terça-feira, 30 de setembro de 2014

"Houston, we have a good problem."

O rock tonto e bem disposto dos Weezer está de volta.
O álbum novo saí a 7 de outubro e tem por título "Everything Will Be Alright In The End". Esperemos que sim.

Enquanto não o avaliamos todo, ficamos com o primeiro single, "Back In The Shack".
22 anos nisto e continuam com a mesma atitude juvenil inconsequente.
Há que louvar a integridade destes tipos.

Vai, música, vai! - II

Continuamos numa de pop-retro-deliciosa para iniciar bem o dia.
Não nos peçam grandes letras e nem composições inovadoras.
Aqui brinca-se aos clássicos pop, num programa de tv a fingir.

Os Music Go Music em 2009, com "Just Me".

Tenham um bom dia.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A moda dos "supergrupos" dos anos 80 e 90.

A moda dos "supergrupos" nunca trouxe grandes resultados ao panorama musical. Temple of the Dog, Audioslave e outras são meras notas de rodapé, apenas distintas de milhares de outras canções e bandas por serem compostas por elementos de outros grupos famosos.

Não foge muito ao exemplo os Electronic, banda formada por Bernard Sumner - dos New Order - e Johnny Marr - dos The Smiths, cujo apogeu foi mesmo o seu primeiro single, "Getting Away With It", vocalizado pelo próprio Sumner e por Neil Tennant dos Pet Shop Boys.

Ainda que Twisted Tenderness, de 1999, seja o álbum mais coeso dos Electronic, provando (se necessário fosse) que Marr e Sumner não perderam o jeito para escrever boa canções pop, é o álbum homónimo da banda, de 1991, que ficou na memória dos melómanos, especialmente por este "Getting Away With It".

Levante-se a testemunha.

E venha cantar a Lisboa, sff.

A nossa polícia favorita, Joan As Police Woman, volta a Portugal para uma mini-tour.
Visita Lisboa no dia 5 de novembro, no CCB.

É favor irem espreitar o local do crime.
Precisam-se de testemunhas.

Vai, música, vai!

Iniciamos esta semana com boa disposição: celebremos o regresso do calor e dos norte-americanos Music Go Music aos discos.

Surgidos em 2008, a banda composta por personagens tão boas como: Torg, Gala Bell e Kamar Maza, heterónimos para David Metcalf, Meredith Metcalf e Adam Siegel, deu-se a conhecer com uma série de EPs que foram mais tarde reunidos no seu primeiro longa-duração "Expressions", de 2009.

Rapidamente associados ao som dos ABBA e Electric Light Orchestra, os Music Go Music não se fizeram rogados nas comparações e o novo "Impressions" é um dos melhores tributos à memória dos ABBA que se ouviu nos últimos anos.

Enquanto não nos chegam videos oficiais do álbum novo, vamos recordar algumas das canções chave do álbum de estreia, tal como a primeira música que os deu a conhecer ao mundo, "Light of Love", de 2008.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ode à escapatória de final de semana...

... ou a banda sonora do desligar-computador/ligar-fim-de-semana, que hoje fica a cargo dos já extintos Girls, com o seu maravilhoso "Hellhole Ratrace", do álbum de estreia homónimo, de 2009. Canção mil folhas, em que as camadas sonoras vão entrando a acompanhar os versos que se repetem até ao crescendo final.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pure Bathing Culture - Pendulum

Gostavam dos Cocteau Twins ou tiveram uma paixão pela Stevie Nicks? Então os Pure Bathing Culture podem interessar-vos. Vozes etéreas, muito ambiente lo-fi e synthpop ligeiro para acompanhar as texturas de um sonho que a dupla de Portland tentou criar no seu álbum de estreia, Moon Tides.

Confesso que não é propriamente para mim mas pode ser que alguém recupere a sua paixão pelos Twins ou por algumas fases dos Fleetwood Mac.

Ó tempo volta p'ra trás...

Uma esquisitice é o que se segue, algo que até é expectável vindo do Sr. Thomas Dolby, o nerd dos computadores que virou estrela pop. Ausente da grande ribalta desde finais dos 80 não deixou por isso de ir lançando os seus álbuns. O último foi este A Map of the Floating City, de 2011.

Acabou por ser uma desilusão, considerando as expectativas altas que sempre se tem de um dos pioneiros da electropop. As músicas soam a antiquado e não demonstram o carácter revolucionário que associamos a Dolby. Este The Toad Lickers é um momento "yee-haw", com banjos, violinos folk e uma pronuncia redneck acentuada. Vale pelo vídeo, cujo make of pode ser visto aqui.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Velhas são as pedras rolantes.

Regresso em grande forma da Sra. Marianne Faithfull.
Aos 68 anos de idade decidiu comemorar os 50 anos de carreira com o lançamento do álbum "Give My Love to London". Produzido por Rob Ellis e Dimitri Tikovoi, o álbum conta com as colaborações de Roger Waters, Nick Cave, Anna Calvi, Steve Earle, entre outros. Como se isto não fosse apetitoso suficiente, a banda que a acompanhou nas gravações do álbum era composta por Adrian Utley (Portishead), Ed Harcourt, e Warren Ellis e Jim Sclavunos (Bad Seeds e Grinderman).

Aqui fica o primeiro single "Falling Back", composto por Faithfull e Anna Calvi, com o video a cargo da atriz e realizadora Samantha Morton.

Tentativa e erro.

Gira o disco, gira a novidade.
Novo single de Son Lux do seu mais recente EP "Alternate Worlds".
Dá pelo nome de "Lost It To Trying (Mouths Only Lying)" e o video é este.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dançar com estilo.

Retomemos a divulgação das novidades musicais que por aí andam.

"I Try To Talk To You" é a música que junta os Hercules & Love Affair com a voz e piano de John Grant. Foi o segundo single a ser lançado do álbum "The Feast of the Broken Heart", dos Hercules.
O video da música serviu de veículo de promoção para colecções de primavera de marcas de roupa norte-americanas (não, não vou fazer publicidade às ditas), e, apesar do lado comercial da coisa, o resultado final está extremamente bem conseguido. Há que louvar o trabalho do realizador inglês David Wilson, que já fez videos para os Arctic Monkeys, Metronomy, Tame Impala e The Maccabees.

Terapia sonora.

Porque há dias em que ela precisa de (voltar a) ouvir estas coisas.
Especialmente em dias como o de hoje.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Música para janelas molhadas.

Toda a razão, meu grande companheiro Dj Bruto.
De limpezas percebe a empregada que já por aqui anda, enquanto eu calmamente ponho a banda sonora para uma segunda-feira deprimente. Por isso, aqui ficam os norte-americanos The Antlers, com o seu novo álbum "Familiars".
Esta chama-se "Refuge". E é perfeita para ver a trovoada que está a cair.

Outra dupla de franciús.

Mister Modo & Ugly Mac Beer, dupla de produtores francesa que em 2009 lançou o álbum Modonut donde saiu este "Not Afraid", cantado por Jessica Fitou. Downtempo e jazz para dar e vender, fugindo à tendência do electroswing que está tão em voga. Tirando algumas incursões pelo hip-hop, este álbum de 30 faixas é bem interessante.

Segunda-feira.

Do álbum Orbital 2, ou como é mais conhecido, o "The Brown Album", de 1993. Já com vinte aninhos em cima, esta pérola da electrónica.

Mais um grande vídeo.

Bem-vindo de volta, DJ Ruto.

Mas começar a limpar a casa com M83? Isso é o mesmo que limpar uma sala de operações com o pano amarelo dos snack-bar. Temos um grande DJ mas perdeu-se uma boa empregada da limpeza.

Mais um vídeo fantástico, neste caso dos também fantásticos Zoot Woman, para ilustrar que a coisa não tem de ser só música.

Arejar a casa.

Estava-se mesmo a ver.
Uma pessoa vai até meio do Atlântico apanhar uma constipação e, quando volta, tem um Gotye a tocar cá em casa.
Ainda por cima com comparações à besta-negra-Gordon-Sumner!
Arre!!
Atchim!
Ranho para vocês todos!

Vamos lá dar início à limpeza da casa, que o verão já foi e vem aí o frio.


O lado visual da coisa.

Como já aqui disse no Duotron, a questão visual das músicas não tem para mim a mesma preponderância do que o lado musical. Não quer isso dizer que não aprecie um bom vídeo, como é o caso deste "Somebody that i used to know" do Gotye.

Notável é também a semelhança entre a voz deste músico e alguns timbres usados pelo Sting e pelo Peter Gabriel. O que é bom sinal.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Um virtuoso dos sintetizadores.

Love as a Dark Hallway é o album de 2011 do músico Benn Jordan, lançado através da sua editora Alphabasic. Para além do projecto The Flashbulb - o mais conhecido de todos - é possível também encontrar o seu trabalho escondido sob as designações Flexe, Human Action Network, Acidwolf ou mesmo o seu próprio nome.

Benn Jordan, com as devidas distâncias, é um género de Aphex Twin. Ambos utilizam os mais variados tipos de música para elaborarem as suas composições, indo de momentos extremamente melódicos e complexos de IDM até aos solavancos bruscos e imprevisíveis de Breakcore e Techno.

Este "Virtuous Cassette" é um bom exemplo do espectro de trabalho deste músico, começando numa vertente Ambient, evoluindo para um Drum'n'Bass suave, sempre com a corrente IDM subjacente. É um excelente álbum, este Love as a Dark Hallway. A ouvir com atenção.

Pop levezinha para a manhã.

Mais um vídeo com muita dança como agora parece estar na moda.

Este single dos Capital Cities já anda por aí a rodar há mais de um ano. E as rádios parecem não se cansar dele. Sigamos na corrente.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A melhor banda sonora para uma série?

Não gosto muito de postar álbuns inteiros pois os nossos muitos visitantes não têm tempo e/ou paciência para ouvir um álbum completo. Todavia, a banda sonora da série Twin Peaks é como uma divisão por zero: não é possível de dividir. Porquê? Porque todas as músicas são fantásticas e porque o álbum é como um livro, tem de se ouvido por completo para entrarmos no surreal ambiente da pequena cidade de Twin Peaks.

A melhor banda sonora de sempre de uma série de TV? Talvez. Mas que foi uma das melhores séries de TV de sempre, dirigida por um excepcional realizador, isso parece-me indiscutível.

Como disse o FBI Special Agent Dale Cooper: "Diane, it struck me again earlier this morning, there are two things that continue to trouble me. And I'm speaking now not only as an agent of the Bureau but also as a human being. What really went on between Marilyn Monroe and the Kennedys and who really pulled the trigger on JFK? "

Que tempo triste...

O japonês Tetsuya Nakamura, que se esconde sob o nome Arc of Doves, insere-se na corrente minimalista do Ambient e do Dub, com modulações muito ligeiras na melodia e na componente rítmica das suas composições. Neste Introducing, do CD Impressions, de 2009, há uma subtileza relaxante que perpassa um pouco por todo o álbum, ao contrário do que acontece no mais consistente The Lights, de 2010.

Mas como este tempo não aquece nem arrefece, fiquemos com a tristeza desde Introducing.

Para recordar.

Uma grande voz e uma excelente melodia dão origem a este clássico do R&B e da Soul. Aliás, trata-se um clássico da música. Ponto.

Afastado há muito das lides musicais, Bill Withers deixou-nos melodias fantásticas como neste "Lean On Me" ou em "Ain't No Sunshine" e "Use Me". Para recordar.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

(Más) previsões.

Se necessário fosse este seria um bom exemplo de como não percebo nada de música. Quando em 1996 comprei o álbum Sinking dos The Aloof pensei que eles viriam a ser the next big thing na cena dançante mundial. Para além do meu gosto pessoal, achava que o álbum tocava em todos os pontos importantes para se ter sucesso: excelente produção, uma voz muito peculiar mas reconhecível, melodia atraente e uma série de outras coisas. Por exemplo, comparado com o também excelente Homework dos Daft Punk, de 1997, parecia-me ainda assim ter características mais comerciais do que o primogénito da dupla francesa.

Afinal onde ficámos? Os Aloof acabaram pouco a seguir à entrada do novo milénio e os Daft Punk lideram em 2013/2014 as tabelas com o mauzinho Random Access Memories.

Sinking é um álbum ao qual retorno frequentemente pelo que certamente não ficaremos por aqui no que toca aos The Aloof.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mudando de paragens.

Música de dança com origem na Estónia, do Produtor/DJ Cly/Suva.

Podem encontrar mais algumas faixas deste músico no site Clysuva.com

Moçoilas deliciosas.

As meninas Luscious Jackson com o seu single "Naked Eye" de 1997, que demonstra bem todo o ecletismo do som do grupo. Não era por acaso que a sua editora fosse, por essa altura, a Grand Royal. Alternative Rock, com umas pinceladas de jazz e hip-hop, é o que nos espera.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Warp Speed - III

É oficial.
É motivo de regozijo.
É motivo de enorme regozijo.

Pegando nas sábias e sempre oportunas palavras dessa enciclopédia de música electrónica que é o meu companheiro Dj Bruto, temos o regresso do gajo que é grande, MUITO grande!

Richard D. James, no seu alter-ego mais conhecido, Aphex Twin, vai voltar aos discos este ano, com o novo "Syro", após uma ausência de 13 anos. Aqui fica uma amostra da coisa. Promete!!

Warp speed - II

E o que temos nós aqui?

Mais um side project do genial Richard D. James, desta vez sob a capa Polygon Window. "Surfing on Sine Waves" foi um álbum lançado em 1993 através da Warp Records, o segundo da série Artificial Intelligence. Entre a maquinaria que debita estes grandes sons é expectável encontrar o Roland TB-303, Roland TR-606 ou o Yamaha DX100.

Outro gajo que é grande, MUITO grande.

Uma ode a Detroit.

Quando este "Soundtrack (313)" saiu em 1996 entrou directamente para os álbuns de referência do som Ambient Techno, a par de "Selected Ambient Works 85-92" do Aphex Twin e "76:14" dos Global Communication. Na verdade, apenas a editora menos visível fez com que este álbum não atingisse outros patamares.

Neil Ollivierra, mentor do projecto The Detroit Escalator Company (ou The Detroit Escalator Co.), tenta com as suas composições homenagear a cidade industrial de Detroit, aproveitando ambiências e sons do quotidiano que acabam inseridos na sua sonoridade etérea, com pouca batida mas extremamente melódica. Talvez um pouco maníaca, dada a profusão de loops em repetição. Mas ainda assim óptima para viajar mentalmente.

Pena que o senhor tenha congelado este projecto desde 2001, dedicando-se antes a fazer compilações de sessões rave de Ibiza. Há que ganhar dinheiro para viver...

Acelerando para férias.

À boleia do (ainda) único single de promoção do mais recente álbum dos Hooray For Hearth, "Racy", seguimos para o último dia de labuta antes das merecidas férias. Este "Keys" resume tudo o que se pretende do dia de hoje: rápido, confuso, espalhafatoso, cheio de referências a modas antigas (olá, vida de designer) e com gosto duvidoso.

Não estranhem a guitarrada marada, nem os tiques à la Van Halen. Se o Brutus oferece-vos chunga-metal, eu dou-vos indie-azeiteiro!




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Para manter em segredo.

Os Trans Am já cá andam há uns valentes anos mas continuam a ser um segredo bem escondido para muitos. Ainda bem, pois o mainstream em geral tende a estragar as coisas boas. E são também um enigma para os próprios fãs, que nunca sabem o que o álbum seguinte vai trazer: se uma reinvenção do Krautrock, incursões no hardcore punk ou visitas às sonoridades synthpop.

Volume X, de 2014, é o seu... décimo álbum e parece ser uma retrospectiva dos 25 anos de carreira. Há muitos elementos reconhecíveis e expectáveis da agenda secreta dos Trans Am: sons sintetizados muito crús, vozes por vocoder, guitarras a brincar com riffs clássicos. Ainda assim não se pense que nos foi servido um prato requentado. Os Trans Am nunca trilham os mesmos caminhos e mesmo quando encontramos algo familiar não deixa de haver uma qualquer inovação subjacente ao som ou à batida. Aguardamos ansiosamente pelos próximos 25 anos.


Regresso aos bons 90s.

Esqueçamos por momentos (ou por um longo tempo) o grunge, esqueçamos (para sempre) o hip hop dos MC Hammer, Ice-T e companhias, ignoremos temporariamente o surgimento do Brit-pop, do Trip-hop, Jungle, Drum and Bass, Big Beat e outros afins, saltemos por cima da cena de Madchester e da cultura Acid e olhemos para o primo pobre, sujo e desprezado da música moderna da última década do século XX: o shoegazing ou shoegaze.

Surgido no Reino Unido, nos finais da década de 1980, o shoegaze começou com bandas como Slowdive, Lush, Ride e My Bloody Valentine (estes num registo mais noise e menos pop). Citavam bandas como Jesus And The Mary Chain, Bauhaus, The Cure e Cocteau Twins, entre outros nomes da música alternativa dos 80s. Era gente que tocava de olhos pregados nos pedais de efeitos ou nos sapatos, daí o nome de shoegaze. As guitarras eram as protagonistas sonoras principais, recriando o conceito de "Wall of Sound" do famigerado produtor Phil Spector. Camadas e camadas de guitarras eram gravadas e distorcidas até atingir uma verdadeira parede sonora, muitas vezes abafando as vocalizações. No shoegaze, a voz era mais um instrumento do que propriamente a estrela principal como na música pop.

O lado introspectivo e contemplativo deste tipo de som teve o seu relativo sucesso até 1993, no culminar da saturação grunge, e depois desapareceu em 1995, com o reinado do Britpop.

Mas, como em todas as modas e movimentos musicais, há sempre regressos. E este ano tivemos um regresso muito feliz: os Slowdive. E felizes foram aqueles que os puderam ver e ouvir no Primavera Sound, quer no Porto, quer em Barcelona.

Fiquem então com os Slowdive, ao vivo no festival Pitchfork deste ano, com "When the Sun Hits" e "Golden hair", original de Syd Barret, que encerra de forma magistral a actuação da banda neste festival.



Versões XXXIII

Versão heavy do clássico "Centerfold" da J. Geils Band, aqui na leitura muito própria dos germânicos Tankard, uma das bandas pilares do Thrash Metal teutónico. E parece que tem um vídeo a acompanhar...

És grande.

Grande voz, grande música, grande banda, grande álbum. É só.

Os primórdios.

Os Nexus 21 já tinham sido falados aqui no Duotron a propósito de uma música dos Altern 8 que serviu anos mais tarde de base a um sucesso do Tiga. No essencial, os Altern 8 e os Nexus 21 eram praticamente a mesma coisa, alter egos diferentes para a dupla Mark Archer e Chris Peat.

Mais uma música dos primórdios do techno, bem reveladora do que mudou na música de dança desde então.

My House.

Quando estive pela última vez em Inglaterra esta música estava a subir nos tops da cena dançante inglesa, aventando-se a possibilidade do primeiro álbum dos Disclosure, "Settle" (2013), poder chegar a número 1. Não só chegou como agora são dos colectivos de House mais requisitados para grandes festivais.

O House não é propriamente a minha casa mas "Settle" traz algumas novidades interessantes a este estilo muito batido, ainda que a multiplicidade de vocalistas faça perder alguma coerência ao conjunto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Toca aquela! - VII

Prestes a meter-me a caminho, coloco os headphones e ponho a tocar esta maravilha.
Os Slow Club, a interpretarem "Wanderer Wandering", do seu mais recente "Complete Surrender",  mostrando como se faz o belo do simples.

O Sr. Trololo.

Esta música tem tido um hype assinalável nos últimos anos. Porquê? Porque serve para as pessoas fazerem de "troll" (ou chamarem alguém de "troll") no mundo virtual, gozando com outros internautas.

Mas como na maioria das coisas actuais, quase ninguém assinala o que de facto é relevante. Em primeiro lugar, a fantástica voz do cantor, o russo Eduard Khil, falecido em 2012. Em segundo, o porquê desta versão vocalizada do original que se intitula "I Am Glad, 'Cause I'm Finally Returning Back Home". Composta por Arkady Ostrovsky, segundo o filho deste a versão sem letra resulta de:

"Nobody banned its lyrics, but my father just composed the music during the period of his disagreement with Lev Oshanin. The latter told him that the lyrics are more important in a song and that a composer is nothing without a lyricist. So Dad told him during the argument, "Well, I don't need your verses at all, I'll manage without them.""

Já a versão da história do próprio Eduard Khil é:

"There is a backstory about this song. Originally, we had lyrics written for this song but they were poor. I mean, they were good, but we couldn't publish them at that time. They contained words like these: "I'm riding my stallion on a prairie, so-and-so mustang, and my beloved Mary is thousand miles away knitting a stocking for me". Of course, we failed to publish it at that time, and we, Arkady Ostrovsky and I, decided to make it a vocalisation. But the essence remained in the title. The song is very playful – it has no lyrics, so we had to make up something for people would listen to it, and so this was an interesting arrangement."

Fiquemos pois com a excelente voz de barítono do Sr. Eduard.

Terror com humor se paga.

Parece que andam para aí uns animais a cortar a cabeça a jornalistas. A Disneyland dos fanáticos é um exemplo triste dos caminhos que a nossa civilização leva. Mas nem tudo está perdido. Vejam este vídeo, parte de uma série cómica emitida em alguns países islâmicos e que pretende ridicularizar a minoria fundamentalista que, a bem da Humanidade, tem de ser erradicada deste planeta.