, he's there for your pleasure; But go easy on old Eezer he's the love you could lose"

Muita polémica deu esta música, com a BBC a bani-la e Jarvis Cocker a adjectivar o trabalho como "despicable record". O que é certo é que chegou a número 1 do Top britânico e só sob muita pressão mediática a banda decidiu retirar o single, continuando sempre a afirmar que a letra nada tinha que ver com drogas. Exacto!



Outra polémica? "Golden Brown", dos The Stranglers. É verdade, quem diria que uma musiquita tão delidoce e melodiosa poderia esconder algo de maléfico? A banda também sempre negou qualquer referência à heroína, algo que associado a uma letra inextrincável permitiu evitar que a música fosse ostracizada. Mas em 2001, Hugh Cornwell lá admitiu que a música falava numa namorada dele da altura e em heroína. Mais vale tarde.



Outra melodia muito bonita é a dos The La's em "There She Goes", com passagens como "There she goes again / Coursing through my veins". Uma vez mais a banda sempre negou a ligação dessas palavras a drogas, ainda que a reputação de Lee Mavers, cantor e compositor dos The La's, não ajude muito à defesa. Curiosidade: os Sixpence None the Richer fizeram uma versão da canção, a qual teve muito sucesso nos EUA; todavia, após descobrirem o que poderia estar subjacente à letra, parece que ficaram escandalizados. O dinheiro que entrou à custa da canção parece que já não lhes causou tanto desgosto.



Esta é polémica e talvez o DJ Ruto nos possa ajudar. "Lucy in the sky with diamonds". Ultraje! Mentira! Os The Beatles?! Blasfémia. Talvez. Mas não se livraram de comentários sobre referências a LSD, algo a que as roupas, algumas músicas e todo ambiente psicadélico que envolveu a banda por alturas do "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" não ajudam a desmentir. Lennon e Macca sempre afastaram essa possibilidade, mas as dúvidas ficarão para sempre



Esta é outra fantástica. Não pela música, da qual não morro de amores, mas pelo conceito: um conjunto de adolescentes a cantar "Pass the dutchie" (influência de Pass the Kouchie, uma expressão utilizada pela comunidade jamaicana radicada em Inglaterra para referir um cachimbo com marijuana). Foi este um dos sucessos de 1982, que deu o único número 1 aos Musical Youth.



Finalizemos com outra bastante insuspeita: "Beetlemum", dos Blur. Damon Albarn já o confirmou em entrevista, referindo que a letra pretendia homenagear os muitos amigos que tinha perdido para a heroína. Beetlebum tem como referência "chasing the beetle", o que em calão significa fumar heroína.


Inteligência emocional.

Não deixa de ser algo presunçoso o termo que capeia todas as músicas que caem nesta corrente do Ambient: IDM. Para além do IDM há o EDM, o ClubTrance, o Hard Dance e mais uma série de designações que apenas pretendem balizar o trabalho de um músico quando, na maioria dos casos, é impossível catalogar a música que hoje em dia se produz. É o caso dos Bola - aka Darrell Fitton. Muita coisa sob o chapéu IDM mas com fugas para o Downtempo e o puro Synth.

Este "Forcasa 3" será das melhores coisas que o Sr. Bola compôs ao longo da sua carreira, visto que muitas outras apresentam uma letargia perigosamente transmissível e pouco inovadora. Mas esta... esta hits the spot!

Vídeo analógico?

A qualidade do vídeo que por vezes acompanha uma música não é, para mim, o ponto focal de interesse neste tipo de combinação som/imagem. A música prevalece sempre e é nesse pressuposto que muitas vezes opto por escolher um vídeo/imagem fixa (por exemplo a capa do CD) em detrimento do clip em si, caso a primeira opção traga melhor qualidade sonora.

Mas a questão visual é cada vez mais importante e, naturalmente, ninguém fica indiferente a um bom vídeo. Este single dos Tempers chamou-me primeiramente à atenção por essa vertente, num bonito contraste entre as cores ocre e neutras de uma praia vulcânica e a versão "CGA" de uma apresentação ao vivo da banda.

"Further", avanço para o novo EP dos Tempers - "Fundamental Fantasy".

O momentinho techno clássico.

Bom, clássico mas pouco conhecido, pelo menos assim me parece. Guidance, EP do trio britânico Bandulu, é uma carta de amor a Detroit e a Carl Craig. Já lá vão uns anitos desde o lançamento deste CD pela Infonet, ainda que o álbum permaneça uma referência entre os hard fans do techno. Olha, eu gosto, pelo que devo ser um deles...

As partidas nunca são fáceis. E daí, os regressos também não.

Portanto, porquê facilitar quando há tanta coisa para dificultar, para obrigar a pensar, para sair do Facebook e do Instagram?

Tomem lá uma pequena compilação do início dos anos 80 de dois trabalhos da década anterior dos alemães Popol Vuh, muito reconhecidos pelos trabalhos que realizaram com Werner Herzog e pela utilização brilhante que faziam do seu Moog. Para além disso há pianos, batuques e ritmo, muito ritmo.

Prenda. - II

É o dia dela.

E como no sábado se comemora o dia de visita (yeahh) de São Neil Hannon e dos seus apóstolos The Divine Comedy, aqui fica a minha prenda (dele) para ela: "Perfect Lovesong", do álbum "Regenaration", de 2001.

Give me your love
And I'll give you the perfect love song
With a divine Beatles bass line
And a big old Beach Boys sound
I'll match you pound for pound
Like heavy-weights in the final round
We'll hold on to each other
So we don't fall down

(...)

Parabéns!!

Modas que permanecem. - II

É já amanhã que conhecemos o primeiro avanço para "Spirit", o décimo quarto álbum de originais dos Depeche Mode.

Enquanto aguardamos por novidades, recordamos o single "One Caress", do álbum de 1993 "Songs of Faith and Devotion", o último com o saudoso Alan Wilder. A voz é de Martin L. Gore e a realização do vídeo, para o mercado norte-americano, foi entregue a Kevin Kerslake, que conseguiu fazer uma porcaria pomposa, sem eira nem beira, que pouco beneficia a música.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Instintos felinos.

La Féline é um projecto francês encabeçado pela vocalista e guitarrista Agnès Gayraud. O nome da banda vem do filme de Jacques Tourneur, estreado em 1942.

Activos desde 2008, lançaram na semana passada o seu segundo álbum de originais, "Triomphe". O primeiro single é este "Séparés (Si Nous Etions Jamais)". O vídeo foi realizado por Grégoire Orio e Grégoire Couvert do colectivo As Human Pattern.

Modas que permanecem. - I

O primeiro single, "Where’s the Revolution", é lançado sexta-feira, dia 3 de fevereiro. O álbum, "Spirit", está previsto para dia 17 de março. Os Depeche Mode estão oficialmente de regresso.

A expectativa de um novo disco da banda de Basildon já não é tão grande como há vinte anos atrás, mas, caramba, são uma das maiores bandas de música electrónica de sempre, ainda no activo, portanto venha o bicho!

Como aperitivo para o evento de sexta-feita, recordamos alguns dos singles menos celebrados da banda, mas sempre amados pelos fãs. Começamos pela música que encerrava o clássico "Violator", de 1990: "Clean". O vídeo é, obviamente, do genial Anton Corbijn.