sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mijar fora do penico.

Desculpem esta fuga ao tema central do nosso Duotron, ainda por cima com música de gosto duvidoso, mas achei a montagem tão bem feita que decidi partilhar. E como há muito boa gente que ainda não cedeu a essa coisa maléfica chamada Facebook, pelo menos aqui, neste nosso cantinho, ficará bem guardada e visível (bom, pelo menos até o youtube não mandar a conta abaixo...)

Darth Vader e "Stayin' Alive"... Que combinação!

Ainda os Beatles.

Faz hoje 50 anos que estreou na TV norte-americana ABC a série animada dos The Beatles, que neste primeiro episódio apresentava as músicas "Hard Day's Night" e "I Want To Hold Your Hand". Há também um passeio pelo fundo do mar com um polvo, casas assombradas e muitas outras coisas bem "cheesy"!

Mas são os Beatles e portanto tudo se perdoa!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Novidades telegráficas. - XIX

Os Suede vão lançar um álbum novo, “Night Thoughts”, em janeiro de 2016. Além das edições normais, será posta à venda uma edição especial com um DVD que incluirá um filme do fotógrafo inglês Roger Sargent, que basicamente serve de videoclip do álbum inteiro.

Por aquilo que já espreitámos, não nos parece mal. Fiquem com o trailer e com o primeiro avanço do álbum, "Outsiders".



Momentinho nacional.

Parece que é obrigatório por lei passar uns x minutos de música portuguesa na rádio. Para que não nos fechem compulsoriamente a chafarica, cumpramos os normativos legais e falemos do álbum "Elsewhere" de Moullinex, lançado já em Maio deste ano através da Discotexas e com distribuição da Universal Music Portugal.

Este é o sucessor de "Flora", o álbum de estreia de 2012, e que surge depois de diversos EPs e remisturas oficiais, como para Sebastien Tellier, Royksopp & Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club.

Fiquem com este "Can't stop (loving you)".

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sucessor?

Será que encontrámos sucessor para o senhor Richard David James? É impossível substituir o insubstituível, por isso a resposta é não. Mas que Objekt tem momentos muito bons, na linha da escola aphexiana, esse facto também é inegável.

Beats, breakbeats, abstraccionismo e atenção ao detalhe. É isso que nos propõe TJ Hertz (aka Objekt) no seu "Flatland". Talvez um álbum demasiado inteligente para o seu próprio bem.

One Hit Wonder V

Ao ouvir esta música poderíamos ser tentados a pensar que se tratava de algum projecto do movimento French Touch. Mas não. Os Junior Senior eram um duo dinamarquês composto por Jesper "Junior" Mortensen e Jeppe "Senior" Laursen, cujo único sucesso nas tabelas foi este "Move Your Feet", do álbum "D-D-Don't Don't Stop the Beat", editado através da Crunchy Frog.

Para além da voz que em algumas tonalidades faz lembrar o Michael Jackson, este "Move Your Feet" também se destaca pelo característico vídeo, elaborado pelo colectivo artístico Shynola com o recurso a arte pixel de baixa resolução baseada no editor gráfico Deluxe Paint, software inicialmente criado para o Commodore Amiga 1000 e posteriormente com versão DOS para PC. Já lá vão uns aninhos!

One Hit Wonder IV

Não é bonito perguntar-se ou dizer a idade de uma senhora. Lembremos apenas que a menina Toni Basil nasceu neste dia, 23 de Setembro, há alguns anos atrás. E porque motivo ficou ela conhecida? Por este "Mickey", uma música e correspondente vídeo só possível na saudosa década de 80. É a cor, a dança, o playback, os saltos... Enfim, um sem número de coisas boas que augurava que isto ia mesmo ser um One Hit Wonder. Mas como dizia o outro, "better to be a one hit wonder than a no hit wonder"!

Já estou a ver o meu "Mickey" a sacar olhos ao som desta música!

Custa mas sabe bem.

A música de Andy Stott não é fácil. Mas no fim da audição o sentimento é positivo, mesmo gratificante, como se tivéssemos dado mais um pequeno passo na evolução da (história da) música.

Este "Faith in Strangers", editado pela Modern Love, é notoriamente uma continuação, ou mesmo evolução, do anterior longa-duração "Luxury Problems", que já tanto tinha encantado os entusiastas do dub techno mais abstracto e escuro. Escrita musical electrónica meticulosa, talvez proeminência excessiva de voz em algumas partes, mas um álbum para ouvir sem restrições.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sonhadores.

Temos novo álbum dos Tindersticks para janeiro do próximo ano!
Dará pelo nome de "The Waiting Room" e o primeiro avanço é este "We Are Dreamers!".
Menos imediato, mais rude e experimental do que estamos habituados no som dos Tindersticks, este single e o respectivo video, de Gabriel Sanna, não deixam de ser uma interessante surpresa.

Os comediantes.

Vamos no terceiro dia de campanha oficial para as próximas eleições legislativas e é só comédia. Palhaços, malabaristas, ilusionistas, funambulistas, cotorcionistas... Enfim, uma festa de artes circenses e de pessoas cujas mães não têm culpa nenhuma do que eles são. Ou melhor, até podem ter mas preferem olhar para o lado. Não é todos os dias que se pode ser visita de casa do Diogo Infante.

Quem de facto não tem culpa nenhuma disto é o Sr. Charles Aznavour, hoje com 91 anos mas que já há décadas topava esta gentalha medíocre e gananciosa. Se este não fosse um blogue familiar mandava-os todos a um sítio. Mas não vale a pena. Vão lá aos mercados e feiras levar grandes beijocas das peixeiras. Isso é que é importante.

A imaginar sozinho.

Formados no (belo) ano de 1977, os The Go-Betweens foram um dos projectos mais interessantes da pop-rock alternativa australiana. Formados por Robert Forster e Grant McLennan, deram-se a conhecer ao mundo em 1981, com o lançamento do álbum de estreia "Send Me a Lullaby".

Nove álbuns, e muitos mais êxitos depois, a banda acabou devido à morte prematura de McLennan, por ataque cardíaco. Ficaram a memórias de grandes músicas como "Cattle and Cane", "Bye Bye Pride","Streets of Your Town" e "Was There Anything I Could Do?", esta última de 1988, aqui com o video oficial, numa altura em que a banda contava na sua formação com Lindy Morrison na bateria, Robert Vickers no baixo e Amanda Brown nas cordas e sopros.



Em 2015 encontramos o que resta dos The Go-Betweens originais, Robert Forster, a lançar o seu sexto álbum a solo, "Songs To Play" e, aos 58 anos de idade, ainda a ter algo de útil a dizer no panorama da música pop contemporânea. Aqui fica "Let Me Imagine You", o primeiro single do seu novo trabalho.

À beira-mar.

Novo single para "Have You In My Wilderness", o mais recente álbum de Julia Holter. Chama-se "Sea Calls Me Home" e além de ser uma bela melodia pop, esta música traz-nos à memória os Broadcast, sobretudo da voz da saudosa Trish Keenan.

Aproveitem este passeio à beira-mar que o verão despede-se amanhã.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Senhora.

Um dos momentos mais vitais da história da música popular do século XX é hoje relembrado, na íntegra, no Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Patti Smith presenteia-nos com o seu álbum de estreia, "Horses", de 1975, e mais uns quantos hinos à inteligência e libertação, como este "People Have The Power".

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Ponto bem feito.

Nicolas Godin, a metade mais alta do duo francês Air, lançou o seu primeiro álbum a solo.
Chama-se "Contrepoint", é cantado em francês, italiano, português 'abrasileirado' e alemão, e é um mix de pop, electrónica, easy listening, jazz e clássica, tudo misturado de uma forma inteligente, a lembrar as aventuras sónicas de alguns projectos italianos, franceses e alemães da década de 1970. Ou seja, Godin não se afasta um milímetro da fórmula que criou nos Air, apenas lhe adicionou mais uns pózinhos dos avôs Bach, Mozart & Co., envolvendo tudo de uma forma elegante e distinta. Cuisine française, é o que é!

Um dos singles já extraído do álbum é este "Widerstehe Doch Der Sünde", com um belíssimo video realizado por The Sacred Egg.

Eu quero a minha MTV de volta... - II

Quando a MTV se dava ao trabalho de fazer um mix do video de "Born Slippy (Nuxx)", dos Underworld, com cenas do filme "Trainspotting", de Danny Boyle, aumentando assim o hype da película e da sua banda sonora.

Que luxo era a MTV na altura.
Que lixo é actualmente.

A dobrar.

Mais uma de Josh Tilman, enquanto Father John Misty, aqui a cantar "The Night Josh Tillman Came To Our Apartment", o quarto single a ser retirado do álbum "I Love You Honeybear".

A canção foi escrita para a mulher dele, Emma Tilman, presença obrigatória neste álbum, que documenta a nem-sempre-fácil relação deles, como se pode ler no poema da canção aqui transcrito.

O video, realizado por Drew Pearce, é um objecto insólito, bem feito e, sobretudo, bem pensado.



Oh, I just love the kind of woman who can walk over a man
I mean like a god damn marching band
She says, like literally, music is the air she breathes
And the malaprops make me want to fucking scream
I wonder if she even knows what that word means
Well, it's literally not that

Of the few main things I hate about her, one's her petty, vogue ideas
Someone's been told too many times they're beyond their years
By every half-wit of distinction she keeps around
And now every insufferable convo
Features her patiently explaining the cosmos
Of which she's in the middle

Oh my God, I swear this never happens
Lately, I can't stop the wheels from spinning
I feel so unconvincing
When I fumble with her buttons

She blames her excess on my influence but gladly Hoovers all my drugs
I found her naked with her best friend in the tub
We sang "Silent Night" in three parts which was fun
Til she said that she sounds just like Sarah Vaughan
I hate that soulful affectation white girls put on
Why don't you move to the Delta?
I obliged later on when you begged me to choke ya

Em adaptação.

Os Chaos In The CBD chegam-nos de Auckland, Nova Zelândia, e são compostos pelos irmãos Ben e Louis Helliker-Hales, os quais trabalham juntos há mais de 8 anos. Desde 2012, altura em que se mudaram para Londres, o projecto tornou-se mais conhecido e as edições musicais têm sido frequentes, seja pela Hot Haus Records, ClekClekBoom, Amadeus ou Needwant.

A sua música presta homenagem a muitos estilos, aproveitando temas clássicos do House, Ambient ou Jazz para incorporar naquilo que vão criando. Acabadinho de lançar em Agosto, é ouvir o EP "Midnhight in Peckham" para perceber a qualidade dos irmãos e a sua capacidade de adaptação. Ouça-se, a esse propósito, a colaboração com os French Fries e a diferença de estilos entre as duas músicas.




Sound Samples.

Os sound samples são ajudas fantásticas para quem os sabe utilizar. São, na verdade, uma parte importante naquilo que diferencia um bom DJ de um colocador de discos. Para que servem então? São como elos de ligação, que permitem passar de uma música para outra sem sobressaltos de maior, gerando continuidade e coerência.

Neste exemplo temos os T.S.O.S. com este "Over and Over", editado num maxi-single da editora Soundsampler. São 5:30 minutos de variâncias mínimas, com uma linha de baixo constante, que ainda assim tem subtilezas suficientes que permitem ao DJ escolher uma parte da faixa que melhor sirva de ligação entre duas músicas que esteja a passar. Naturalmente que serve também como base criativa para muitos músicos e produtores, numa altura de "empréstimos" constantes de sonoridades alheias.

Não tem vídeo, não é propriamente uma música, na acepção de canção, mas elucida sobre o trabalho de base que é feito por muitos músicos em prol de outros.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Concerto para piano em chuva menor.

"Octave Minds" é o nome do projecto (e álbum) que junta o canadiano Chilly Gonzales e o alemão Alexander Ridha, mais conhecido como Boys Noize, num dueto piano e electrónicas. Revelaram pela primeira vez as canções deste projecto, ao vivo, a 3 de setembro, em Berlim, na Teufelsberg, uma antiga estação de espionagem da guerra fria, onde faziam o rastreio de comunicações. Todo o cenário da actuação foi mantido em secretismo e foi dado o nome de "Zeitgeist Symbiosis" ao evento que contou com a direcção de palco de Brendan Shelper e o design de luz de Chris Moylan.
A assessorar musicalmente Chilly e Ridha esteve o quarteto de cordas Kaiser Quartett.

Um belo acontecimento, que até teve direito a uma chuvada a estragar maquinaria, quase no final do espectáculo, mas que não tirou a boa disposição aos músicos. Percam 50 minutos do vosso dia a ouvir (e ver) isto, que vale a pena.

Pega na porra do telefone!

Iniciemos o dia com esta peça marcante do Tech House pelo senhor Ricardo Villalobos, chileno convertido em germânico após a sua família ter fugido do regime fascista de pinochet (sim, com letra pequena).

Aviso já aos mais distraídos: é minimalista e repetitivo. Se têm acessos de paranóia ou obsessão compulsão então aconselho outra coisa qualquer. É música orgânica, imprevisível, que não segue um rumo definido, antes vogando em ligações de bytes e bits, verdadeiramente contemporânea.

Editado pela Playhouse já em 2003, bem que podia ter sido lançado ontem.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Agora sim!

Passo 1: afastar a mobília.
Passo 2: volume no máximo.
Passo 3: pressionar a tecla play.

Habemos single!
Habemos New Order!

Com pedacinhos de Giorgio Moroder e Pet Shop Boys, é certo, mas temos os New Order que aquecem as pistas de dança. "Plastic", o novo single, é bem melhor que o anterior "Restless", o que nos leva a voltar a ter fé no potencial do novo álbum, "Music Complete", que sai dia 25 deste mês. Cheira-me que vou gastar umas libras...

Italo Disco X

Chegámos à marca dos 10 vídeos gordurosos da corrente que ficou conhecida como Italo Disco. Para comemorar esse feito, fiquem com um instrumental dos Koto, banda que teve os seus sucesso lá para os 80, ainda que continuem a produzir música na actualidade.

Alcântara

O Alcântara, de nome oficial discoteca Alcântara-Mar, foi local de peregrinação de muita juventude nos 90, este vosso escriba incluído. Foi aí que, pela primeira vez, ouvi muitos dos hinos da música de dança dessa década, incluindo este "Give Me Love", dos Alcatraz, colaboração única entre os produtores de House Victor Imbres e Jean-Phillippe Aviance para a editora Yoshitoshi, cujos donos são os Deep Dish.

E por falar na Yoshitoshi, a emoção que era chegar a uma loja de música e ver CDs de labels que sabíamos serem sinónimo de boa música, fosse a Warp, Wall of Sound ou XL Recordings! Outros tempos em que ninguém nos dizia: "isso só há em digital".

O Alcântara foi grande e passei lá muitas e muitas (boas) noites. Fica a saudade e um artigo do jornal Público a relatar o seu encerramento, nos idos de 99

Sem vídeo.

Com a perda de importância das editoras e a desmaterialização do próprio conceito de LP ou CD, a música passou a ser distribuída e vendida de maneiras que até há alguns anos eram impensáveis, desde poder fazer-se o download completo e gratuito de um CD ou de algumas músicas até poder pagar-se o que se quiser, como já aconteceu com um álbum dos Radiohead.

Isso permite que muita boa gente, que as editoras antigamente desprezariam, possa criar, produzir, editar e vender a sua música sem grandes ou mesmo nenhuns intermediários. Naturalmente que surgem assim projectos com pouco recursos financeiros, com pouco ou nenhum marketing associado, nomeadamente um vídeo que acompanhe o single.

Tal facto é bastante notório na música de dança, onde é suficiente um computador para pormos cá para fora um álbum. O problema é que depois não há dinheiro para muito mais.

Fiquemos pois com mais uma música sem vídeo, no caso outra cedência minha ao House, aqui representado por Lee Foss & MK, com voz de Anabel Englund e editado pela Hot Creations.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Novidades telegráficas. - XVIII

Os norte-americanos Deerhunter, de Brandon Cox, estão de volta com um novo álbum, "Fading Frontier", que sairá a 16 de outubro. Um dos primeiros avanços é este "Breaker", menos experimental, mais pop do que algumas das composições anteriores da banda.




Quem nos vem visitar em outubro é a norte-americana Corrina Repp, que vem apresentar o seu álbum mais recente "The Pattern Of Electricity". Porto, dia 20, no Passos Manuel, e Lisboa, dia 21, no Carpe Diem Arte e Pesquisa. Para quem não conheça a senhora, aqui fica o single "The Beast Lives in the Same Place".

Terça à tarde.

O tipo não sabe fazê-las más e feias.
"Tuesday PM" é mais uma bonita balada do Sr. Richard Hawley, a ser retirada do seu novo álbum "Hollow Meadows".

Temos disco para os próximos passeios...

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Salva-vidas espirituais.

A voz (e corpo) dos Depeche Mode, o Sr. David Gahan, volta a emprestar os seus dotes vocais ao projecto inglês Soulsavers, do duo Rich Machin e Ian Glover. Depois da abrilhantar o álbum "The Light the Dead See", de 2012, Gahan volta a pôr a sua voz ao serviço das lides temáticas da alma e da salvação, com nova colaboração no álbum "Angels & Ghosts", que será editado a 23 de outubro.

Para já, somos agraciados com o primeiro single, "All Of This And Nothing". A música não foge à qualidade habitual daquilo que Gahan costuma fazer a solo, mas não é nada do outro mundo.

Na toca dos ursos.

E após algum tempo de espera, cá temos o primeiro sinal de vida de "Grey Tickles, Black Pressure", o novo trabalho de John Grant, que sairá dia 9 de outubro. A primeira batida dá pelo nome de "Disappointing" e traz-nos a voz serena de Tracey Thorn, dos desaparecidos Everything But The Girl, a acompanhar na perfeição o registo mais operático de Grant, tudo bem misturado e servido em formato disco sound mutante. De desapontante este single não tem nada, pelo contrário: é muito competente, muito dançável e servido com a habitual mestria lírica de Grant.

Quem não vai achar muita piada ao video é a malta homofóbica. Mas também não seria o John Grant do costume, se não metesse o dedo na ferida.

THAT'S JUST SILLY - XXIX

Peaches não quer mesmo largar a nossa rubrica de videos tontos e continua imparável a gozar com os clichés da sexualidade.
Já a música é mais do mesmo.
Mas os videos...
Queremos mais!!!!

"Dick In The Air", com a colaboração de Margaret Cho, do novo álbum "Rub".



quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Clássico instantâneo. - III

Depois de "Heart of Oak", a escolha de novo single para o mais recente álbum de Richard Hawley, "Hollow Meadows", foi para a balada "Nothing Like A Friend", num registo a que Hawley tão bem nos habituou em álbuns como "Lady's Bridge" e "Coles Corner". É o chamado 'regressar a sítios onde já se foi feliz, mas sem estragar a memória'.

Queremos este álbum!!

Eu publico, logo existo.

Mais um single para "The Magic Whip", dos Blur. Desta vez saiu "I Broadcast", a música mais assertiva do que é fenómeno Youtube. É provável que alguém encontre um video caseiro seu no meio deste patchwork maluco do universo Blur.

Carregar!

Chama-se "La Di Da Di" o novo cavalo de batalha dos norte-americanos Battles, que cavalgará pelos nossos ouvidos já este mês. Apesar do nome do álbum remeter para um cliché de pop inocente, a sonoridade dos Battles mantém-se fiel à sua matriz, pelo menos a fazer fé no primeiro avanço, este magnífico "The Yabba", aqui captado ao vivo em Nova Iorque, um pequeno excerto da performance de 24 horas que a banda deu no dia 4 do mês passado.

Impressionante, no mínimo.



Entretanto já há video oficial para "The Yabba". Como sempre na obra dos Battles, o cuidado colocado na estética dos seus videos é do mais alto calibre. A ver com toda a atenção.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Binómio dona-canito!

Setembro está a ser um manancial de lançamentos de novos álbuns, alguns deles com potencial para se revelarem belos discos.

Um dos que sai neste mês é o novo de Julia Holter, "Have You In My Wilderness", que já tivemos o privilégio de escutar e onde podemos colocar o selo de qualidade. Mais dançável, mais repleto de teclados e de belas orquestrações, é um daqueles raros prazeres sonoros, onde a voz da norte-americana encontra sempre a instrumentação certa para nos manter agarrados e satisfeitos.

O primeiro single a ser editado, e primeira música do disco, é este "Feel You" que nos é servido pelo ternurento video de Jose Wolff, que capta momentos de cumplicidade da Sra. Holter e do seu fiel companheiro.

Como a percebemos...

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Domingo à noite.

Definitivamente Lisboa está com uma agenda cultural que já não envergonha nenhum europeu.
Este domingo, dia 13 de setembro, recebemos a visita de Daniel Knox. Já aqui falámos deste cantautor auto-didacta, que tem vindo a impressionar críticos e públicos mais atentos ao que de bom se faz na ventosa Chicago, EUA. Daniel Knox apresenta-se ao vivo na St. George's Church, na Estrela.

Fiquem com um cheirinho da missa que se vai celebrar, com o mini concerto que Knox deu à rádio norte-americana Chirp Radio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Novidades telegráficas. - XVII

Os neo-zelandeses Unknown Mortal Orchestra (UMO) lançaram há uns meses o seu terceiro álbum de originais, "Multi-Love". Este trabalho sucede ao aclamado "II" que os colocou na ribalta do movimento de neo-psicadelismo que por aí anda. Apesar de algumas mudanças sonoras neste novo trabalho, ouvir os UMO ainda continua a ser uma bela trip. Basta espreitar este bem dançável "Can't Keep Checking My Phone", o novo single da banda.
O video é de Dimitri Basl e Cooper Roussel.




Quem também tem álbum novo são os Dead Weather, de Jack White, Alison Mosshart, Dean Fertita e Jack Lawrence. "Dodge and Burn" é o nome da besta negra que será editada no final do mês. A primeira garra a ser mostrada é este “I Feel Love (Every Million Miles)", aqui em versão ao vivo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Góticos diferentes.

Os Austra são mais um projecto canadiano apadrinhado pela Domino Records, ainda que a editora seja a Paper Bag. Fugindo ao paradigma da electrónica clássica, surgem-nos antes numa versão synth-goth, numa renovação da roupagem do que foi o Dark Wave dos anos 80.

É bom prepararem-se para a voz cortante da vocalista Katie Stelmanis. Na verdade à imagem do vídeo, ainda que desta vez seja a versão censurada...

Versões - LIII

Versão talvez não. Mais correctamente falemos da utilização intensa de um sample em loop. E quem são os intervenientes? Os reprodutores são os Animal Collective, já por aqui abordados pelo DJ Ruto a propósito das postas que fez sobre a Fat Cat Records. E o progenitor? O saudoso Frankie Knuckles. Mas este "Your Love", um clássico do House de Chicago, já tinha tido uma primeira encarnação, sob a batuta de Jamie Principle. Mas só após o trabalho de estúdio de Frankie Knuckles a faixa se tornou verdadeiramente global.

Ainda que a parte synth seja o que mais ressalta nesta música, ela é indissociável da linha de baixo, a qual foi um dos samples escolhidos pelos Hercules & Love Affair para o seu "Time Will", excelente música que infelizmente é prejudicada pela voz pomposa e teatral do Antony, incapaz de se conter dentro dos limites que a linha melódica exigia.



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Dor de cotovelo. - VI

Quem também tem material novo são os ingleses Elbow. "Lost Worker Bee" é o nome de EP que já anda por aí. Já ouvi o single homónimo e não achei nada de especial, por isso fui buscar este clássico da discografia deles. Chama-se "Newborn" e é a peça central do álbum de estreia deles, de 2001, "Asleep in the Back".

Uma boa noite com os Elbow a revisitarem "Newborn", na edição deste ano do Festival Kendal Calling, em Inglaterra.



Voz e piano.

De hoje a um mês sai um dos álbuns mais esperados deste ano, "Grey Tickles, Black Pressure", de John Grant. Enquanto não temos singles oficiais para mostrar, recordamos um dos momentos maiores da carreira a solo do norte-americano, a música "Queen of Denmark", do álbum homónimo de estreia de Grant, aqui ao vivo nas Strongroom Sessions, em versão despida de orquestração e distorção.

Não tem a pujança sónica do original, mas é uma interpretação do caraças!

Verão do nosso descontentamento.

Connor O’Brien e os seus Villagers continuam a promover "Darling Arithmetic", o seu mais recente álbum, que está carregadinho de belas canções com este "Hot Scary Summer", aqui com direito a video do género "screen saver" de computador...

Clássicos no museu.

O álbum chamava-se "Dazzle Ships" e foi uma obra prima incompreendida em 1983.
31 anos depois, a 1 e 2 de novembro de 2014, os Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD) levaram para o museu de Liverpool uma verdadeira instalação multimédia/concerto baseada nesse álbum. Chega agora a edição em CD/DVD dessa actuação, "Live at the Museum of Liverpool", com a curiosidade de ver e ouvir a transposição dos clássicos para a actualidade.

A julgar por este "Genetic Engineering", está tudo na rota certa.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Preparados para qualquer coisa.

Antes que o meu comparsa de estaminé apague a luz e feche as portas, deixo só umas novidades que nos chegam do outro lado do Atlântico: os norte-americanos Mercury Rev estão de regresso com um álbum novo, "The Light In You", que será lançado no início de outubro, e vêm tocar a Portugal a 19 de setembro, ao Festival para gente sentada, em Braga (gente do norte, ide vê-los, sff)!

O primeiro single a ser extraído do novo trabalho é este "Are You Ready" e traz-nos o psicadelismo mais adocicado que a banda nos habituou nos últimos registos. Alguma curiosidade em ouvir este "The Light In You", apesar das expectativas não estarem muito altas. Não me parece que tenhamos um novo "Deserter's Songs" ao ouvir este single e o outro avanço que a banda disponibilizou aqui.

Bom final de tarde.

Acabemos bem o dia com este "Ride With You" do projecto "The White Lamp" que junta o ex-Underworld Darren Emerson e a voz bluesy de Peter Josef. Esta peça musical, mais apropriada para ouvir em casa do que para as pistas de dança, tem um começo lento e por aí permanece, sendo algo reminiscente das coisas boas que faziam os Death in Vegas.

Amanhã há mais.

Max, o explorador.

Há muitos anos atrás era preciso perceber de música ou saber tocar algum instrumento para se singrar no meio musical. Já na década de 70 não era incomum aparecerem bandas cujos integrantes gostavam de ser músicos mas cuja habilidade para tocar um instrumento era a mesma que eu tenho para fazer massa filo. Hoje em dia, há situações em que o importante é perceber de programação e, eventualmente, ter algum bom gosto. É isso que nos permitem programas como o Max, software criado pela Cycling '74 e cuja última versão beta estável é a 7.0.0.

É baseada nessa desmaterialização musical que nos surge a Holly Herndon, que no seu álbum deste ano "Platform" explora toda as potencialidades da máquina e da tecnologia aplicadas à música. Construções techno minimalistas, vozes etéreas e bytes e bits em profusão. Boa viagem.

P.S.: lembram-se do Max, o explorador, traço de Guy Bara nos fascículos Tintin? http://guybara.blogspot.pt/p/max-lexplorateur.html

E está preparado o pequeno-almoço.

Já que estamos a começar a misturar ingredientes, avancemos então completamente na mixórdia e aproveitemos a dica dos Eagles of Death Metal para falar um pouco dos porcos, feios e maus Monster Magnet. Muito menos subtis do que os EoDM, os Monster são o arquétipo do rock pesado, bebida, drogas e gajas. O mundo de Dave Wyndorf sempre girou à volta destas temáticas, ancorando-se ainda no universo do space rock de bandas como os Deep Purple ou Black Sabbath.

Em última instância, o que me levou a comprar - e ainda hoje ter - os álbuns "Powertrip", "God Says No" e "Monolithic Baby!"? É rock. Simples, sem floreados, a beber no melhor que a geração de 70 nos legou nesse área, sejam os já mencionados Deep Purple ou Sabbath, mas também os Rainbow, Dio ou mesmo os Venom. E gajas, meus amigos. Muitas gajas! É só ver o vídeo de "Unbroken" e o do "Monolithic" (este ao vivo), ambos do LP "Monolithic Baby!" de 2004.