terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Balanço do ano.

Ou o balanço de um ano brutal, compilado em video por um fã dos Broken Social Scene, que aproveitou a edição recente de "Golden Facelift", uma música antiga que a banda decidiu libertar dos seus arquivos.

Aviso: tal como o ano que acaba, o video é forte e crítico, sobretudo a eventos que ocorreram na parte norte do continente americano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Idade maior.

Os The Hidden Cameras andaram a promover, durante 2014, o seu sexto álbum de originais, "Age". Lançaram esta semana, como último single, este "Doom", mas apesar de todo o esforço do video, continuo a achar que "Carpe Jugular" foi o melhor single/video que saiu da última fornada desta pandilha canadiana. Ficam os dois videos para tirar teimas.




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Versões - XLIV

Receita para os próximos dias:
Ela + eu + frio + uma casa quente = boas festas!

Toca aquela! - XI

The Dandy Warhols, em 2001, no álbum "Welcome To The Monkey House", com a produção de Nick Rhodes, dos Duran Duran. Se houve uma canção tão premonitória do regresso em força dos anos 80, foi esta "You Were The Last High".

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Toca aquela! - X

Hoje começamos o dia a recordar os Stone Temple Pilots, os filhos bastardos do grunge, quais patinhos feios do charco musical dessa década, sempre olhados de lado e desvalorizados por alguns críticos, mas que tiveram sempre grandes canções em todos os álbuns que editaram.

"Sour Girl" foi um dos singles a ser extraído do álbum de 1999, "No. 4", o quarto álbum da carreira dos norte-americanos. É, na minha modesta (treta!) opinião, uma das grandes canções pop desse ano, com tudo a funcionar na perfeição: melodia, ritmo, letras e voz.
Pena que a voz tenha cedido à heroína e outros vícios, sendo despedida da banda em 2013. Scott Weiland é um dos poucos grandes vocalistas a surgir em plena euforia grunge e que merecia melhor destino. E muito melhor sorte merecia o legado dos Stone Temple Pilots do que ter como substituto de Weiland o asqueroso Chester Bennington, da banda abaixo de medíocre Linkin Park. Uma tristeza de escolha e, garantidamente, a perda de um fã deste lado do Atlântico. E desconfio que não devo ser o único, a julgar pelos primeiros sons a surgir desta nova reencarnação dos STP. Assustadoramente mau!

Mas voltemos a "Sour Girl", que é o que interessa e que tem um video tipicamente 90's, cheio de tiques psicológicos, cores saturadas, narrativas parvas e a presença de modelos e/ou actrizes que estavam a chegar à ribalta, nesta caso Sarah Michelle Gellar, a eterna "Buffy, the Vampire Slayer".

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Clínica veterinária

O veterinário de serviço cá do estaminé, Dr. Dog, tem álbum novo, "'Live At A Flamingo Hotel", que será lançado em janeiro do próximo ano.

É como temos vindo a constatar: janeiro e fevereiro de 2015 vão ser meses de abundância. Esperemos que a quantidade traga qualidade.

Fiquem então com este "Heart It Races".
Béu!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sala de concertos privada. - II

Tenho uma relação de simpatia-antipatia com esta banda. Os escoceses Chvrches tiveram durante 2013 e 2014 uma ascensão consistente e merecida. Gosto muito do synth pop que praticam mas embirro com a voz de miúda adolescente da vocalista Laureun Mayberry. Dito isto, resolvo o problema da voz dela com o seu lindo sotaque do norte da bretanha e a qualidade instrumental da electrónica que os Chvrches apresentam.

Ao vivo apresentam um bom espectáculo, digno de quem pratica um synth pop old school, com um excelente jogo de luzes. Quem quiser tirar dúvidas se gosta ou não destes putos escoceses, é ver o concerto que se segue dos Chvrches, ao vivo em Paris, cortesia da Pitchfork.



Canal Panda em modo alucinogénico.

Novo single para Panda Bear, "Boys Latin", a ser retirado de "Panda Bear Meets The Grim Reaper", que tem data de lançamento em janeiro de 2015. Boa pop electróncia com os tiques sonoros experimentais que o Sr. Noah Lennox vem a desenvolver quer no seu trabalho a solo, quer com os Animal Collective.

O video serve bem a música, sobretudo pela qualidade de animação e pela paleta cromática.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Moviflor Power!

Dan Deacon tem um disco novo, "Gliss Riffer", que sairá lá para finais de fevereiro do próximo ano. Os primeiros dois meses de 2015 prometem ser férteis em novidades. Para já somos agraciados com o primeiro single do novo trabalho de Deacon, "Feel The Lightning", que até tem postura muito pop para o tipo de som a que o norte-americano nos habituou. O próprio video é uma celebração tonta da cultura kitsch do mobiliário e decoração, qual homenagem póstuma à loja portuguesa de decoração de interiores desaparecida este ano.

THAT'S JUST SILLY - XIX

Nada como intestinos frescos pela manhã.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Voltamos a Princess Chelsea, agora para dar a conhecer o teu trabalho mais recente, "The Great Cybernetic Depression", lançado este ano. Mais uma vez as letras das músicas, com versos como "They put my brother underwater, but they forgot about me" são uma referência de contemporaneidade mordaz e bom gosto satírico, aliados a um synth-pop etéreo e eficaz.

Fiquem com os videos dos dois singles que já foram lançados deste álbum, "We're So Lost" e "No Church On Sunday", ambos realizados por Simon Ward.



Terapia conjugal.

Mais uma preciosidade da Nova Zelândia.

Depois de terem feito dos The Brunettes uma das bandas mais interessantes da cena alternativa neozelandeza, Chelsea Nikkel, agora a solo com o seu projecto Princess Chelsea, voltou aos duetos com Jonathan Bree, para o single "The Cigarette Duet", lançado no álbum de 2011, "Lil' Golden Book". A música, devido à temática e ao video absurdamente giro, teve uma grande exposição mediática, com mais de 12 milhões de visualizações no youtube, em 2012, chegando actualmente a mais de 16 milhões. Todos sabemos o irrelevante que isso pode ser, em termos de atestado de qualidade, mas para um video desta natureza, vindo de um projecto musical alternativo da Nova Zelândia, caramba! É de louvar.

Vejam com atenção e saboreiem a letra (e mensagem) da música.

Warp Speed - IV

Quem estiver minimamente identificado com o catálogo da Warp Records não tem dificuldade em imaginar que os Oneohtrix Point Never seriam uma banda a gerir por essa editora. E os mentores da Warp assim o pensaram, resgatando a banda a editoras mais pequenas e lançando em 2013 o álbum "R Plus Seven".

As músicas de Daniel Lopatin, o homem que faz os OPN mexer, podem designar-se como labirínticas e naturalmente experimentais, não desmerecendo outros grandes vultos que lhe fazem companhia nesta editora, como os Flying Lotus ou Aphex Twin.

Não é fácil mas quem disse que tinha de ser?

Versões XLIII

Não contem comigo para celebrações e exaltações natalícias.
O natal é algo que não me assiste (aproveitando-me de trocadilhos idiotas).

O que não impede que saiba apreciar algumas das melodias tão próprias da época.
Especialmente se forem versões bem conseguidas e que esteja patente a marca dos seus transformadores. É o caso da cover de "In The Bleak Midwinter", de Maps com Polly Scattergood nas vozes.

Peça frágil, qual filigrana electrónica, que sustenta a bela voz da Sra. Scattergood, e que nos deixa a flutuar nesta solarenga, mas fria manhã de dezembro.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Um certo rock e muitas drogas.

Vi os Morphine ao vivo uma única vez, no já longínquo Super Bock Super Rock em Alcântara, em julho de 95. Mas essa experiência única foi marcante ao ponto de ainda hoje me lembrar deles e aqui partilhar uma das suas músicas. Mark Sandman morreu em palco em 1999, vítima de um ataque cardíaco que muito relacionado esteve com os seus excessos de álcool e drogas.

Os Morphine eram, para a altura mas mesmo ainda na actualidade, um conjunto muito curioso. Numa época em que imperavam guitarras e em que não era incomum vermos bandas com 4 e 5 guitarristas em palco, a opção destes norte-americanos foi por uma bateria, um saxofone e uma guitarra-baixo (habitualmente de apenas duas cordas). Essa solução, em vez de lhes coarctar opções, abriu-lhes novas fronteiras e gerou um estilo muito próprio, com arranjos típicos do rock envoltos numa roupagem de jazz e blues.

A morte do vocalista resultou no fim dos Morphine, ainda que os restantes membros tivessem enveredado por novos projectos, nomeadamente os Twinemen, que por certo ainda merecerão uma posta aqui no Duotron.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Manifesto anti-imperalista.

E mais uma novidade para fechar o dia, agora com os Belle & Sebastian.
O segundo single a ser retirado do álbum "Girls in Peacetime Want to Dance", que sairá em janeiro do próximo ano. Desta vez a escolha recaiu em "Nobody's Empire".

Já gosto mais desta canção, comparativamente ao single anterior, "The Party Line".
O video, realizado por Blair Young e Stuart Murdoch (o mentor dos B&S), é uma junção de filmagens cedidas por fãs da banda com clips recolhidos do Scottish Screen Archive da National Library of Scotland e dos arquivos Prelinger.

Mais música boa da Islândia.

Estando a chegar ao final do ano já é possível fazer alguns balanços, como é habitual nesta altura. Não consigo, nem nunca consegui, dizer que este álbum ou aquela música foram o melhor do ano, mas sempre é possível afirmar que eles se encontram entre o que de mais interessante se fez durante 2014.

E na vertente de IDM tem de se mencionar o álbum homónimo de Kiasmos, uma dupla da Islândia/Ilhas Faroé que joga com o minimalismo e as melodias electrónicas para criar música de dança experimental inovadora e que merece um dos destaques do ano.

Versões XLII

Nunca saberemos como seriam os Depeche Mode se o Vince Clarke tivesse permanecido na banda. Quase certo é que muito dificilmente teríamos os Yazoo e depois os Erasure, o que seria em ambos os casos uma perda enorme. E talvez não tivéssemos também a fantástica voz da Alison Moyet.

Os DM seguiram o seu caminho de sucesso, os Yazoo e os seus respetivos membros também. Ficam-nos pérolas como este "Don't Go" aqui revisto pela Alison Moyet em 2008.

Relaxado q.b.

Hoje é dia de regressos.
Depois de Father John Misty, temos os ingleses Citizens! a mostrar trabalho novo.
O sucessor do aclamado álbum de estreia, de 2012, "Here We Are", ainda não tem nome, mas já tem um single prontinho a ser rodado: "Lighten Up".

Ainda está longe de ser um digno sucessor de "True Romance", mas é uma canção pop competente.

Pequeno almoço na cama.

Father John Misty, o nosso pregador favorito, está de volta com um novo álbum. Chama-se "I Love You, Honeybear", e irá ser lançado em fevereiro do próximo ano. O primeiro single tem o curioso nome de "Chateau Lobby #4 (in C for Two Virgins)". E o video, em modo caleidoscópio, é este.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Versões XLI

"Ice Machine" nunca foi daquelas músicas mais queridas quer pelos fãs quer pelos próprios Depeche Mode, pelo que muito raramente fez parte do alinhamento da banda em concerto. Lado-B do primeiro single dos DM, "Dreaming of Me". não deixa por isso de ser um excelente exemplo do que eram os DM nos primórdios da sua longa e brilhante carreira e merece, por isso, uma revisitação cuidada e digna.

Foi isso que fizeram os Royksopp, associando-se à vocalista norueguesa Susanne Sundfor e dando a (re)descobrir a muitos esta excelente canção na compilação “Late Night Tales: Röyksopp”. Fica aqui a versão ao vivo na NRK's Lydverket.

O fim da era dourada.

O final da década de 90 foi também ele o termo de um era dourada para o Drum'n'Bass como sub-estilo maior da música de dança. As grandes inovações tinham passado, os álbuns e músicas maiores também, os compositores procuravam já outros caminhos em correntes dançantes alternativas.

Foi por isso um culminar em grande o álbum de 1999 de Mocean Worker intitulado "Mixed Emotional Features", um pico para o movimento Jungle/Drum'n'Bass e surpresa maior vindo de um músico mais associado a sonoridades ligadas ao acid jazz ou mesmo funk. Ficamos com a primeira música do CD, "René M"

Uma fascinante confusão. - III

Volta não volta, começamos as manhãs de sexta-feira com os Liars.

Hoje trazemos mais uma grande confusão sonora e visual. O novo single "Mask Maker", faixa que abre o último de originais, "Mess", tem letras tão boas como: "Take my pants off, Use my socks, Smell my socks, Eat my face off, (...)", e apresenta um video simples mas soberbo, com um impecável trabalho de fotografia e montagem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O clímax.

Os Out Cold são o projecto paralelo de Simon Aldred, o frontman dos Cherry Ghost. Aproveitando o hiato destes, Aldred apostou numa sonoridade diferente e o resultado foi o primeiro álbum dos "Out Cold", do qual um dos destaques é este "All I Want". O vídeo, realizado por Jamie Harley, pode até ser NSFW (Not Safe For Work) mas enquadra na perfeição uma ambiência lânguida e que arde lentamente em riffs distantes e sintetizadores suaves, que evolui para um clímax satisfatório e a pedir mais.

 

Versões XL

Psycho Killer dos The Talking Heads é daquelas músicas que é impossível melhorar. É boa demais para permitir que uma cópia a ultrapasse. Não obstante, há sempre tentativas e, neste caso, a versão em causa não desmereceu o original, pelo menos em carácter inovador.

Em 1984 os The Flying Pickets, um grupo vocal britânico conhecido pelas suas versões a capella, ousou mexer nesta relíquia musical e apresentá-la numa roupagem diferente, sem instrumentos. Bagagem os Pickets tinham: em 83 a sua "revisão" do sucesso dos Yazoo "Only You" chegou a número 1 da tabela britânica. Segundo parece, Margaret Thatcher dizia apreciar muito esta versão. Ou provavelmente não, em função da visão radical socialista que os Pickets defendiam ser diametralmente oposta ao da bruxa inglesa. Humor britânico, talvez.

Os The Flying Pickets ainda hoje dão concertos, apesar de nenhum dos actuais elementos ter feito parte da banda original.

Assim sim.

Grande remix de Stuart Price, no seu alter ego Jacques Lu Cont, para a música "Reservoir", dos Metronomy. Se o original era calminho (pode ser escutado aqui), esta mistura é uma seta apontada às pistas de dança.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

E pelas bandas do sudoeste...

Pelos lados do sudoeste também se prepara o festival de 2015, dando enquadramento musical a uma romaria que é cada vez menos pelas canções e mais pelas férias, distância dos pais e banhos de pó.

Os nomes já anunciados revelam a crescente perda de protagonismo do Sudoeste, incapaz de competir com os maiores festivais da Europa e mesmo com alguns nacionais. Temos pois Jimmy P, Showtek e Calvin Harris.

Peguemos neste último, apesar do tiro ao lado que foi o seu último álbum "Motion", lançado em outubro deste ano e com uma escolha criteriosa de maus singles (ouçam "Outside", com a voz da rapariga Ellie Goulding). Tenho pois de me socorrer de um álbum antigo, no caso o primeiro do moço, intitulado "I Created Disco" e do segundo avanço para o mesmo, "The Girls". Gosto do vídeo, gosto da letra, gosto.

Sónar 2015: em preparação.

O Sónar de Barcelona já começou a anunciar os primeiros nomes para 2015. Entre alguns bons destaques, como Autechre, Plastikman ou Evian Christ, o destaque pessoal vai mesmo para os Chemical Brothers, de regresso a este festival ainda que, pelos vistos, sem Ed Simons.

Foi ainda anunciado que os Chemical preparam um novo álbum, a ser editado em 2015. Não deixa de ser uma boa notícia, ainda que se espere uma inflexão aos dois últimos "We are the night" e "Further", os quais ficaram muito longe da beleza e ousadia musical de "Dig your own hole", "Surrender" ou mesmo "Push the button".

Single fácil este que eu escolhi. Do álbum "Surrender", de 1999, "Out of Control", totalmente controlado pelo Sr. Bernard Sumner.

A rainha da sucata.

Parece que a rainha da p(op)rostituição se prepara para lançar mais um álbum. E, como habitualmente, perante a incapacidade da sua música em gerar algo de inovador ou sequer audível, toca de mostrar as mamas (revista Interview), em mais um dos incontáveis números de flirt com os media e com quem faz vender discos [sim, porque a venda de discos e concertos não depende da qualidade musical, como muito bem sabemos]. É um fenómeno similar ao início da fase descendente do Herman José, em que os palavrões e o mostrar os boxers eram um cliché obrigatório para ainda fazer rir alguns. A questão é que o Herman José chegou a ser um humorista de eleição, enquanto que de Madonna o melhor que se pode dizer é que vendeu muitos discos.

Poupo-vos às músicas da dita. Fiquem com as mamas, as quais estou convicto também já estão fartas da dona.

Fonte tipográfica dançável.

Recordar os Deee-Lite levou-me a mergulhar no baú das memórias sonoras e a desenterrar o trabalho de Towa Tei. O dj japonês começou a sua carreira musical nos finais de 80, em Nova Iorque, para onde tinha ido estudar design gráfico. Apaixonou-se pela cultura dance club daquela cidade, e, após o sucesso que ganhou com os Deee-lite, deixou a banda para prosseguir uma carreia a solo.

Teve dois álbuns essenciais na década de 1990: "Future Listening!", de 95, e "Sound Museum", de 98. É deste último que vamos lembrar outro clássico da música de dança do final do século XX – "GBI (German Bold Italic)", com a voz (e corpo) de Kylie Minogue.

Toca aquela! - X

How do you say...

Começa assim o video de uma das melhores músicas de dança do século XX, cortesia de Lady Miss Kier, Towa Tei e Supa DJ Dmitry, ou como uma norte-americana, um japonês e um ucraniano tomaram Nova Iorque de assalto com o projecto Deee-Lite. Em 1990 dominavam as pistas de dança à conta deste "Groove Is In The Heart", música editada no seu álbum de estreia, "World Clique".

Ah e não esquecer as participações na música de Bootsy Collins, com o seu baixo funk inconfundível, e Q-Tip dos A Tribe Called Quest.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Lavar a alma.

Depois do atrofio que foi ver o estado em que está Kate Pierson, recordemos a senhora e a sua banda numa grande música. "Deadbeat Club", do álbum de 1989, "Cosmic Thing", o quinto de originais e um dos melhores da carreira da banda norte-americana.

Desafio: descubram um jovem Michael Stipe no meio da confusão do video.

THAT'S JUST SILLY - XVIII

Kate Pierson é um nome que, actualmente, pode passar despercebido a muita gente, especialmente aos mais novos. Mas quem tem alguma memória sonora e cultural conhecerá a voz feminina principal dos The B-52's, essa grande instituição camp, de finais de 70 e década de 1980 em força. Houve ainda uns momentos altos nos anos 90 e a colaboração de Kate com os REM na irritante "Shiny Happy People", mas a marca na história da música Pop-rock do século XX estava construída com hinos como "Love Shack" e "Rock Lobster".

O tempo passa por todos e são poucos os músicos que conseguem manter o legado intacto, não defraudando os fãs mais antigos. E o material novo da Sra. Pierson, no seu regresso a solo com o álbum "Guitars and Microphones" até não envergonha ninguém, sobretudo porque a voz mantém-se cristalina e bem afinada. O problema, bem, o problema é mesmo o estado visual da Sra. Pierson aos 66 anos. Ou alguém decidiu gozar com a figura da senhora quando lhe propuseram fazer o video do primeiro single, "Mister Sister", ou a senhora decidiu renegar a idade e apresentar-se como fazia há 30 anos atrás. Entre umas plásticas com resultados duvidosos e uma direcção artística, no mínimo, duvidosa, este reaparecimento de Kate Pierson pode roçar o anedótico.

Esperemos que o futuro passe mais por ouvir a senhora do que vê-la.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fantasia cumprida.

Owen Pallet + Brian Eno = "Infernal Fantasy".

Já aqui o disse e volto novamente à carga: "In Conflict", do canadiano Owen Pallet, é um dos álbuns do ano. Para quem tiver dúvidas é só ouvir o último single que aqui apresentamos.

Tututu.

Electrónica simples, mais uma vez de origem francesa, do instrumentista e compositor Tanguy Destable, também conhecido por colaborar com a sua compatriota Yelle.