sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Até ela acreditar.

Comecemos o dia em beleza com Ezra Furman, o rabi transformista. O músico norte-americano tem um novo álbum, "Transangelic Exodus", e acaba de lançar o segundo single, "Love You So Bad", canção que podia ter sido escrita e gravada pelo Bruce Springsteen se este tivesse trocado a E Street Band pelo Kronos Quartet! Para ouvir em repeat, repeat, repeat...

O lyric vídeo é da autoria de Joseph Brett.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Pé no acelarador, miolos no lixo.

Chama-se "Crossing The Road Material" e é o mais recente single de "Every Country's Sun", o nono álbum de originais dos escoceses Mogwai, editado este ano.

O vídeo foi realizado por Antony Crook.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Basildon, 1983.

Voltamos a abrir os arquivos da Mute Records para recordar os The Assembly, um projecto menos conhecido de um dos músicos/compositores mais notáveis da pop da década de 1980, Vince Clarke.

Nascido em 1960 e baptizado como Vincent John Martin, Clarke esteve na génese de uma das mais importantes bandas de synthpop de sempre, os Depeche Mode. Fundados em 1980, na deprimente cidade de Basildon, os Depeche Mode começaram por se chamar Compositon of Sound, e eram um projecto de Clarke com os amigos de escola, Andrew Fletcher e Martin Gore, aos quais se juntou David Gahan nas vozes. Vince Clark foi o principal responsável pela escrita e som do álbum de estreia dos DM, "Speak & Spell", editado em 1981 pela Mute. Para a história ficou o hino "Just Can't Get Enough" e uma saída atribulada dos DM. A dificuldade de gestão dos egos dentro da banda e toda a exposição mediática a que esta o obrigava ditou a sua saída.

A preferência do músico ia para composição e escrita a solo de canções pop. Só precisava de quem lhe cantasse as músicas. Estava criado o arquétipo da carreira do músico inglês: eu componho e toco, tu cantas. A voz de outra colega de escola, Alison Moyet, foi a escolhida por Clark para o seu novo projecto: os Yazoo. Iniciado em finais de 1981 e com dois bons álbuns em carteira, "Upstairs at Eric's" e "You and Me Both", Vince Clarke decide colocar os Yazoo na 'prateleira'. Estávamos no início de 1983.

Nas rádios ainda rodavam clássicos como "Only You", "Don't Go" e "Situation", e já Clarke estava a preparar uma nova colaboração com o produtor musical Eric Radcliffe (aka. E.C Radcliffe), outro tipo de Basildon. Chamaram-se The Assembly e duraram até 1985. Pelo meio fundaram a editora Reset Records e produziram canções para outros músicos como Robert Marlow e Paul Quinn (Bourgie Bourgie), mas o ponto alto da carreira dos The Assembly foi o single "Never Never", com a voz de Feargal Sharkey (The Undertones). A canção chegou ao número 4 do UK Singles Chart e aí ficou durante dez semanas.



Em 1985, Vince Clarke dá aos The Assembly o mesmo tratamento que tinha dado aos Yazoo, a 'prateleira'. Volta a demanda por uma nova voz, coloca um anúncio no Melody Maker, responde um tal de Andy Bell — fã do trabalho de Clarke —, criam uma banda chamada Erasure e o resto é história. Talvez o meu mui estimado colega de estaminé a queira contar...

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Rezingão, mas com alguma razão. - II

Voltamos a "Low In High School", o mais recente de Morrissey, para ouvir o novo single "Jacky's Only Happy When She's Up on the Stage".

O vídeo foi realizado por Robert Hales e conta com o Moz&Co. a darem um pezinho de dança. Divertido, no mínimo.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Estes galeses estão doudos!

Ahhh, a saudável loucura e humor do galês Euros Childs não voltou a falhar em 2017 (sim, porque o rapaz tem editado um álbum por ano desde 2006). "House Arrest" foi editado a 17 de Novembro e para amostra temos este "My Colander".



Quem não conheça a carreira a solo de Childs, talvez se recorde dele dos tempos dos Gorky's Zygotic Mynci, que lançaram umas boas canções pop lá para o início do milénio. Recorde-se, a propósito, este "Face Like Summer"

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Cogumelo do tempo.

Continuam vivos, continuam a fazer música e continuam a ser relevantes.
Os Blondie, da eterna Debbie Harry e de Chris Stein, lançaram um álbum novo em maio passado. Chama-se "Pollinator" e não envergonha ninguém.

O mais recente single é este "Doom or Destiny", cujo vídeo está bem apetrechado de sátira política. Pareceu-nos bem. Siga!

ABBA ao piano.

A Deutsche Grammophon não costuma dar passos em falso e este certamente não será um deles. Poder revisitar o trabalho dos ABBA e a critividade do mentor musical da banda é uma receita de sucesso.

É essa a proposta deste "Piano", editado a 29 de setembro passado. Não chegará a número 1, como foi o caso de "Waterloo", "Mamma Mia" ou "Dancing Queen", mas é bom poder confirmar a qualidade intacta de um grande músico como Benny Andersson.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Efémera.

Efêmera - insecto da família dos Efemerídeos com uma esperança média de vida, na fase adulta, inferior a 1 dia.

Os Big Deal, ainda assim, duraram um pouco mais, cerca de 5 anos, o suficiente para nos deixarem um álbum mais ou menos e um bom álbum, "June Gloom", donde saiu este single, "Dream Machines". Sabe bem estas sonoridades quentes quando, finalmente, o Outono chegou.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Qual papel? O papel.

Os suspeitos do costume, os norte-americanos OK Go, têm um novo vídeo. Não interessa se têm um novo single (que por acaso se chama "Obsession", do álbum "Hungry Ghosts"), pois a música é apenas um pretexto para nos deslumbrarem com mais uma façanha estética absolutamente louca.

O vídeo foi realizado pelo vocalista e guitarrista da banda Damian Kulash, Jr. com a colaboração de Yusuke Tanaka.

Reciclaram os papéis. E os toners?

Versões - LXIX

Três versões de três grandes clássicos da música contemporânea, todos eles, à sua maneira, a respeitar solenemente as versões originais:

Comecemos com os Orkestra Obsolete, a prestarem tributo ao eterno "Blue Monday" dos New Order. Foi um trabalho comissionado pela BBC que juntou músicos de diversas áreas e a tocarem apenas instrumentos antigos ou pouco usuais. A homenagem a esta música intemporal ficou bonita.



Outra música fantástica, de uma das bandas mais importantes de sempre: os The Smiths. Esta versão é pouco... versão, visto ser antes a execução ao vivo de "Bigmouth Strikes Again" no Later Live with Jools Holland, mas pela voz do grande Johnny Marr e não do presunçoso (ainda que talentoso) Morrissey.



Por último, a única coisa relativamente decente feita pelos norte-americanos Dope: uma versão rasgadinha do clássico "You Spin Me Round", dos Dead or Alive. O que querem, acho que até em hip-hop gostaria desta música...
O vídeo é constituído por takes de "V for Vendetta", de James McTeigue.

Bjorkest.

Goste-se ou não, um facto é inegável: a Bjork é única e tem um som impossível de imitar. Nem vale a pena tentar fazer algo parecido. Vai de certeza ficar longe.

É editado hoje o novo "Utopia", através da One Little Indian Records, o nono álbum de estúdio da islandesa. Temos já dois vídeos para ilustrar a coisa, também eles muito "bjorkianos". Este "The Gate":



E este "Blissing Me":

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Flashback ao "blonde movement"!

Não, não vamos falar da porca Ciccone.

O que é então o "blonde movement"? Uma designação criada pela imprensa britânica, sempre tão interessada em formatar e estabelecer rótulos, para designar bandas pop e rock da década de 80 que, no essencial, tinham uma coisa em comum: as vocalistas serem louras. Estúpido, como seria de esperar dos tablóides britânicos, mas que agregou ainda assim sobre um mesmo chapéu algumas bandas interessantes a que vale a pena regressar.

Comecemos então pelos The Primitives, uma banda inicialmente patrocinada por Morrissey, atraído certamente pelo som pouco polido e sem compromissos da banda. Infelizmente, o sucesso traz discos, estúdios e produtores, e o som dos The Primitives foi sendo suavizado e maquilhado para agradar às massas. Deixaram-nos, não obstante, algumas boas músicas, caso deste "Crash"



Segunda loura: a bomba sexual e prima donna Wendy James e os seus Transvision Vamp. Praticamente todo o álbum de 1989, "Velveteen", se converteu em singles. Com um som com tiques punk e algo trashy, os Transvision Vamp conquistaram as tabelas e influenciaram muitas bandas power pop que vieram a aparecer já durante os anos 90. Há muito por onde escolher para ilustrar o som e imagem da banda, mas este "Baby I Don't Care" tem uma Wendy em grande forma. Vamos lá.



Mudando de espectro musical, mantemos no entanto a temática: a loura vocalista. Senhores e senhoras, Mrs. Patsy Kensit, a dar voz ao projecto Eighth Wonder. Com um som muito mais contido e pop, a banda é essencialmente reconhecida pelo single de 1988, "I'm Not Scared", escrita a meias com os Pet Shop Boys.



Finalmente, uma coisa híbrida, pois apesar de ter uma loura também havia uma morena. Eram as irmãs Tracey Bryn and Melissa Brooke Belland, filhas de Bruce Belland, dos The Four Preps. Apesar de norte-americanas, as "Voice of the Beehive" foram criadas e tiveram mais sucesso em Inglaterra. Em termos sonoros será a banda menos atractiva, algo a lembrar as "Heart"... Acabemos a volta pelas louras dos 80 com este "Don't Call Me Baby", uma xaropada que teve algum sucesso nas tabelas inglesa, australiana e neo-zelandesa.

Bodas de prata.

Fez recentemente 25 anos que os R.E.M. lançaram o seu oitavo álbum de originais, "Automatic For The People". E se durante grande parte da década de 80 a banda andou longe das vistas do mundo, o single "Stand", do álbum de 1988 "Green", colocou-os a rodar na MTV. O reconhecimento global chegou no entanto com "Out of Time", através da desgastada [pelas rádios] "Losing My Religion", mas também com "Shinny Happy People" ou "Near Wild Heaven"

E em 1992 chegou então a vez de "Automatic For The People", considerado pelos críticos o álbum mais conseguido da banda, tanto para mais feito numa altura contra-a-corrente, mais virada para as guitarras pesadas e o grunge, moda essa que viria notoriamente a afetar o álbum seguinte, "Monster".

Mas fiquemos então com os R.E.M., ou parte deles, e com Anton Corbijn, a abrir o presente de Natal, neste caso uma edição especial a comemorar os 25 anos do lançamento do álbum.



E, claro, uns singles para alegrar o dia. Goste-se ou não, estes ficam na História.



terça-feira, 14 de novembro de 2017

Mioleira com ovos.

O filme chama-se "Kuso" e marca a estreia cinematográfica na realização do músico norte-americano Steven Ellison, mais conhecido como Flying Lotus. Quem já o viu diz que é a grande bizarrice do ano. Como por aqui ainda não tivemos esse privilégio, só nos resta divulgar o trailer e o vídeo que Winston Hacking realizou de "Post Requisite", uma das faixas de Flying Lotus para a banda sonora da película, que também conta com nomes como Aphex Twin, Thundercat e Akira Yamaoka.

Fiquem com os aperitivos para esta caganeira cerebral bem recomendável!




O que é que fizemos.

Ultimamente, por aqui, temos feito pouco. Pedimos desculpa aos nossos espectadores.

Quem tem andado atarefado com disco novo e uma digressão que vai passar por Portugal, no dia 16 de fevereiro, na Aula Magna, são os eternos Orchestral Manoeuvres in the Dark. O disco chama-se "The Punishment of Luxury" e já o ouvimos: não sendo genial, é um disco bem conseguido e não desvirtua o património sonoro da banda. Hoje trazemos o último single a ser editado, "What Have We Done", com um vídeo a publicitar o correcto uso de drones.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Música para uma idade sem milagres.

É o álbum que tem ajudado a suportar a saudade. Talvez por ser estupidamente bonito. Ou talvez porque a melancolia tem apertado.

"Music for the Age of Miracles", o oitavo álbum dos ingleses The Clientele, é um tratado de pop requintada, extremamente delicado e bem suportado pela voz de Alasdair MacLean, coros, cordas e uns sopros bem colocados. Tudo bem feitinho, bem arrumadinho. Não levanta poeira, nem irá inspirar putos a criar bandas de garagem ou vídeos no Youtube. Vai deixar indiferente maior parte dos que ouvirem as canções abaixo e poucos terão pachorra para partirem à descoberta do álbum. Mas que tem sido a melhor terapia nestes últimos dias, disso não há a mais pequena dúvida...

"The Neighbour" e "Everyone You Meet" (vídeo de Paul Kelly) são os singles disponíveis.



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O meu nome é Dj Ruto e eu sou um Photoshop(ador) Anónimo.

Ver "Do I Have to Talk You Into It", o novo vídeo dos Spoon, realizado por Brook Linder, é uma completa maldade. Ponham um cozinheiro a ver um vídeo sobre o potencial do uso de facas afiadas na confecção de pratos, que a sensação é parecida.

O álbum chama-se "Hot Thoughts" e já anda por aí.

Quando pensas em alguém e te aparece o gémeo...

Andamos mortinhos por um novo álbum dos Tool mas o Sr. Maynard & Cia. andam com pouca vontade, apesar dos inúmeros anúncios de que vão entrar em estúdio, que já gravaram uma nova música ou de que para o ano é que vai ser.

Não havendo Tool vamo-nos contentando com os singles editados pelos A Perfect Circle (APC), caso deste "The Doomed", lançado a semana passada como antevisão do álbum que deve sair em 2018.

O single não é fantástico e os APC não são os Tool, independentemente da presença do Maynard James Keenan. Esperemos. Sentados...

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Synth-goth?

Os MGMT (com Andrew VanWyngarden em modo Robert Smith?) apresentaram ontem "Little Dark Age", a primeira amostra do que será o som do novo álbum. Parece bem e tem uns sintetizadores marados, mesmo ao nosso gosto.

O vídeo é da responsabilidade de Nathaniel Axel & David MacNutt e está cheio de referências estéticas a clássicos do cinema fantástico e de terror.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Rezingão, mas com alguma razão.

Steven Patrick Morrissey está de regresso com um novo trabalho de originais. Chama-se "Low In High School" e tem data de lançamento para dia 17 de novembro. De Morrissey não esperamos poesia ligeira. Esperamos desencanto, raiva, apelo e revolta. "Spent the Day in Bed", o primeiro single, tem isso tudo e ainda um órgão gingão.

Pode ser um velho rezingão, mas ainda vale a pena dar-lhe ouvidos.

O vídeo conta com a participação do futebolista Joey Barton (uma jóia de pessoa) e do artista de burlesco David Hoyle.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A lembrança que fica.

Percorre-se nove faixas para se chegar à melhor canção do disco. E é a última.

Basicamente esta é a crítica possível a "V", o quinto álbum de originais dos ingleses The Horrors. Tristemente fraco. Mas voltemos à tal última faixa. Chama-se "Something To Remember Me By", teve direito a ser single e a ter vídeo, realizado por Max Weiland.

Memórias do frio.
























É difícil voltar à rotina quando levamos na cara com uma chapada de natureza em estado bruto.
E na garganta.

Mas cá estamos de volta. Ainda com sons da ilha nos ouvidos, recuperamos um dos talentos locais, Ólafur Arnalds, que regressou ao seu primeiro álbum, "Eulogy For Evolution", de 2007, e o reviu e reeditou com o nome "Eulogy For Evolution 2017".

O vídeo é de Eilifur Örn.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

R.I.P. - XIV

"Learning to Fly" é, provavelmente, uma das músicas mais conhecidas de Tom Petty, a par de outros sucessos comerciais como "American Girl", "Refugee" ou "Mary Jane's Last Dance". Em conjunto com os seus The Heartbreakers, definiram durante 40 anos aquilo que muitos associam ao heartland rock, um género musical de rock que evita ao máximo os sintetizadores, dando ênfase às guitarras, com sonoridades próximas do country e do americana e temas que destacam a América rural e trabalhadora.

Para além dos Heartbreakers, Petty também teve um curto período de destaque com os Traveling Wilburys, um super-grupo constituído por ele e por Bob Dylan, George Harrison, Jeff Lynne e Roy Orbison.

Morreu hoje de ataque cardíaco, aos 66 anos. Como muitos outros, demasiado cedo.



E mais este "I Won't Back Down", do álbum de "Full Moon Fever", de 1989, curiosamente o primeiro álbum a solo de Petty, ou seja, sem os seus Heartbreakers (ainda que alguns dos membros dos Heartbreakers e dos Wilburys tenham participado na sua gravação e mesmo no videoclipe). E é sempre bom ver Ringo Starr (que de facto não tocou bateria no álbum) e George Harrison a partilharem o palco.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Old Skool Classic - II.

Pela pesquisa do blogue parece que ainda não tínhamos falado no Duotron do Sr. Richard Melville Hall! Apesar das coisas recentes que Moby anda a fazer com os "The Void Pacific Choir", eu recordo-me é do Moby dos primeiros tempos, bem antes do sucesso comercial de "Play".

Este "Next Is The E" foi single do seu primeiro álbum, intitulado "Moby", o qual denotava já os problemas, digamos, comportamentais que vieram a afectar toda a carreira. De facto, poucos se lembrarão de pedir aos fãs que não comprem o seu próprio álbum, mas foi isso que Moby fez. Porquê?

"The basic problem was that I had never wanted to put an album like this out. It was just a compilation with a few unreleased demos. Dance albums had always failed, I thought, because they didn't work over the full length of the record. Mostly they were singles collections which was exactly what I didn't want to do. At the time, the first Prodigy album (Experience) impressed me because they'd managed to create a full listening experience which encompassed various styles. This was the kind of vision I had for my debut album. But Instinct insisted on putting Moby out. Which kind of upset me a lot."

Bizarrices à parte, o legado para a música de dança é grande. Next.

Euforia optimista.

Está quase a ser editado (dia 29/09) o quarta longa-duração dos Vessels, a banda inglesa formada em Leeds. Para anunciar o novo álbum - "The Great Distraction" - os Vessels já tinham mostrado ao mundo o primeiro single, ‘Radiart’, sendo o segundo avanço este "Deflect the Light", música feita em colaboração com os Flaming Lips. O resultado só poderia ser diferente mas bom. Mas para além dos Flaming há também colaborações com John Grant, Vincent Neff (Django Django) e Harkin (Sky Larkin).

Aguardemos, agora, para ouvir todo o LP. Os primeiros sinais são prometedores!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Berlim.. ou talvez não.

Bom, lá por a música se chamar Berlim não tem necessariamente de ter um vídeo filmado nessa cidade. Apenas ficamos na expectativa disso acontecer. Mas os letreiros em cirílico demonstram bem as origens do leste europeu deste projecto denominado "Underset".

By the way: as filmagens são de Moscovo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

One hit wonder? Not anymore.

"Never Gonna Give You Up". Sinceramente, quem é que não conhece? Bom, os nascidos a partir da década de 90 poderão nunca ter ouvido falar de Rick Astley, mas que o rapaz teve um final de anos 80 em grande ninguém pode negar. O seu álbum de estreia, "Whenever You Need Somebody", vendeu mais de 15 milhões de cópias e toda a gente lhe augurava um futuro brilhante. O longa-duração seguinte, "Hold Me in Your Arms", também teve vários singles de sucesso mas a partir daí a estrela começou a brilhar menos, muito por causa da separação de Astley da dupla criativa Stock Aitken Waterman, que tinha produzido e escrito muitas das músicas do primeiro álbum.

Os álbuns foram-se sucedendo, a um ritmo cada vez mais lento, até que a partir de 2005 deixámos de ouvir falar de Rick Astley. Isso até 2016, altura em que o músico decidiu fazer um novo LP para comemorar os seus 50 anos de idade. E não é que "Angels On My Side" chegou a número 1 do Top britânico?



Na verdade, Rick Astley nunca poderia ser considerado um "one hit wonder" (só talvez nos States, onde esses anormais insistem em rotular desse modo bandas como os "A-Ha" ou os "Human League"). Muitos dos seus singles, dos dois primeiros álbuns, chegaram a número 1 em várias partes do mundo. E muitos continuam a reconhecer-lhe talento e a mostrar consideração por uma das vozes masculinas mais bonitas da pop. Parece ser o caso dos Foo Fighters:



E ainda por cima com uma história engraçada para contar:

Nós sabemos que é tricky...

"Ununiform" é o regresso de Tricky aos álbuns, com edição prevista para amanhã através da False Idols. Tricky e Martina, uma parelha que deu grandes frutos e que volta a colaborar neste "When We Die". A beleza do contraste entre a voz escura e cavernosa de Tricky combina na perfeição com a limpidez e frescura que nos é trazida por Martina, ainda que a música, verdadeiramente, não entusiasme.



Já vão bem longe os tempos de "Overcome", uma música que basicamente ajudou a definir um estilo. Mas bom, é melhor termos o senhor Tricky connosco do que vivermos sem ele.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Quando o aborto se mete com o diabo.

Tem 7 dias este single, ou seja, está acabadinho de sair do forno! E é o primeiro avanço para o décimo álbum de originais da super-estrela americana Marilyn Manson. Dia 6 de Outubro conheceremos o resto de "Heaven Upside Down", mas pela amostra, inclusive do videoclipe, é mais do mesmo, ainda que o mesmo seja, em largos momentos, bom.



Ao que parece, o pedaço de merda (tradução literal) do Justin Bieber andou a meter-se com o senhor Manson. Podem ler mais sobre a história aqui. Quanto a Bieber, pouco mais poderão obter deste blogue, pois não temos a tendência para falar sobre abortos musicais. Mas sobre a questão de Marylin Manson ser ou não relevante... Bom, pode gostar-se ou não da personagem, da imagem, da música, etc., mas "Portrait of an American Family", "Antichrist Superstar" ou "Mechanical Animals" nunca serão notas de rodapé na história da música.

"Dope Hat", de "Portrait of an American Family", de 1994:



O inevitável "Beautiful People" e o não tão expectável "Antichrist Superstar", do álbum "Antichrist Superstar", de 1996:





E "mOBSCENE", do álbum de 2003 "The Golden Age of Grotesque":


O regresso da Rainha.

Lançado no passado dia 25 de Agosto, o sétimo álbum de originais dos Queens of the Stone Age intitula-se "Villains". Na verdade, quase que poderíamos afirmar que não se trata de um álbum novo, considerando que muitas das canções aí vertidas já eram conhecidas do público, fossem por terem sido tocadas ao vivo, por terem sido singles ou por fazerem parte de teaser trailers de suporte ao lançamento do álbum.

É mais um bom passeio que nos é oferecido pelos QOTSA, que apesar de já não terem muita cartas novas na manga, nos continuam a presentear com o melhor stoner rock que se faz.

Ao vivo, "The Evil Has Landed".



E para recordar, dois sucesso antigos. Este "Little Sister", do álbum "Lullabies to Paralyze", de 2005



e "No One Knows", de "Songs for the Deaf", de 2002.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O inverno do nosso contentamento.

Nos próximos dias, metade deste estabelecimento vai andar por aqui. Ao som destes senhores e de outros conterrâneos.

Até breve!

Meia hora de sonho.

Chama-se "Antisocialites", é o segundo álbum dos canadianos Alvvays, tem dez músicas e menos de trinta e três minutos de duração. E é um daqueles cometas que aparece no firmamento pop de dez em dez anos. Sim, é assim tão bom.

Lançado no início deste mês, já tem dois singles para mostrar: "In Undertow" e "Dreams Tonite", as duas primeiras faixas do disco. O vídeo do primeiro single foi realizado por Joe Garrity, mas o destaque vai para o vídeo de "Dreams Tonite", de Matt Johnson, que é uma curiosa participação da banda na Exposição Mundial de 1967, que teve lugar em Montreal, tudo graças a um belíssimo trabalho de montagem digital a partir dos arquivos visuais da National Film Board of Canada.





Vozes.

A indústria da música mudou significativamente nas últimas décadas, com o advento do digital e a perda de importância das editoras. Hoje, qualquer gato pingado, nomeadamente eu, pode lançar um single feito a partir de casa no computador. Daí que a qualidade musical tenha, na maioria dos casos, passado para um plano secundário, prevalecendo agora projectos em que quase tudo vale menos a... música! Basta ver as aberrações nojentas que são coisas como Justin Bieber, Miley Cyrus ou, em Portugal, o adaptador Tony Carreira.

Nos tempos idos, ter uma boa voz - ou pelo menos uma voz característica - era um passo importante para o reconhecimento. Não precisamos de estar a ver o videoclipe para saber que quem está a cantar é o Bono, a Tanita Tikaram ou a Alison Moyet. Mas quando a voz é... característica demais?!

Para mim é esse o caso da Mette Lindberg, vocalista dos The Asteroids Galaxy Tour (TAGT). O registo e a voz muita aguda passam bem em uma ou duas canções, mas a partir daí começa a mexer num nervo qualquer que tenho para aqui e torna-se difícil continuar. Algo irrelevante, naturalmente, pois a senhora tem muitos fãs, a que a sua figura de Barbie não é alheia.

Os TAGT ficaram bastante conhecidos em função da Heineken ter utilizado uma das suas canções numa campanha mundial dessa cerveja. Certamente que se recordam deste "The Golden Age".



Fiquem também com o mais recente "Heart Attack", do álbum de 2012, "Out of Frequency".

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

U.F.O.'s

"Run" é o single de avanço para o nono álbum de originais dos Foo Fighters, intitulado "Concrete and Gold", cujo lançamento é já amanhã, dia 15.

Não é um mau single, tendo em consideração aquilo que a banda nos tem oferecido nos últimos álbuns, mas também não traz nada de novo, na eterna ligação que os Foo Fighters tentam fazer entre o mainstream, os ouvintes da MTV e o hard rock. As concessões são sempre lixadas e os resultados que daí advêm demonstram-no.



Já lá vão os tempos áureos destes pseudo-herdeiros dos Nirvana - que nunca o procuraram ser, verdade seja dita - designadamente no primeiro de originais, homónimo, e em especial no segundo, o fantástico "The Colour and the Shape". Mas os tempos eram outros, as modas também, e a banda apenas tentou ir adaptando-se às épocas em que vive, encabeçando cartazes do Rock in Rio ao lado de nomes tão sonantes como 'N Sync, Britney Spears ou Ivete Sangalo. Lá está, concessões...

Do álbum "Foo Fighters", de 1995, "I'll Stick Around"; e do álbum "The Colour and the Shape", de 1997, "Everlong".



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Está tudo dito.

Chama-se "Cover Me", é a melhor música do mais recente trabalho dos Depeche Mode, "Spirit", e o vídeo é realizado por Anton Corbijn.

Departamento sueco.

Tempo para recordar este óptimo "The Worst Taste in Music" dos suecos The Radio Dept., tema do álbum de 2006, "Pet Grief", que viu a banda adoptar sons mais electrónicos e baseados em sintetizadores, com muitas semelhanças ao imaginário característico dos Junior Boys.



Os rapazes são mais conhecidos por algumas das suas músicas terem feito parte da BSO do filme "Marie Antoinette", de Sofia Coppola, ainda que o seu mérito vá muito para além disso, como o comprova bem o último álbum de originais, editado o ano passado: "Running Out of Love". Desse álbum escolhi este "Occupied", que foi o single de apresentação.

Regresso esperado (e desejado)!

Após "Wonky", de 2012, os Orbital entraram num hiato criativo, ficando cada um dos irmãos dedicados a projectos pessoais paralelos. Todavia, corriam rumores desde o início do corrente ano de que os Hartnoll estariam a trabalhar num novo álbum, isso após terem regressado às actuações ao vivo já em 2017.

Bom, para já não temos um novo álbum mas sim um novo single, este "Copenhagen", que a banda tem vindo a tocar ao vivo e que mereceu, finalmente, uma versão de estúdio.



Este regresso tem sido em forma, como o demonstra bem a remix editada também já em 2017 para "Kinetic", cujo original já tinha aqui sido publicado no Duotron. Com quase três décadas de carreira, os Hartnoll continuam interessantes e recomendam-se.



terça-feira, 12 de setembro de 2017

Cultos para todos os gostos - III

6 de outubro é a data de edição de "Offering", o terceiro álbum de originais da banda norte-americana Cults. O primeiro single é este "I Took Your Picture With My Eyes Closed". Não deslumbra, nem compromete. Aguardemos pelas restantes músicas para formarmos uma opinião mais concreta.

O vídeo é de Elliott Sellers.

Computer says OKNOTOK. - II

A notícia foi dada aqui. A resposta à pergunta que fizemos no final do texto foi dada hoje. Abram bem os olhos para o vídeo de "Lift", realizado por Oscar Hudson.

Vai descer?

Glitch Hop.

E o que é a corrente Glitch?

Vamos pesquisar à (nem) sempre bem informada Wikipédia.

Compreensível? E o que será então o Glitch Hop? É a formatação Glitch com batidas e outras características relevantes do hip hop.

Da reedição de 2014 do EP "Water For The Soul", fica este "The Unfallen Kingdom" do esloveno Gramatik.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Regresso na calma - II.

Segunda entrada para os Four Tet aqui no Duotron, música do álbum "Pause", de 2001, o segundo da banda e o primeiro editado através da Domino Records.

Se há um álbum que veio balizar aquilo que se entendeu definir como "folktronica" foi este "Pause", que combina a nostalgia orgânica do folk britânico com batidas quentes e redondas do Big Beat e da electrónica em geral.

Continuamos, assim, nas calmas.

Regresso na calma - I.

Calma que é segunda-feira e para alguns de nós o regresso ao trabalho após as férias (que, como habitualmente, são sempre curtas).

Aposte-se pois num ambiente chill-out com este "So Groovy", dos Sixfingerz. Aliás, "do" Sixfingerz, pois o projecto é de um único rapaz, Tim De Groof.

Se quiserem saber mais sobre o projecto é lerem esta interessante entrevista que ele deu à Louder Than War

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Distrair o olho para enganar o ouvido.

"Colors" é o nome do novo álbum de Beck Hansen, o décimo terceiro na carreira do artista norte-americano, cuja edição está prevista para 13 de outubro. Com três singles cá fora podemos dizer que não estamos entusiasmados com o som do bicho. Mas, como os vídeos do Beck geralmente são muito bons, mostramos os mais recentes: "Up All Night", realizado por CANADA, e "Dear Life", realizado por Jimmy Turrell, Laura Gorun e Brook Linder.







quarta-feira, 6 de setembro de 2017

R.I.P. - XIII

A vida não está fácil para a mítica banda alemã Can e para os seus devotos fãs. Depois da falecimento de Jaki Liebezeit, em janeiro, somos agora confrontados com a notícia do falecimento de Holger Czukay, o mítico baixista da banda, aos 79 anos. Segundo notícias locais, o corpo do músico foi encontrado no estúdio que os Can criaram em Weilerswist, perto de Colónia. Supostamente o artista estaria aí a residir.

Perde-se um dos mais prolíficos inventores da música moderna, sobretudo na criação de técnicas de gravação e manipulação de fitas de gravação, que depois deram origem ao que hoje chamamos de sampling.

Despedimo-nos de Czukay com um dos seus êxitos a solo, "Cool In The Pool", de 1979, e o clássico dos Can, "Vitamin C", do álbum "Ege Bamyasi", de 1972, aqui numa versão ao vivo.





quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Mulher à beira de um ataque de cores.

Annie Clark está de volta com uma St. Vincent em ponto de rebuçado. Ainda não há data para o lançamento do novo álbum, nem se sabe o título do mesmo, mas já se conhece o primeiro single, o belíssimo "New York".

O vídeo foi realizado pelo artista plástico Alex Da Corte e é um verdadeiro festim para os olhos!
E para os ouvidos também, sff!

Agenda política. Agora em modo remix.

O tom de "Things It Would Have Been Helpful To Know Before The Revolution", de Father John Misty, já era esperançoso (ironizemos). Agora com a mistura a cargo do inglês Bobby Krlic, mais conhecido como The Haxan Cloak, ainda ficou mais... Animado, digamos?

O vídeo é de Matthew Daniel Siskin.



Não esquecer o concerto do Sr. Tillman no Coliseu dos Recreios, dia 20 de novembro.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

The sausage man!

Mais um regresso, neste caso envolto em algum mistério, pois ainda não se sabe o nome do novo disco, nem a data de edição do mesmo. O que se sabe é que deu hoje à costa "Miami", o primeiro single do que será o quinto álbum de originais do inglês Baxter Dury.

A julgar pelo primeiro avanço, o Sr. Dury continua com a língua afiada.
Jolly good!!

Muita pinta.

Continuamos na pegada de gente que gosta de se ocupar de tudo na criação dos seus discos, com um pulo até à Nova Zelândia para visitarmos o nosso amigo Jonathan Bree (The Brunettes), que se prepara para lançar o seu terceiro álbum de originais a solo, ainda sem título oficial. O que é oficial é que gostamos deste tipo e do seu novo single "You're So Cool".

O vídeo, como seria de esperar, é da responsabilidade do Sr. Bree.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Um mundo muito dele.

Adam Granduciel escreveu, compôs, tocou (quase tudo) e produziu "A Deeper Understanding", o novo álbum dos The War on Drugs, o quarto de originais. Ouvir o novo disco é voltar a pedir boleia a Granduciel na sua carripana e, enquanto ele desabafa sobre o que lhe vai na cabeça, leva-nos a passear pelo seu mundo melancólico, mas sempre luminoso.

Fiquem com dois singles do novo trabalho: "Holding On", cujo vídeo foi realizado por Brett Haley e que conta com a actuação de Frankie Faison (olá fãs do "The Wire") e do próprio Granduciel; e "Pain", com Emmett Malloy na realização do vídeo.



quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Parece que é bom.

Depois do bonito "Another Weekend", chega-nos "Feels Like Heaven", o segundo single de "Dedicated to Bobby Jameson", o novo álbum de Ariel Pink. É posto à venda dia 15 de setembro e já figura na lista de compras do próximo mês.

O vídeo foi realizado por Pete G.D. e é (mais um) regresso nostálgico a uma estética muito própria da década de 1980.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Ruínas com bom ar.

Os norte-americanos Grizzly Bear estão de volta com o seu quinto álbum de originais. Chama-se "Painted Ruins" e, pelos singles que já foram lançados, promete ser um disco decente, mantendo as sonoridades tão características da banda de Edward Droste.

O vídeo de "Neighbors" foi realizado por Jonny Look e o de "Morning Sound" por Beatrice Pegard.



sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Gente que não se leva a sério.

“Avalon” é o mais recente single a ser retirado de "Hang", o último de originais dos norte-americanos Foxygen. A tontice de vídeo é da responsabilidade de Cameron Dutra, colaborador habitual da banda, e Alissa Torvinen.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Hoje, amanhã, depois....

Esta é uma grande música para se ouvir a qualquer altura. "Tonite" é o terceiro single de "American Dream", o álbum que marca o regresso dos LCD Soundsystem e que é editado dia 1 de setembro.

O vídeo é de Joel Kefali.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

They come from the land down under.

E já não são novos nisto, verdade seja dita.

É o regresso dos Cut Copy aos álbuns (obrigado DJ Ruto pela chamada de atenção), com o próxima longa-duração a chamar-se "Haiku From Zero", disponível lá para Setembro.

Para já temos estes dois avanços, "Airborne" e "Standing In The Middle Of The Field". A primeira audição não é entusiasmante, ainda que "Airborne" passe os mínimos olímpicos aceitáveis para uma banda com o currículo destes australianos.

Às vezes acontece, os singles não serem bens escolhidos e o álbum revelar-se uma boa surpresa. Mas não deixamos de ficar algo apreensivos com o que aí vem...



Pôr a cabeça à roda.

Ao contrário de milhares de ingleses cinquentões que vêm anualmente ao nosso país, os Duran Duran ignoraram Portugal na sua última digressão de promoção do álbum "Paper Gods". Mas como ainda gostamos deles, deixamos aqui a banda inglesa, ao vivo em Oakland (pfff... por favor!!), com uma gravação de 360 graus feita com câmaras de resolução 4K. Podem navegar pelo vídeo de um lado para o outro, quase com a sensação de estarem na sala de espectáculos, a vê-los tocar "Paper Gods" e Hungry Like The Wolf".



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Para embalar o animal.

Os The National têm um álbum novo, "Sleep Well Beast", que sai no dia 8 do próximo mês. Para nos sossegar e mostrar que não sabem fazer maus discos, os norte-americanos já lançaram várias pistas do novo trabalho: "Carin at the Liquor Store", o single mais recente, e "The System Only Dreams in Total Darkness", a primeira amostra que a banda colocou cá fora, em maio passado.

Ambos os vídeos foram realizados por Casey Reas.







terça-feira, 8 de agosto de 2017

Corte e cola.

Mais um single para "Heartworms", o mais recente trabalho dos The Shins, de James Mercer. A escolha caiu em "Half a Million". Por aqui continuamos a aguardar que "Fantasy Island", a pérola do álbum, também tenha direito a ser single.

Mas o verdadeiro destaque desta posta é o vídeo de "Half a Million", realizado por LAMAR+NIK. Fiquem com uma pequena descrição daquilo que vão ver:

Filmed on a white backdrop, edited, then printed out. “Half A Million” was created with 5,566 stickers, hand cut from the 4,868 frames and animated by sticking them down on top of each other at each of the 40+ locations.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O castigo que merecemos. - II

A menos de um mês da edição de "The Punishment of Luxury", o novo disco dos Orchestral Manoeuvres in the Dark, recebemos o single que dá nome ao disco. Marquem o dia 1 de setembro nas vossas agendas.

THAT'S JUST SILLY - XLI

Não resistimos a fazer publicidade descarada a esta brincadeira do elenco da película "Guardians of the Galaxy Vol. 2", que serve de promoção à edição em DVD e Blu-ray do filme.

A música chama-se "Guardians' Inferno", da autoria da banda (eh eh) The Sneepers, com a contribuição muito especial do nosso comedor de hambúrgueres (no chão) favorito, David Hasselhoff! O vídeo é da responsabilidade do realizador do filme, David Yarovesky.

Vejam lá se reconhecem os palhaços!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

O amor é... curto?

"Love Is Short!!" é o mais recente EP da banda japonesa Otoboke Beaver. São cinco minutos do mais esplendoroso garage-punk-pop feminino que ouvimos recentemente, distribuídos por três delicadas músicas. E como o curto é a medida da coisa, nada como o romântico "Ikezu" (tradução aproximada: mau/má), a última música que encerra o disco. São só 20 segundos, uma verdadeira ternura. No caso do vídeo temos direito a quase um minuto de duração (!!), abrilhantado pelo realizador e desenhador Naoyuki Asano (Mr. Osomatsu).

De Kyoto para o resto do mundo, as Otoboke Beaver!

Take a chance on me?

Mas também podíamos ter usado "Lay all your love on me" como título da posta. Qualquer um destes clássicos dos ABBA serve de bússola para chegarmos a "Put Your Money On Me", a melhor música do novo álbum dos Arcade Fire,"Everything Now". Se os primeiros singles deixaram no ar um cheiro a comida requentada, ouvir o disco de fio a pavio confirma que o colectivo norte-americano continuou com as tendências sonoras do álbum anterior, "Reflektor", mas sem o brilho deste. Há muita reciclagem de estilos musicais, muitas piscadelas de olho às pistas de danças da década de 1980, muita citação (alguns críticos chamar-lhe-ão homenagem), mas, quando tudo é espremidinho, fica apenas uma desanimadora ausência de garra e personalidade.

Com a produção do disco entregue a gente tão distinta como Steve Mackey (Pulp), Geoff Barrow (Portishead/Bleak>) e Thomas Bangalter (Daft Punk) esperava-se mais. Muito mais.

Como não há mais, ficamos com "Put Your Money On Me".
E fechamos o assunto "Everything Now".

quinta-feira, 27 de julho de 2017

That's okay, I was bored anyway. - III

E se querem ir gozar à noite, peçam ao rancho folclórico local para tocar esta maravilha: "Birdcage", do projecto francês You Man. Podem encontrar esta música no EP "Restless", de 2013.

terça-feira, 25 de julho de 2017

That's okay, I was bored anyway. - II

Para os finais de tarde, com um daiquiri de Aguardente Velha na mão, aqui fica mais um clássico que poucos conhecem: a dupla francesa Polo & Pan com o contagiante "Dorothy", do EP com o mesmo nome de 2014.

O vídeo é de David Tomaszewski.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

That's okay, I was bored anyway. - I

Vamos até ali dar um mergulho e apanhar sol, antes que matemos alguém.
Fiquem com músicas boas para esta altura.

Começamos com "San Francisco", clássico dos Foxygen. O álbum chama-se "We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic" e estávamos em 2013. O vídeo é de Cameron Dutra.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Mais um para setembro.

O álbum chama-se "Omnion" e será editado no dia 1 de setembro. É o quarto disco de originais dos norte-americanos Hercules & Love Affair. Trazemos os dois singles que já andam por aí: a faixa que dá o nome ao álbum, com Sharon Van Etten nas vozes, e "Controller", com Faris Badwan (The Horrors e Cat's Eyes), e que já tínhamos dado a conhecer em fevereiro.

O vídeo de "Omnion" foi realizado por Crowns & Owls e o de "Controller" por Rei Nadal (os maiorquinos devem gostar do nome deste senhor).



O que é que foi agora?

"What The Hell Is It This Time?" é o brilhante título do segundo single a ser retirado de "Hippopotamus", o mais recente trabalho dos manos Mael, que sairá no dia 8 de setembro. A canção é Sparks no seu melhor: corrosiva, divertida e contagiante.

O vídeo é de Galen Johnson e Evan Johnson.

terça-feira, 18 de julho de 2017

New Wave do outro lado do canal.

Quando falamos em New Wave, associamos esse movimento essencialmente ao Reino Unido, ainda que os sintetizadores, as roupas e os penteados não tenham ficado cingidos às ilhotas. Exemplo disso são os Indochine, banda francesa formada em 1981, em Paris.

Para quem não dá grande importância ao mundo francófono, os Indochine pouco ou nada dirão. Mas com mais de 10 milhões de álbuns e singles vendidos, uma dúzia de álbuns de estúdio, dos quais apenas um não chegou ao Top 20 francês, e cerca de quinze compilações ou CDs ao vivo, a banda é um exemplo de reinvenção e de longevidade.

A sonoridade dos Indochine evoluiu muito desde este "L'Aventurier", single homónimo do primeiro álbum da banda. Mas esta canção continua a ser um marco perene na carreira da banda.

Baixar a tampa da sanita.

Grande vídeo para o single que marca o regresso dos canadianos Broken Social Scene aos discos. O álbum chama-se "Hug Of Thunder" e é o quinto disco do projecto iniciado em 1999 por Kevin Drew e Brendan Canning, e que junta amigos tão notáveis como Emily Haines e Jimmy Shaw (Metric), Amy Millan e Evan Cranley (Stars), Charles Spearin e Ohad Benchetrit (Do Make Say Think) e Leslie Feist.

A primeira amostra é este "Vanity Pail Kids" e foi o próprio Kevin Drew o responsável pela escrita e realização da curta-metragem.

Regresso dos industriais.

É já no próximo dia 21 que é editado o novo extended play dos Nine Inch Nails, intitulado "Add Violence" e donde saiu este "Less Than".

São uns NIN bastante domados, com um som muito envolto em ambiente synthpop e retro, mas sempre com uma mensagem forte e agressiva. E aquele final abrupto?!! Típico NIN. Adorável!

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Contar tudo ao segundo.

Uma das canções pop do ano já tem vídeo. "Century", da canadiana Feist, é o segundo single a ser retirado de "Pleasure", e conta com a participação especial de Jarvis Cocker.

O vídeo é de Scott Cudmore.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Twee Pop.

Só para chatear, por vezes sai uma posta sobre um estilo musical em específico. Já o fizemos com a barbershop music, bubblegum pop, o bitpop ou krautrock. São caixinhas, que temos tendência a criar para formatar na nossa cabeça aquilo que estamos a ver, ouvir ou comer.

No caso da música, a infinidade de estilos é... colossal. Só para o estilo techno, conseguimos arranjar o seguintes sub-estilos: detroit, hardcore, minimal, acid, ambient, dark, deep, etc, etc.

Num blogue como o Duotron a tag dos estilos serve para quê? Se preferirmos um determinado estilo musical, imaginemos que synthpop, pesquisa-se pela palavra chave e apenas surgem as entradas que julgamos enquadrarem-se nesse estilo.

Já quanto ao Twee Pop, presumo que não seja o estilo que venha a ser mais procurado. Uma variação do indie pop, este sub-estilo caracteriza-se por ter melodias simples mas "orelhudas", letras sobre o amor e como é bonita a vida, tudo envolto numa simplicidade geral e harmonizações vocais entre homem/mulher.

Como exemplo do estilo deixo-vos este "Together Forever in Love" dos Go Sailor. Esta banda teve uma vida curta, com apenas um CD homónimo editado em 1996 através da Lookout! Records.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

The owls are not what they seem. II

Outra banda protegida de David Lynch que fez uma aparição na nova temporada de "Twin Peaks". Desta vez foram as norte-americanas Au Revoir Simone que actuaram no The Bang Bang Bar, com as canções "A Violent Yet Flammable World" e "Lark", ambas de "The Bird of Music", o segundo álbum das senhoras, editado em 2007.

A cena que antecede a entrada de "A Violent Yet Flammable World" conta com a participação de Sky Ferreira.



quinta-feira, 6 de julho de 2017

THAT'S JUST SILLY - XL

Não nos perguntem o porquê disto.
Aliás, o álbum de estreia da francesa Corine chama-se "Pourquoi Pourquoi", tal como o single de estreia, mas preferimos a versão italiana da canção, "Perche Perche". Em nossa defesa alegamos um certo fascínio doentio pelo italo disco...

O vídeo (deliciosamente manhoso) ficou a cargo de Christian Beuchet e Laurent Thessier.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Calor finlandês.

Um EP com 14 músicas e em que a mais extensa tem 1m04s... São pequenos apontamentos sobre amor que nos propõem os finlandeses Tomppabeats neste trabalho, "Tytto". Foi a rampa de lançamento para o novo álbum, editado em 2016, intitulado "Harbor LP", que segue praticamente a linha deste EP.

Easy listening, mellow, summer, warm, soothing, ethereal... acho que é isto.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Julho e mais novidades!

Novo trabalho de Ochre, projecto do inglês Christopher Leary, que nos propõe este "Port Authority" do álbum deste ano "Beyond the Outer Loop", editado através da Aura Materia.

Electrónica de colagens, com sugestões que nos lembram Orbital, Autechre ou Aphex Twin. Eventualmente seria desejável que cada tema fosse um pouco mais desenvolvido, não ficando espartilhado nos 4/ 5 minutos por música, algo que faz sentido no universo pop e rock, feito para as rádios, mas não necessariamente no âmbito do IDM.

Ainda assim um LP que vale a pena ouvir, pela consistência e boas melodias.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Uma mentira aqui, outra ali...

"Lies Are More Flexible" é o nome do décimo álbum de originais dos GusGus. A primeira amostra é este "Featherlight", a faixa que abre o disco. O som dos islandeses continua como se quer: bom e electrónico.

A realização do vídeo esteve a cargo de The Icelandic Love Corporation.

O que é nacional é massa. - VIII

Voltamos a "Marrow", o último trabalho dos portugueses You Can't Win, Charlie Brown, para ver e ouvir o mais recente single, "If I Know You, Like You Know I Do".

O vídeo é de Afonso Cabral.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Sonhos nipónicos.

O nome veio do filme de 1968 "Planet of the Apes", baseado no livro de Pierre Boulle, "La Planète des Singes". Para quem não conhece a história, Cornelius era uma das personagens principais, um chimpanzé arqueólogo e historiador. No que toca a macacadas a história fica por aqui, porque o que interessa mesmo é Keigo Oyamada, o japonês de quarenta e oito anos que se apresenta ao mundo como Cornelius e que, desde 1994, anda a pegar na pop e kitch ocidental e a dar-lhe o tratamento Shibuya-kei, um género musical que nasceu no bairro de Shibuya (Tóquio), em que o corta-e-cola, experimentalismo e mixes marados são os reis da festa.

O resto do mundo descobriu-o em 1997, na obra prima "Fantasma", onde Cornelius cita três "B" como influências maiores: Bach, Burt Bacharach e Brian Wilson, ao mesmo tempo que os enfia numa misturadora com estilos musicais tão diferentes como tropicalismo, rock, electrónica, punk e muzak. "Fantasma" foi um dos discos mais rodados na aparelhagem nesse ano. A cada audição uma nova descoberta sonora, sempre fascinante.

Vinte anos depois e com dois discos pelo meio, "Point" (2001) e "Sensuous" (2006), Cornelius lança hoje um novo disco: "Mellow Waves". Ainda só conhecemos três músicas novas, mas a que nos cativou mais foi o último single, "In a Dream". O vídeo é de groovisions e é uma delícia de animação digital.

Recordamos também dois clássicos, "Drop - Do It Again" de "Point" e a maluqueira sónica que abria "Fantasma": "Mic Check".

Boa viagem!





sexta-feira, 23 de junho de 2017

Fim de semana, sim, por favor, obrigado.

"Dedicated To Bobby Jameson" é o novo álbum Ariel Pink e é editado no dia 15 de setembro. E como já se faz tarde e queremos aproveitar os dois dias que aí vêm, fiquem com o belíssimo "Another Weekend", o primeiro single do novo trabalho do norte-americano. O vídeo é de Grant Singer.

Adeusinho!

Computer says OKNOTOK.

É hoje editado (ou reeditado, como preferirem) um dos álbuns fundamentais do final do século XX. "OK Computer" regressa vinte anos depois, totalmente remasterizado – lados B incluídos – e com três músicas inéditas: "I Promisse", "Man Of War" e "Lift". Duas edições à escolha para este "OK Computer OKNOTOK 1997 – 2017": triplo vinil ou duplo cd.

Os Radiohead a mostrarem como se fez e se estima uma obra prima.


Para promover o lançamento, a banda inglesa voltou a não brincar em serviço e lançou ontem o vídeo de "I Promisse" e hoje o de "Man Of War". O primeiro foi realizado por Michał Marczak e o segundo por Colin Read. Amanhã teremos vídeo para "Lift"?



quarta-feira, 21 de junho de 2017

Saídos da escuridão.

Quem também vai sair da escuridão com um novo álbum são os U.N.K.L.E. "The Road Part 1" é editado a 23 de Junho e conta nas suas fileiras, entre outros, com a colaboração de Keaton Henson, Andre Innes dos Primal Scream, Jon Theodore dos Queens Of The Stone Age e Justin Stanley, que integra a banda de Beck enquanto baterista.

"Looking for the Rain" é um dos temas de apresentação, o qual conta uma vez mais com a colaboração de Mark Lanegan, que já tinha trabalhado com o trio em "Where Did the Night Fall – Another Night Out".

Vamos a ver se da escuridão se fez luz.

Olha quem são eles!

E quem é que vai regressar com um novo álbum? Os senhores Warren Fischer e Casey Spooner!! Festa!

Vamos lá ver o que nos reserva "SIR", a lançar lá para meados de Setembro. Entretanto, fiquemos com o primeiro avanço, este "Have Fun Tonight". Senhoras e senhores: Fischerspooner.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Versões - LXVIII

Tudo em família: Chrysta Bell, a nova voz/musa de David Lynch, recria o clássico "Falling", canção que ficará para sempre eternizada no universo "Twin Peaks". O original, composto por Angelo Badalamenti e com letra do próprio Lynch, surgiu no álbum "Floating into the Night", disco de estreia de uma tal Julee Cruise. E o resto é história. E da boa!

Esta versão contou com a colaboração do produtor inglês John Fryer (Depeche Mode, Cocteau Twins, This Mortal Coil, Nine Inch Nails, entre outros) e o vídeo é da responsabilidade de Sharif Nakhleh, Tasha Nesbitt e Mike Epple.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Uns incompreendidos!

Os XTC sempre foram, pelo menos para mim, uma daquelas bandas difíceis de compreender. Tinham qualidade, acho que isso é inegável, mas estavam sempre em contra-ritmo às correntes de música vigentes. Veja-se este "Senses Working Overtime", do álbum de 1982, "English Settlement", numa altura em que a synthpop estava em explosão e as tabelas eram lideradas pelos Dexy's Midnight Runners, Yazoo ou The Human League. Isso não invalida que tenha sido Top 10 na tabela de singles inglesa, mas ficou sempre a sensação de que poderiam ter sido e feito muito mais.

Já na altura que surgiram, nos anos 70, o seu som com mistura de progressive pop, art rock ou mesmo ska fugia aos cânones em vigor, marcados pelas bandas de punk e new wave. Não obstante, os XTC ainda tiveram uma carreira significativa, de 1972 a 2006 e ao longo de 14 álbuns, sempre com os dois elementos base ao leme: Andy Partridge e Colin Moulding. 14 LPs se considerarmos os dois que lançaram como The Dukes of Stratosphear (mais vocacionada para sons psicadélicos).

Os XTC tiveram ainda um problema acrescido para a sua falta de reconhecimento público: a ausência dos palcos a partir de 1982, em função de um esgotamento sofrido por Partridge durante um concerto em Paris. A história tem factos rocambolescos, nomeadamente o cancelamento em cima da hora de um concerto em Los Angeles, no Hollywood Paladium à pinha, por paralisia nervosa das pernas de Partridge, facto que parece ter sido espoletado por a sua mulher ter deitado fora os Valium que lhe tinham sido prescritos desde a adolescência e que o ajudavam a ultrapassar o "medo do palco". Os XTC passaram, a partir daí, a ser exclusivamente uma banda de estúdio, o que certamente não ajudou ao seu maior reconhecimento.

Buffalo Man.

Jamiroquai lançou um novo trabalho este ano, o oitavo álbum de estúdio do "space cowboy", a apresentar aos portugueses durante o descaracterizado Altice Sudoeste, o primeiro grande festival de música internacional a realizar-se em Portugal com alguma sequência (louve-se naturalmente Paredes de Coura e Vilar de Mouros, mas neste último houve alguma descontinuidade temporal, enquanto no primeiro os nomes das primeiras edições eram essencialmente de bandas portuguesas).

A recepção a este "Automaton", homónimo ao single que vos proponho, tem sido mista: muita gente a louvar, muita gente a deitar abaixo. Pessoalmente nunca fui um grande adepto do Jamiroquai, mas confesso que não vejo nada de mal num artista reinventar-se. Deixou de fazer tanto disco-funk como anteriormente, enveredando mais por sons electrónicos? Que bom, seja bem-vindo. E também não é verdade que o som do artista se limitasse ao funk que lhe associamos. Basta ouvir a sonoridade de "Deeper Underground".

E não, ainda não é hoje que publicamos o "Despacito". Voltem amanhã, que talvez...



sexta-feira, 2 de junho de 2017

O castigo que merecemos.

Ora aqui está um regresso que gera consenso entre os donos deste estaminé!

Os ingleses Orchestral Manoeuvres In The Dark vão lançar um novo álbum dia 1 de setembro, o décimo terceiro de uma respeitável carreira que começou há trinta e sete anos. O novo trabalho tem o apropriado nome de "The Punishment of Luxury" e o primeiro single é este kraftwerkiano "Isotype".

Ora tomem lá, que nós só fazemos isto para o vosso bem!

Tudo agora. Ou talvez não.

"Everything Now" é o título do quinto de álbum de originais dos norte-americanos/canadianos Arcade Fire. A banda deu corda aos sapatos e já anda na estrada a promover o novo trabalho, iniciando a tour com dois concertos (ontem e sábado) no Primavera Sound de Barcelona. Para já conhecemos o single homónimo que tem divido opiniões na internet, tal como por aqui: o Dj Bruto detesta e detestará tudo o que esta trupe fizer, o Dj Ruto gosta. Mas também não está maravilhado.

O vídeo é de The Sacred Egg.

Zooooooooooooooot!

No próximo dia 16 é lançado "Absence", o regresso aos álbuns dos Zoot Woman, o quinto da carreira destes electrónicos britânicos.

Como ávidos consumidores de tudo o que é Zoot, temos a expectativa em alta, que é mantida pelo single de avanço, este "Solid Gold". Falta só o concerto em Portugal!!

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Bodas de ouro!

Por estes dias comemora-se os 50 anos da edição de um dos discos mais importantes da história da música. Lançado a 26 de Maio de 1967 no Reino Unido e a 2 de Junho de 1967 nos EUA, "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" foi um marco indelével na vida de muitos que viveram nos 60, 70 e, ainda hoje, é pedra fundamental e influência de muitos músicos que prezam a boa música.

Sobre os The Beatles e este álbum já muito se escreveu. A melhor forma de o comemorarmos é ouvir novamente esta peça brilhante, sendo que para atiçar a curiosidade deixo aqui este "Being for the Benefit of Mr. Kite!".

Outra viagem matinal.

Mantemo-nos pela Alemanha, desta vez para recordar um artista que sigo já há muito e que ainda não tinha tido oportunidade de colocar aqui no Duotron.

O primeiro álbum que ouvi do Ulrich Schnauss foi o "A Strangely Isolated Place", de 2003, ainda que desde 1995 ele tenha vindo a editar música sob diversos nomes, no caso apresentando-se como Police in Cars with Headphones e com o LP "Wegwerfgesellschaft". Mas voltando ao "A Strangely Isolated Place", o que mais me fascinou no álbum foi o novo impulso que permitiu trazer ao Ambient Techno, que começava a estar muito próximo da música de elevador ou de sala de espera de médico, afastando-se dos conceitos distintivos associados à experimentação e a editoras como a Warp, Planet E, Soma Quality Records ou artistas como Aphex Twin, Tetsu Inoue ou The Orb.

Fiquem com duas amostras do trabalho de Schnauss, a primeira "Goodbye", do álbum homónimo de 2007, e a segunda, "Monday Paracetamol", do tal "A Strangely Isolated Place".

Apenas como curiosidade, refira-se que Schnauss faz agora parte do colectivo... Tangerine Dream!




Um clássico moderno.

Vamos começar o dia e o mês com algo bonito e que nos anime para todas as agruras que se adivinham até às benditas férias.

"Says", do álbum de 2014 de Nils Frahm, compositor germânico já por aqui diversas vezes abordado pelo DJ Ruto e cujo trabalho merece uma visita com muita atenção. Piano clássico, Moog, Roland, Mellotron... tudo à mistura para dar tessituras fantásticas e cativantes.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Analógico, sem dúvida!

Para quem tenha dúvidas sobre como soa (ou deve soar) um sintetizador analógico, aqui fica um exemplo. Estamos a falar, portanto, de manipulação directa de correntes eléctricas, processo diferente de uma música gerada através de computador ou de um sintetizador digital. E porque não utilizar a tecnologia digital, mais moderna, optando por algo que a investigação já tornou obsoleto? Porque é muito difícil conseguir reproduzir o timbre modelado analogicamente através de meios digitais. E daí que um sintetizador analógico tenha um som tão característico e (ainda) atractivo.

"Pathfinder", single do álbum "Contact" do Sven Vath, faixa produzida por Anthony Rother que insistiu na utilização do sistema analógico. Vocalização? Do próprio Sven Vath, que confesso que nem desgosto, apesar do sotaque cerradíssimo! Funciona bem e ajudou este álbum a tornar-se num clássico electro.

Vamos a la playa!

Ainda que os próprios não gostem de ser incluídos no grupo das surf band ou do surf rock, certo é que os The Ventures pavimentaram o caminho para muitos grupos que trilharam o caminho do rock associado à imagem do surf, cujo expoente máximo são provavelmente os The Beach Boys. Mas os The Ventures são reconhecidos por muitos outros motivos para além do apelido que lhes ficou colado: "The Band that Launched a Thousand Bands". São, na verdade, a banda instrumental com mais discos vendidos em todo o mundo, apostando num virtuosismo instrumental e experimentação com efeitos de guitarra que era bastante incomum à época (ou antes dela).

Este "Walk Don't Run" foi single do primeiro e homónimo LP da banda, editado através da extinta Dolton, hoje mais um nome esquecido no portefólio da gigante EMI, ela própria também fragmentada entre a Universal e a Warner. Numa altura em que o rock era pouco mais do que o Elvis Presley, o sucesso do álbum e da banda só reflecte a qualidade das músicas e, em especial, dos músicos. E é por isso que quase 60 anos depois ainda os ouvimos!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Model X.

A Tesla Motors tem um modelo que, na minha opinião, é muito bonito: o X. É um SUV (como agora está na moda) eléctrico com 565 quilómetros de autonomia e que é, para além disso, extraordinariamente rápido, ao acelerar dos 0 aos 100 quilómetros por hora em apenas 3,1 segundos. É o avanço tecnológico a chegar finalmente à indústria automóvel, mais concretamente ao combustível que move as viaturas.

Por falar em modernidades, o vídeo para este "Fantasy", dos Tesla Boy, tenta demonstrar simplisticamente uma alteração comportamental cada vez mais comum, reflectida em vidas passadas em frente a um computador ou a sexo virtual. Parece que o contacto directo entre humanos cansa e que é preferível estar atrás de um ecrã a ver o mundo. Isso e a banalização do sexo, tal como também se banaliza um atentado terrorista islâmico: olha, foi mais um.

Do álbum "The Universe Made of Darkness", fiquem com este "Fantasy" e com um vídeo NSFW.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

The owls are not what they seem.

Rejubilai!
"Twin Peaks" está de volta!

A mítica série criada por David Lynch e Mark Frost regressou para a sua terceira temporada. Os ambientes estranhos e as narrativas bizarras de "Twin Peaks" sempre foram apoiados por uma banda sonora irrepreensível, a cargo de Angelo Badalamenti. E a aposta sonora para esta nova temporada começa muito bem, com o convite aos Chromatics, de Johnny Jewel, para comporem músicas para a série e fazerem uma perninha no final do segundo episódio, com a canção "Shadow". A canção é de 2015 e já tinha um sabor de tributo ao trabalho de Badalameti em "Blue Velvet" e em "Twin Peaks", lembrando a eterna Julee Cruise.

As novas músicas dos Chromatics para a banda sonora de "Twin Peaks" podem ser encontradas no álbum "Windswept", editado este mês.

O vídeo de "Shadow" foi realizado por Rene & Radka.

Defected.

A Defected Records é uma editora britânica independente, especializada em House Music, que ao longo dos anos tem lançado um sem número de artistas e singles com elevado sucesso. Do seu catálogo fazem ou já fizeram parte artistas como The Shapeshifters, Bob Sinclair, Miguel Migs ou Inner City.

Este "Need in Me", do DJ italiano Flashmob, foi mais um êxito para a editora. E percebe-se porquê: um House limpo, com uma parte de coro pequena e sem ser ostensiva, um loop da linha de baixo interessante e sem ser cansativo (por repetitivo), a construção típica de um clássico do género e sem soar demasiado a Ibiza.

No site da Defected há uma rádio onde podem ouvir mais algumas das coisas que a editora está a lançar:

http://defected.com/radio

terça-feira, 23 de maio de 2017

O Santo.

Bom, isto começa a parecer uma página de obituários, mas a série de mortes de músicos ou artistas que nos dizem algo tem sido sequencial e infelizmente a pouca forma que temos de os homenagear é recordando algum tema ou facto associado a eles.

Hoje foi a vez de Roger Moore, muito associado à personagem do James Bond mas, para mim, a figura perfeita para encarnar a personagem criada por Leslie Charteries no final da década de 20 do século passado: Simon Templar. "O Santo" foi uma série de enorme sucesso internacional, a que Portugal, apesar da ditadura que se vivia, não escapou.

Já a música que acompanha este post pertence à banda sonora do filme de 1997, realizado por Phillip Noyce e com Val Kilmer no papel principal. O filme é so so mas a BSO é fantástica, a começar pelo tema principal, a cargo dos Orbital.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

R.I.P. - XII-A

Porra, um gajo acorda e é logo martelado com uma notícia destas!!! Um tipo sabe que estas estrelas do rock raramente levam vidas regradas mas se o Mick Jagger e o Iggy Pop ainda cá andam, nada podia fazer prever que o Chris Cornell nos abandonasse assim tão repentinamente.

Com passagens pelos Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave, resta-nos homenagear um dos pilares do movimento grunge, detentor de uma fantástica e inconfundível voz. Sad day.



R.I.P. - XII

Faleceu Chris Cornell.

Tinha 52 anos e suicidou-se por enforcamento. Recordamos hoje uma das melhores vozes a sair da cena grunge da década de 1990, através das três bandas que o norte-americano ajudou a imortalizar: Temple Of The Dog, Soundgarden e Audioslave.





quinta-feira, 11 de maio de 2017

Os fabulosos irmãos Gonzalez e Cocker.

É um dos discos mais surpreendentes e bonitos a chegar-nos às mãos nos últimos tempos. Chama-se "Room 29" e junta duas personagens únicas, Chilly Gonzalez e Jarvis Cocker, e é editado pela Deutsche Grammophon. Parece estranha esta mistura de dupla e editora, mas faz todo o sentido a partir do momento que a agulha toca no disco.

What if a hotelroom could "sing" of the life stories and events it had witnessed? Intrigued by that question, Canadian pianist and composer Chilly Gonzales and Pulp frontman Jarvis Cocker conjure up the lifes of previous occupants of Hollywood's Chateau Hotel Marmont. Many infamous and famous guests like actress Jean Harlow or Mark Twain's daughter Clara inhabited the hotel's room 29. Thus, the Deutsche Grammophon album appears as a 21st-century song cycle about glittering fantasy and often bleak reality of Hollywood and at the same time as metaphor for a place within each of us, home to our deepest desires and fantasies.

O senhor Cocker é também o responsável pela realização dos vídeos.







quarta-feira, 10 de maio de 2017

Mutações.

O álbum chama-se "No Shape" e é o terceiro de originais na carreira do norte-americano Mike Hadreas, mais conhecido por Perfume Genius. "Slip Away" e "Die 4 You" são os cartões de visita do novo trabalho, que é um disco a ter (muito) em conta!

"Slip Away" foi realizado por Andrew Thomas Huang, habitual colaborador de Björk, e "Die 4 You" por Floria Sigismondi, a conhecida fotógrafa/realizadora italiana, responsável por (excepcionais) vídeos de David Bowie, Marilyn Manson, Tricky, Sigur Rós, entre outros, e pela realização de "The Runaways", de 2010, e de estar envolvida na realização de episódios de séries televisivas que têm dado que falar: "Daredevil", "The Handmaids Tale" e "American Gods".





Movimentos desconcertantes. - III

Continuamos a acompanhar a epopeia sonora e visual de "Migrations", o último álbum do britânico Simon Green, mais conhecido por Bonobo. O novo single é este "Bambro Koyo Ganda", que conta com a participação da projecto musical marroquino Innov Gnawa.

Mais um grande vídeo, desta vez a cargo do colectivo sueco Stylewar.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Versões - LXVII

E esta porque não há hipótese de deixar passar, até porque estou farto de aturar pessoal que diz que esta música é do Gary Jules. Não só não é como a versão dele é uma porcaria. Lixo. Fiquem com o original e se quiserem ir ouvir o Jules procurem no youtube ou liguem-se ao vómito da Rádio Comercial.

Versões - LXVI

Em 1990, os Saint Étienne fizeram uma versão de "Only Love Can Break Your Heart", cujo original de Neil Young data de 1970. A canção fez parte do primeiro LP da banda, "Foxbase Alpha" e foi, até à data, um dos seus maiores sucessos. A voz do single ficou a cargo de Moira Lambert (que por sinal nem é a rapariga no vídeo, visto ter recusado participar no mesmo), membro provisório dos Saint Etienne até à entrada permanente de Sarah Crocknell.

Esta é, aliás, uma música que já teve muitas covers, desde os Everlast aos Florence and The Machine, passando por Natalie Imbruglia ou os The Corrs.



E agora a versão do Neil Young:



Curiosamente, o outro grande sucesso da carreira dos Saint Étienne é mais uma versão, desta vez de um tema de Étienne Daho, single de 1984 para o álbum "La Notte, la Notte". Já o tema dos Saint Étienne fez parte de um best of da banda, "Too Young to Die – Singles 1990–1995", sendo que Daho não só aparece no vídeo como ainda vocaliza uns ditos em francês numa secção a meio da canção.



E, claro, o original do Étienne Daho:



Para 2017 os Saint Etienne têm novo álbum, a lançar a 2 de Junho, sendo o single de promoção este "Heather", o qual não é particularmente excitante...

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sonhar com o passado.

Os LCD Sound System de James Murphy têm duas músicas novas, "Call The Police" e o belíssimo "American Dream".

Entre o pulsar do primeiro tema e as camadas (e camadas) de sintetizadores analógicos da segunda, somos transportados para o universo Orchestral Manoeuvres in the Dark, da fase "Architecture & Morality". Sim, são 36 anos de distância entre "Souvenir" e este sonho americano, mas com esta qualidade sonora, até parece que Murphy contou com Andy McCluskey e Paul Humphreys no estúdio de gravação.

Aqui ficam os dois temas, ainda sem vídeos oficiais, mas com um pequeno bónus: uma actuação ao vivo de "American Dream", no Saturday Night Live.






sexta-feira, 5 de maio de 2017

De abalada para o fim de semana.

"Nuits Sonores", grande tema dos Floating Points, projecto do inglês Sam Shepherd, a levar-nos calmamente para um fim de semana que se deseja solarengo e descansado.

Dance on!

3 em 1.

Acho que já por aqui referi que, para mim, "Dare" é um dos melhores álbuns da História. Se é o décimo, o décimo primeiro ou ou quinquagésimo isso é-me irrelevante. É um álbum fantástico e que marcou uma geração e o que de bom se fez a seguir.

Mas se o meu apreço pelos Human League é enorme, o mesmo poderei dizer dos Ultravox. A questão é que com os Ultravox não tenho um álbum preferido e considero mesmo que nenhum deles, visto como um todo, é suficientemente forte e, desse modo, ao nível do "Dare". Na verdade, a qualidade dos Ultravox espalha-se por todos os álbuns da banda, sempre com três ou quatro músicas fantásticas em cada nova edição.

Diga-se ainda que prefiro igualmente a segunda fase da banda, já após a saída do John Foxx e do Robin Simon, ainda que "Systems of Romance" seja, sem dúvidas, um grande álbum. E é dessa segunda fase este "The Voice", um dos singles do LP de 81, "Rage in Eden".

"The Voice" teve dois vídeos diferentes: um com a banda num quarto, posicionados de um modo pouco natural; o outro, um pouco mais elaborado, com cenas de guerra e Midge Ure como soldado. Ficam os dois vídeos, assim como uma apresentação de "The Voice" ao vivo na década de 80.





quinta-feira, 4 de maio de 2017

Vontade não falta.

De levar à letra o título do novo single dos The Golden Filter, "Now We Get Lost". O duplo álbum chama-se "Still // Alone" e é editado pela escocesa Optimo Music. A banda também foi responsável pelo vídeo.


Versões - LXV

Em 1997, os U2 fizeram uma versão para este clássico dos M, "Pop Muzik". A canção serviu como tema de abertura da Popmart Tour e apresenta um pitch mais acelerado e uma utilização mais intensa de sintetizadores.



Já o original, gravado por M em 1979, foi um sucesso comercial na Europa e nos EUA. Lançado como single do álbum "New York • London • Paris • Munich", foi o maior sucesso da carreira de Robin Scott, que ao todo, entre 1979 e 1984, editou quatro álbuns.

O vídeo, que também teve muito sucesso na altura, foi realizado por Brian Grant.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

20 anos depois.

Concerto ontem à noite dos Placebo no Coliseu de Lisboa, em comemoração dos 20 anos de carreira. Sala à pinha, muito calor, algumas lágrimas de um público fiel, que demonstrou saber as letras até das músicas menos conhecidas do alinhamento apresentado.

O Blitz apresenta a reportagem do concerto aqui.

Foi o meu terceiro concerto dos Placebo, o segundo no Coliseu de Lisboa. Trouxe boas recordações, suportadas num som muito bem trabalhado, com qualidade, ainda que sem surpresas. O destaque foi verdadeiramente a banda que fez a primeira parte: os Digital 21 + Stefan Olsdal (que, para quem possa não saber, é o baixista/guitarrista dos Placebo). Projeto recente, que junta Olsdal a Miguel Mora, um pioneiro da música electrónica espanhola, demonstrou ter pernas para andar, com um som híbrido entre clássico, electrónico e rock que funcionou muito bem.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Tu, Eu, NOS.

Uma música já com alguns anitos dos Glass Animals, que foi o primeiro avanço da banda para o EP "Leaflings", já de 2012. Estes ingleses estarão novamente entre nós, na próxima edição do NOS Alive, onde actuarão no palco Heineken no dia de Blossoms, Rhye e Ryan Adams (nesse dia o palco principal contará com os The xx, The Weeknd, Alt-J e Phoenix).

Na bagagem trarão o último álbum de originais, "How to Be a Human Being", editado em Agosto do ano passado através da Wolf Tone, e que se tem portado bastante bem nas tabelas internacionais, designadamente nos EUA. Pessoalmente não o acho tão atractivo como trabalhos anteriores, com um som mais pop e com um grande ênfase na percussão, perdendo algo do som intimista característico dos primeiros anos da banda.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Mau feitio.

"Evil Twin" é uma das viciantes músicas do EP homónimo do inglês Krrum, editado já o ano passado via 37 Adventures. Diz o rapaz sobre ela: "It’s about taking all the things you don’t like about yourself or the things you regret doing and personifying that as someone else (your evil twin), as a method of getting over it. It’s also a realisation that the person you’ve created is the only one who knows these dark things about you. And when you zoom out, as both people are technically you – it means you’re the only person who fully understands yourself and everyone is lonely in that way. A proper positive song, anyway…"

Boa malha.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

XL, outra vez.

Novo álbum de Arca, projecto do venezuelano Alejandro Ghersi, editado através da nossa muito querida XL Recordings. O álbum homónimo tem tido críticas muito positivas. Na verdade, os singles de apresentação têm sido bons, ainda que o hype me pareça exagerado. Fica à vossa consideração.

Recorde-se ainda um post antigo que já tinha feito sobre os Arca

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Mais um bom retorno.

Já era tempo dos Soulwax editarem um LP a sério depois de cerca de 10 anos de hiato. O oitavo álbum deste trio belga, composto por 12 músicas, num total de cerca de 48 minutos, tem a particularidade de ter sido gravado num único take. Outros destaques? É o caminho dos Soulwax, banda que cria as suas próprias tendências, pelo que não é um álbum de synthpop que se insere nas correntes mais actuais do género. Muitas repetições, muitos padrões comuns, que ainda assim não geram aborrecimento.

É um álbum muito bem pensado, conseguido, mas que tem falhas ao nível da inovação e da surpresa que seria de esperar de novas composições dos Soulwax. É bom mas não é fantástico. Para ouvir mais umas vezes e ver se "cresço" nele.