quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Old Skool Classic - II.

Pela pesquisa do blogue parece que ainda não tínhamos falado no Duotron do Sr. Richard Melville Hall! Apesar das coisas recentes que Moby anda a fazer com os "The Void Pacific Choir", eu recordo-me é do Moby dos primeiros tempos, bem antes do sucesso comercial de "Play".

Este "Next Is The E" foi single do seu primeiro álbum, intitulado "Moby", o qual denotava já os problemas, digamos, comportamentais que vieram a afectar toda a carreira. De facto, poucos se lembrarão de pedir aos fãs que não comprem o seu próprio álbum, mas foi isso que Moby fez. Porquê?

"The basic problem was that I had never wanted to put an album like this out. It was just a compilation with a few unreleased demos. Dance albums had always failed, I thought, because they didn't work over the full length of the record. Mostly they were singles collections which was exactly what I didn't want to do. At the time, the first Prodigy album (Experience) impressed me because they'd managed to create a full listening experience which encompassed various styles. This was the kind of vision I had for my debut album. But Instinct insisted on putting Moby out. Which kind of upset me a lot."

Bizarrices à parte, o legado para a música de dança é grande. Next.

Euforia optimista.

Está quase a ser editado (dia 29/09) o quarta longa-duração dos Vessels, a banda inglesa formada em Leeds. Para anunciar o novo álbum - "The Great Distraction" - os Vessels já tinham mostrado ao mundo o primeiro single, ‘Radiart’, sendo o segundo avanço este "Deflect the Light", música feita em colaboração com os Flaming Lips. O resultado só poderia ser diferente mas bom. Mas para além dos Flaming há também colaborações com John Grant, Vincent Neff (Django Django) e Harkin (Sky Larkin).

Aguardemos, agora, para ouvir todo o LP. Os primeiros sinais são prometedores!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Berlim.. ou talvez não.

Bom, lá por a música se chamar Berlim não tem necessariamente de ter um vídeo filmado nessa cidade. Apenas ficamos na expectativa disso acontecer. Mas os letreiros em cirílico demonstram bem as origens do leste europeu deste projecto denominado "Underset".

By the way: as filmagens são de Moscovo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

One hit wonder? Not anymore.

"Never Gonna Give You Up". Sinceramente, quem é que não conhece? Bom, os nascidos a partir da década de 90 poderão nunca ter ouvido falar de Rick Astley, mas que o rapaz teve um final de anos 80 em grande ninguém pode negar. O seu álbum de estreia, "Whenever You Need Somebody", vendeu mais de 15 milhões de cópias e toda a gente lhe augurava um futuro brilhante. O longa-duração seguinte, "Hold Me in Your Arms", também teve vários singles de sucesso mas a partir daí a estrela começou a brilhar menos, muito por causa da separação de Astley da dupla criativa Stock Aitken Waterman, que tinha produzido e escrito muitas das músicas do primeiro álbum.

Os álbuns foram-se sucedendo, a um ritmo cada vez mais lento, até que a partir de 2005 deixámos de ouvir falar de Rick Astley. Isso até 2016, altura em que o músico decidiu fazer um novo LP para comemorar os seus 50 anos de idade. E não é que "Angels On My Side" chegou a número 1 do Top britânico?



Na verdade, Rick Astley nunca poderia ser considerado um "one hit wonder" (só talvez nos States, onde esses anormais insistem em rotular desse modo bandas como os "A-Ha" ou os "Human League"). Muitos dos seus singles, dos dois primeiros álbuns, chegaram a número 1 em várias partes do mundo. E muitos continuam a reconhecer-lhe talento e a mostrar consideração por uma das vozes masculinas mais bonitas da pop. Parece ser o caso dos Foo Fighters:



E ainda por cima com uma história engraçada para contar:

Nós sabemos que é tricky...

"Ununiform" é o regresso de Tricky aos álbuns, com edição prevista para amanhã através da False Idols. Tricky e Martina, uma parelha que deu grandes frutos e que volta a colaborar neste "When We Die". A beleza do contraste entre a voz escura e cavernosa de Tricky combina na perfeição com a limpidez e frescura que nos é trazida por Martina, ainda que a música, verdadeiramente, não entusiasme.



Já vão bem longe os tempos de "Overcome", uma música que basicamente ajudou a definir um estilo. Mas bom, é melhor termos o senhor Tricky connosco do que vivermos sem ele.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Quando o aborto se mete com o diabo.

Tem 7 dias este single, ou seja, está acabadinho de sair do forno! E é o primeiro avanço para o décimo álbum de originais da super-estrela americana Marilyn Manson. Dia 6 de Outubro conheceremos o resto de "Heaven Upside Down", mas pela amostra, inclusive do videoclipe, é mais do mesmo, ainda que o mesmo seja, em largos momentos, bom.



Ao que parece, o pedaço de merda (tradução literal) do Justin Bieber andou a meter-se com o senhor Manson. Podem ler mais sobre a história aqui. Quanto a Bieber, pouco mais poderão obter deste blogue, pois não temos a tendência para falar sobre abortos musicais. Mas sobre a questão de Marylin Manson ser ou não relevante... Bom, pode gostar-se ou não da personagem, da imagem, da música, etc., mas "Portrait of an American Family", "Antichrist Superstar" ou "Mechanical Animals" nunca serão notas de rodapé na história da música.

"Dope Hat", de "Portrait of an American Family", de 1994:



O inevitável "Beautiful People" e o não tão expectável "Antichrist Superstar", do álbum "Antichrist Superstar", de 1996:





E "mOBSCENE", do álbum de 2003 "The Golden Age of Grotesque":


O regresso da Rainha.

Lançado no passado dia 25 de Agosto, o sétimo álbum de originais dos Queens of the Stone Age intitula-se "Villains". Na verdade, quase que poderíamos afirmar que não se trata de um álbum novo, considerando que muitas das canções aí vertidas já eram conhecidas do público, fossem por terem sido tocadas ao vivo, por terem sido singles ou por fazerem parte de teaser trailers de suporte ao lançamento do álbum.

É mais um bom passeio que nos é oferecido pelos QOTSA, que apesar de já não terem muita cartas novas na manga, nos continuam a presentear com o melhor stoner rock que se faz.

Ao vivo, "The Evil Has Landed".



E para recordar, dois sucesso antigos. Este "Little Sister", do álbum "Lullabies to Paralyze", de 2005



e "No One Knows", de "Songs for the Deaf", de 2002.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O inverno do nosso contentamento.

Nos próximos dias, metade deste estabelecimento vai andar por aqui. Ao som destes senhores e de outros conterrâneos.

Até breve!

Meia hora de sonho.

Chama-se "Antisocialites", é o segundo álbum dos canadianos Alvvays, tem dez músicas e menos de trinta e três minutos de duração. E é um daqueles cometas que aparece no firmamento pop de dez em dez anos. Sim, é assim tão bom.

Lançado no início deste mês, já tem dois singles para mostrar: "In Undertow" e "Dreams Tonite", as duas primeiras faixas do disco. O vídeo do primeiro single foi realizado por Joe Garrity, mas o destaque vai para o vídeo de "Dreams Tonite", de Matt Johnson, que é uma curiosa participação da banda na Exposição Mundial de 1967, que teve lugar em Montreal, tudo graças a um belíssimo trabalho de montagem digital a partir dos arquivos visuais da National Film Board of Canada.





Vozes.

A indústria da música mudou significativamente nas últimas décadas, com o advento do digital e a perda de importância das editoras. Hoje, qualquer gato pingado, nomeadamente eu, pode lançar um single feito a partir de casa no computador. Daí que a qualidade musical tenha, na maioria dos casos, passado para um plano secundário, prevalecendo agora projectos em que quase tudo vale menos a... música! Basta ver as aberrações nojentas que são coisas como Justin Bieber, Miley Cyrus ou, em Portugal, o adaptador Tony Carreira.

Nos tempos idos, ter uma boa voz - ou pelo menos uma voz característica - era um passo importante para o reconhecimento. Não precisamos de estar a ver o videoclipe para saber que quem está a cantar é o Bono, a Tanita Tikaram ou a Alison Moyet. Mas quando a voz é... característica demais?!

Para mim é esse o caso da Mette Lindberg, vocalista dos The Asteroids Galaxy Tour (TAGT). O registo e a voz muita aguda passam bem em uma ou duas canções, mas a partir daí começa a mexer num nervo qualquer que tenho para aqui e torna-se difícil continuar. Algo irrelevante, naturalmente, pois a senhora tem muitos fãs, a que a sua figura de Barbie não é alheia.

Os TAGT ficaram bastante conhecidos em função da Heineken ter utilizado uma das suas canções numa campanha mundial dessa cerveja. Certamente que se recordam deste "The Golden Age".



Fiquem também com o mais recente "Heart Attack", do álbum de 2012, "Out of Frequency".

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

U.F.O.'s

"Run" é o single de avanço para o nono álbum de originais dos Foo Fighters, intitulado "Concrete and Gold", cujo lançamento é já amanhã, dia 15.

Não é um mau single, tendo em consideração aquilo que a banda nos tem oferecido nos últimos álbuns, mas também não traz nada de novo, na eterna ligação que os Foo Fighters tentam fazer entre o mainstream, os ouvintes da MTV e o hard rock. As concessões são sempre lixadas e os resultados que daí advêm demonstram-no.



Já lá vão os tempos áureos destes pseudo-herdeiros dos Nirvana - que nunca o procuraram ser, verdade seja dita - designadamente no primeiro de originais, homónimo, e em especial no segundo, o fantástico "The Colour and the Shape". Mas os tempos eram outros, as modas também, e a banda apenas tentou ir adaptando-se às épocas em que vive, encabeçando cartazes do Rock in Rio ao lado de nomes tão sonantes como 'N Sync, Britney Spears ou Ivete Sangalo. Lá está, concessões...

Do álbum "Foo Fighters", de 1995, "I'll Stick Around"; e do álbum "The Colour and the Shape", de 1997, "Everlong".



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Está tudo dito.

Chama-se "Cover Me", é a melhor música do mais recente trabalho dos Depeche Mode, "Spirit", e o vídeo é realizado por Anton Corbijn.

Departamento sueco.

Tempo para recordar este óptimo "The Worst Taste in Music" dos suecos The Radio Dept., tema do álbum de 2006, "Pet Grief", que viu a banda adoptar sons mais electrónicos e baseados em sintetizadores, com muitas semelhanças ao imaginário característico dos Junior Boys.



Os rapazes são mais conhecidos por algumas das suas músicas terem feito parte da BSO do filme "Marie Antoinette", de Sofia Coppola, ainda que o seu mérito vá muito para além disso, como o comprova bem o último álbum de originais, editado o ano passado: "Running Out of Love". Desse álbum escolhi este "Occupied", que foi o single de apresentação.

Regresso esperado (e desejado)!

Após "Wonky", de 2012, os Orbital entraram num hiato criativo, ficando cada um dos irmãos dedicados a projectos pessoais paralelos. Todavia, corriam rumores desde o início do corrente ano de que os Hartnoll estariam a trabalhar num novo álbum, isso após terem regressado às actuações ao vivo já em 2017.

Bom, para já não temos um novo álbum mas sim um novo single, este "Copenhagen", que a banda tem vindo a tocar ao vivo e que mereceu, finalmente, uma versão de estúdio.



Este regresso tem sido em forma, como o demonstra bem a remix editada também já em 2017 para "Kinetic", cujo original já tinha aqui sido publicado no Duotron. Com quase três décadas de carreira, os Hartnoll continuam interessantes e recomendam-se.



terça-feira, 12 de setembro de 2017

Cultos para todos os gostos - III

6 de outubro é a data de edição de "Offering", o terceiro álbum de originais da banda norte-americana Cults. O primeiro single é este "I Took Your Picture With My Eyes Closed". Não deslumbra, nem compromete. Aguardemos pelas restantes músicas para formarmos uma opinião mais concreta.

O vídeo é de Elliott Sellers.

Computer says OKNOTOK. - II

A notícia foi dada aqui. A resposta à pergunta que fizemos no final do texto foi dada hoje. Abram bem os olhos para o vídeo de "Lift", realizado por Oscar Hudson.

Vai descer?

Glitch Hop.

E o que é a corrente Glitch?

Vamos pesquisar à (nem) sempre bem informada Wikipédia.

Compreensível? E o que será então o Glitch Hop? É a formatação Glitch com batidas e outras características relevantes do hip hop.

Da reedição de 2014 do EP "Water For The Soul", fica este "The Unfallen Kingdom" do esloveno Gramatik.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Regresso na calma - II.

Segunda entrada para os Four Tet aqui no Duotron, música do álbum "Pause", de 2001, o segundo da banda e o primeiro editado através da Domino Records.

Se há um álbum que veio balizar aquilo que se entendeu definir como "folktronica" foi este "Pause", que combina a nostalgia orgânica do folk britânico com batidas quentes e redondas do Big Beat e da electrónica em geral.

Continuamos, assim, nas calmas.

Regresso na calma - I.

Calma que é segunda-feira e para alguns de nós o regresso ao trabalho após as férias (que, como habitualmente, são sempre curtas).

Aposte-se pois num ambiente chill-out com este "So Groovy", dos Sixfingerz. Aliás, "do" Sixfingerz, pois o projecto é de um único rapaz, Tim De Groof.

Se quiserem saber mais sobre o projecto é lerem esta interessante entrevista que ele deu à Louder Than War

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Distrair o olho para enganar o ouvido.

"Colors" é o nome do novo álbum de Beck Hansen, o décimo terceiro na carreira do artista norte-americano, cuja edição está prevista para 13 de outubro. Com três singles cá fora podemos dizer que não estamos entusiasmados com o som do bicho. Mas, como os vídeos do Beck geralmente são muito bons, mostramos os mais recentes: "Up All Night", realizado por CANADA, e "Dear Life", realizado por Jimmy Turrell, Laura Gorun e Brook Linder.







quarta-feira, 6 de setembro de 2017

R.I.P. - XIII

A vida não está fácil para a mítica banda alemã Can e para os seus devotos fãs. Depois da falecimento de Jaki Liebezeit, em janeiro, somos agora confrontados com a notícia do falecimento de Holger Czukay, o mítico baixista da banda, aos 79 anos. Segundo notícias locais, o corpo do músico foi encontrado no estúdio que os Can criaram em Weilerswist, perto de Colónia. Supostamente o artista estaria aí a residir.

Perde-se um dos mais prolíficos inventores da música moderna, sobretudo na criação de técnicas de gravação e manipulação de fitas de gravação, que depois deram origem ao que hoje chamamos de sampling.

Despedimo-nos de Czukay com um dos seus êxitos a solo, "Cool In The Pool", de 1979, e o clássico dos Can, "Vitamin C", do álbum "Ege Bamyasi", de 1972, aqui numa versão ao vivo.