terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Logo à noite.

Esta vai passar discretamente.
No princípio.
Enquanto preparamos tudo.
Mas é uma das jóias da coroa da rainhas das bandas sonoras.

Versões XX

Logo à noite, estaremos assim, umas versões "super estreladas" de outras que brilharam no grande ecrã.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A maldição.

Trazemos hoje gente de terras frias, mais concretamente de Copenhaga, Dinamarca. Os Efterklang já por aí andam há 13 anos e fazem uma pop límpida, orquestral e sonhadora.
Mas foi só ao quarto álbum, "Piramida" (nome de um antigo bunker soviético onde gravaram o álbum), que fazem a entrada no nosso blog. É o álbum mais bem conseguido da sua discografia e aquele que lhes mereceu maior reconhecimento junto da crítica.
Não se assustem com este "The Ghost". É música boa.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Coisas de gente empertigada.

Voltamos a Neil "Deus" Hannon, louvado seja no seu infinito talento, bendito seja entre os seus fiéis e seguidores, mesmo quando faz uma canção dedicada a uma espécie de árbitro de cricket, o umpire, para o seu projecto The Duckworth Lewis Method, com o sr. Thomas Walsh.
Já aqui o dissemos: este mundo precisa de The Divine Comedy e não de canções sobre cricket!!
Mas enquanto não temos a comédia de volta, vamos ouvindo "Sticky Wickets", o último de originais dos Method e, em particular a tal canção sobre os tais quase-árbitros...
Mas só porque é estupidamente bonita!!

Na mansão.








Novos olhares.

Diferentes perspectivas da primavera árabe, nesta curta metragem ao som dos The Vaccines.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

At the movies.

Os Broken Bells, projecto de James Mercer (The Shins) e Danger Mouse (Gnarls Barkley e outras carradas de coisas), tem álbum novo. Chama-se "After The Disco" e decidiram promovê-lo à grande, com uma curta metragem, que hoje apresentamos aqui.
Ah, os actores são conhecidos: Anton Yelchin e Kate Mara, respectivamente vistos em "Star Trek - Beyond Darkness" e "House Of Cards", entre outras carradas de coisas.
Bom aperitivo para o álbum!



Top 3.

Chime, dos Orbital. A música que me trouxe do pop e rock que ouvia na altura para as coisas que de vez em quando vou aqui partilhando convosco.

Era fim de semana e estava em casa de uma das minhas irmãs a ver um programa (o Top of the Pops) em tv por satélite (sim, eu sou velho e na minha altura não havia essas coisas de tv por cabo). De repente começa a tocar isto. Meu deus!? Senhor cristo da nazaré, o que é isto?! Era o futuro, pelo menos para mim.

Começou aí a derivação absurda em que ainda hoje me encontro. Os Orbital, esses, passaram a ser uma das minhas bandas de eleição. Vi-os ao vivo por duas vezes - no Porto e em Amesterdão - e espero poder vê-los pelo menos outras tantas. Já a música passou por diversas mutações e em Glastonbury, em 2004, o pitch já ia aqui.

Pode-se sempre optar pelo original ou pelas diversas versões que foram sendo feitas, nomeadamente esta de 2008 dos The Shapeshifters.

Novos caminhos.

Atentem neste nome: Maceo Plex. Vai, de certeza, dar cartas na cena mais dançante da música durante os próximos anos. Fez, na minha opinião, um dos melhores álbuns de dança de 2012. Neste "Can't leave you" colabora com outro nome grande destas tendências: Dimitri from Paris. Enjoy!

Rockalhada clássica.

Aprecio bastante esta música dos Blue Oyster Cult. Para muitos dos incondicionais da banda, esta é uma derivação cheesy do verdadeiro som do grupo, que habitualmente era, diga-se, bem mais pesado. Mas a melodia da guitarra é muito bem conseguida e o riff tornou-se icónico, figurando com frequência nas listas de riffs de guitarra mais famosos de sempre. É também uma música da banda sonora do filme Halloween, de John Carpenter. Mais uma para a lista ano-noviana?

sábado, 21 de dezembro de 2013

Quando a arte copia a arte. - III

Honramos hoje o grande canta-autor neo-zelandês da pop moderna, Neil Finn, a voz dos Crowded House. Convidámo-lo a vir cá a casa com o seu álbum de estreia a solo, "Try Whistling This", de 1998, para nos mostrar como se confecciona uma maravilha pop. Dá pelo nome de "She Will Have Her Way" e a minha mais-que-tudo diz que este é o melhor título que já ouviu para uma canção.
Vá-se lá saber porquê...
Mas não bastando cozinhar uma canção pop perfeita, Finn decidiu que tinha de caprichar na apresentação do prato e dá-nos este video, baseado no filme de sci-fi da década de 50, "Attack Of The 50ft Woman" (cartaz em baixo).
E é absolutamente delicioso.
Um verdadeiro prato merecedor de uma estrela Michelin.
Bom proveito!




sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

M de Marc e de Maria Matos. - IV

E, inevitavelmente, um olá e um adeus à diva.
Até já.

M de Marc e de Maria Matos. - III

Os deuses foram misericordiosos e deram-nos um dia de sol e frio para celebrarmos a chegada da diva a terras lusas.
Marc Almond cantará hoje para nós. Ora vamos lá aquecer os ouvidos para logo, com uma versão sumptuosa de "Something's Gotten Hold Of My Heart", original de Gene Pitney.
É piroso? É! Mas tão bem cantado...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

M de Marc e de Maria Matos. - II

Ah, pois é.
Almond e Brel voltam a atacar.
Temos muito para celebrar e ouvir até ao concerto de amanhã.
E contamos com esta pérola amanhã.
Please, please, pretty please??

M de Marc e de Maria Matos.

Amanhã teremos uma diva entre nós.
Das verdadeiras. Daquelas cheias de talento. Não das de amuos e manias.
É um senhor, um grande senhor! Uma verdadeira senhora, a bem dizer.
Mas isso não interessa nada.
O que interessa é que amanhã, finalmente, vamos ter Marc Almond entre nós comuns mortais.
A temática do concerto é um pouco irrelevante. Aliás, eu defeco na temática natalícia.
O que me interessa é a voz, a obra, a presença, o talento de fazer suas as canções de outros.
Como esta "Jacky", ou "La Chanson de Jacky", do eterno Sr. Brel.
Não rouba o pódio à versão do Sr. Scott Walker, mas fica com a prata.

Can I see your license, please?

Desafio fácil, essa da temática dos nomes. Qual site, qual carapuça.
Esta estava na ponta da língua e o acaso não mora aqui, é mesmo devoção e muita pancada.
E amor, sim. Isso também.
Mas muita pancada.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Why don't you love me anyway?

Temática? Músicas com nomes de mulher no título. E para nos ajudar temos este site. Lembrei-me de um nome, assim ao acaso, e os resultados possíveis eram: My Chemical Romance ou The Misfits. Apesar dos segundos parecerem saídos do inferno, na verdade são os primeiros que com a sua música abjecta lá devem ter sido originados. Resta-nos, portanto, os Misfits.

Teoricamente trata-se de uma canção de amor, onde se fala de amarrar, cortar braços, pernas e outras coisas bem bonitas. Pena que a canção seja de uma fase onde os Misfits eram já uma caricatura da banda que chegaram a ser quando ainda eram liderados pelo Glenn Danzig. Ainda assim, a imagem da banda balanceou sempre entre o kitsch e o realmente chocante, apoiando-se em letras e temas retirados de filmes B de horror.

Já agora, sabem porque é que se chamam filmes B? Não? Então vão procurar ao wiki que eu não sou o vosso pai.

Pedir direcções.

Já tínhamos saudades do nosso Maps.
Continua a promoção de "Vicissitude", último de originais do projecto de James Chapman.
Chega-nos agora o video de "You Will Find A Way".
E como é bom ver um belo video à la 80s, cheio de efeitos visuais manhosos e montes de sintetizadores.

E por falar em Yeti...

É, é como as cerejas. Falei em Yeti e lembrei-me deste álbum marcante dos germânicos Amon Düül II (existiram uns Amon Düül I mas produziam música basicamente para consumo próprio, sob uma ideologia anarco-radical), um daqueles momentos que definiram o Krautrock e muita da música que se seguiu. Eu sei que não é fácil mas este é um daqueles álbuns para ouvir por completo para se conseguir perceber o sentido e evoluir da coisa.

O rapaz dos dentes dourados.

Já que falei no rapaz na posta anterior é melhor adiantar já qualquer coisa do moçoilo não vá cair outra vez no meu esquecimento. Muito na onda de Photek - ainda que com uma batida mais Techno - Goldie e os seus dentes foram imagem de marca de uma fase da música de dança dos 90. Goldie foi ainda mais importante pois deu cara ao músico de electrónica que antes se escondia atrás das turntables, sendo capa de inúmeras revistas, não só pela sua música como também pela sua atitude.

Temper Temper, single do álbum SaturnzReturn (1998) (o qual não é tão bom como o primeiro, Timeless, de 1995), foi a minha opção não só pelo vídeo como para dar a conhecer uma das poucas investidas do abominável Yeti Noel Gallagher na música electrónica durante os 90. Não acrescentou nada, como seria de esperar.

The age of aquarius?

Rejubilai, os Metronomy estão de volta!
O álbum novo, "Love Letters", deverá sair lá em meados de março do próximo ano.
Por agora, temos o primeiro avanço "I'm Aquarius" a fazer a estreia aqui na casa.
Tema engraçado, com video sci-fi, cheio de raccords do "2001" de Kubrick.
Venha o álbum, meus amigos, venha ele!

O adeus à selva.

Houve uma altura em que Photek representava o expoente da corrente Jungle. Durante muitos anos da década de 90, o D&B era de passagem obrigatória em rádios e discotecas. Mas as coisas mudam, avançam (ou não) e no início do novo milénio as sonoridades dançantes vergavam-se à voz e ao House e seus sub-géneros. É para aí que aponta o álbum Solaris, de 2000, que não sendo um mau esforço não cumpre com as expetativas criadas pelo grande álbum Modus Operandi.

A par de outros notáveis nomes deste género, como Goldie, LTJ Bukem ou Aquarius, pouco se ouviu falar de Photek durante a primeira década deste século. Algumas colaborações esporádicas mas a era do Jungle e do D&B já tinha passado. Pelo menos até ver.

Continuando na senda da festa do consumo.

E para isso vou buscar um dos meus bêbados preferidos, o Sr. Shane MacGowan. E não se queixem muito pois bem podia ter sido os Wham! e o seu Last Christmas...

Esta música tem ainda uma história engraçada e que atesta bem os tempos que atravessamos: em 2007 foi momentaneamente censurada pela BBC por nas letras ser utilizada a palavra faggot, a qual podia ser ofensiva para a comunidade homossexual. Sinal para as bandas portuguesas não utilizarem expressões como roto, arrombado, paneleiro, chupa-pilas ou panasca. Nunca se sabe se alguém não vos retira a música da playlist.

Falhas de memória.

Ontem, durante a primeira parte do concerto da Sra. Calvi, que esteve entregue a I Have A Tribe, debati-me com uma daquelas brancas horrorosas, em que conseguimos ter uma cara associada a um momento, a uma música e a um local, mas sem qualquer lembrança do nome dessa pessoa. A cantoria do I Have A Tribe fazia-me lembrar uma série de músicos, mas especialmente um. E lembrei-me de várias músicas dele, de o ter visto ao vivo em Paris, da capa do álbum, mas o caraças do nome, nada!
E por mais enervante que fosse o desafio, tive de pedir ajuda ao público, neste caso, à bela senhora ao meu lado. A resposta foi pronta, não tivesse sido ela a descobri-lo e a trazê-lo para a nossa discoteca.
Chris Garneau!
Pois é!
Que estupidez de branca.
Mas pronto, aqui fica o Sr. Garneau para me redimir.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mais logo...

Ouviremos esta e outras.
Do sussurro ao grito, do suave dedilhar à grandiosa distorção, logo estaremos entregues a esta senhora.
E, assim de repente, acho que estaremos muito bem.

As duas faces da mesma moeda.

Já aqui o escutámos com "Collider", hoje trazemos o verdadeiro artista ao vivo.
Para ver e apreciar o trabalho ecléctico de Jon Hopkins, quer seja da forma mais clássica, quer da forma mais híbrida, no verdadeiro binómio homem-máquina.
Duas faces do mais recente "Immunity", aqui tocadas em todo o seu esplendor.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Com muito estilo.

É assim que apresentamos Matthew E. White.
Com estilo e uma bela canção.
Chama-se "Human Style" e é o single que promove "Big Inner: Outer Face Edition".
Desconfio que ouviremos mais coisas deste senhor brevemente.

Manorbier

A região costeira de Gales, em especial a zona de Manorbier e a sua praia, foram a inspiração para o último single a ser retirado de "Rewind The Film", dos meus Manic Street Preachers, grande candidato a melhor álbum de 2013.
Respiremos este ar fresco de mar.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Manicure de qualidade.

É assim, minha gente.
De vez em quando encontramos pérolas gratuitas.
E esta é uma daquelas. Que bem abre o apetite para vê-los ao vivo em 2014 (embora sem data para Portugal) ou mesmo comprar o DVD do espectáculo.
E que espectáculo!
Que grande espectáculo! Trent Reznor e as suas unhas estão no topo da sua liga e dão um concerto impecável, quer sonoramente quer visualmente.
Percam uma hora do vosso fim-de-semana e ponham isto a rodar com o volume e o ecrã no máximo!

Que bela ressaca que isto vai dar.

Techo pela manhã.
Video para "Collider", o último single de "Immunity" (ou como dizem os australianos "Amiunati"), o mais recente álbum do produtor inglês Jon Hopkins, que foi nomeado para o Mercury Prize deste ano.
Hopkins é actualmente um dos produtores/músicos mais bem cotados (e percebe-se porquê) no panorama da música electrónica inglesa.
Boa batida, bom video.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Gente relativamente esquisita.

Hoje apetece-me algo, Ambrósio.
Apetece-me gente bizarra, com vocação para coisas estranhas, mas boas.
...
Tomei a liberdade, Sr. DJ, de lhe trazer uma memória da década de 90, os Ultrasound.
Banda inglesa que viveu os últimos anos do pseudo-domínio mundial da Britpop, os Ultrasound tinham na figura do seu vocalista, Andrew "Tiny" Wood, uma espécie de ringmaster de um circo de saltimbancos sonoros. Tiveram os seus 15 minutos de fama com o seu disco de estreia "Everything Picture", rodaram nas rádios ingleses, eram a "next-big-thing" e até fizeram aparições públicas, no mínimo caricatas, como o episódio da London Fashion Week, onde a banda foi convidada a integrar o desfile da casa Red Or Dead e apareceram nus na passerelle, liderados pelo gigante "Tiny" que exibia a palavra "Unique" escrita na barriga.
Depois veio o declínio, as birras, os problemas e desapareceram.
Regressaram em 2012, mas sem o mesmo brilho e loucura.

Provemos então a excentricidade dos Ultrasoud em 1999, ao vivo, no inigualável Later with Jools Holland. Ah, bravo, Ambrósio!

Disparate matinal.

Com o Sr. Stephen Malkmus é garantido!
Depois de uma carreira brilhante com os Pavement, Malkmus arranjou uma banda de suporte, os Jicks, e tem andado por aí, a disparar música tonta, mas boa, em todas as direcções.
Chega-nos agora, para o pequeno almoço, este "Cinnamon and Lesbians", primeiro avanço para "Wig Out At Jagbags", novo longa duração que tem lançamento previsto para janeiro de 2014.
Venha de lá essa tonteira!


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Novos caminhos para evitar o natal.

Ao contrário do meu comparsa de discos, a minha religião (ou a total falta dela) não me permite celebrar o natal (sem maiúscula que respeitinho é bonito).
Ao tradicional "bom natal" responderei com um simpático "façam-me festas".
Às típicas músicas natalícias apresentar-vos-ei novos trilhos sonoros.
E, para começarmos em beleza, sigam estes senhores escoceses, se faz favor.
Eles sabem o caminho.

Continuando no espírito da época.

Sabemos que estamos na época das compras natalícias quando começamos a ouvir esta música nos sistemas sonoros dos centros comerciais, o que actualmente pode acontecer em novembro ou mesmo em outubro. Aliás, já me imagino a sair da praia em agosto e ir a correr ao centro comercial para aproveitar as promoções natalícias, comprar uma árvore de natal de plástico, fazer o presépio (eu que até sou budista, ismaelita ou zoroastra, ainda não sei bem) e enviar sms's de boas festas. Que delícia!

Para todos vocês a quem eu não ligo nenhuma durante todo o ano, votos sinceros de um Bom Natal, muitas prendinhas e Próspero Ano Novo. Voltamos a falar no Natal do próximo ano.

Espírito natalício

Mixed feelings em relação ao novo álbum natalício dos Erasure. A necessitar, certamente, de mais umas audições. Para já fiquemos com este Gaudete, cuja linha melódica bem poderia fazer parte de qualquer filme sobre o Guilherme Tell ou Robin Hood.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Italo Disco VI

Os Scotch foram uma das bandas da corrente Italo Disco que maior sucesso teve na Europa. Aliás, este fenómeno musical cingiu-se ao velho continente, pouco tendo vertido para outras paragens, fossem elas asiáticas ou americanas.

Conhecidos pelo seu maior single "Disco Band", optei por este Penguin's Invasion por ser instrumental e menos kitsch do que o habitual dentro do género. Se é que isso é possível.

A luz de inverno.

Para nos aquecer neste dia belo dia gelado, trazemo-vos uma banda de Seattle com vozes quentes,
The Walkabouts. Formados em 1984 pelo casal Carla Torgersson e Chris Eckman, os The Walkabouts vão buscar inspiração ao folk americano, cruzando-o com arranjos e melodias mais próximas do pop/rock contemporâneo (o bom, não a porcaria caco-radiofónica). Escolhemos "The Light Will Stay On", da sua obra prima de 1996, "Devil's Road"(com os arranjos sinfónicos de Dickon Hinchliffe,
ex-Tindersticks), para vos dar a conhecer estes norte-americanos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

2456 dias.

58944 horas.
3536640 minutos.
212198400 segundos.

É obra. Mas ela merece.

Tecnologia de ponta.

Um dos meus álbuns favoritos deste ano, "Regions Of Light And Sound Of God", de Jim James, continua a maravilhar aqui pela grafonola do blog. Depois do deslumbramento de "New Life", chega agora "State Of The Art (A.E.I.O.U.), a faixa que abre o disco e lança o tom de beleza da coisa.


Menos ácidos no meu galão, sff.

Chama-se bEEdEEgEE e é um projecto a solo de Brian DeGraw, dos Gang Gang Dance. O álbum dá pelo nome de "SUM/ONE" e tem muita coisa à la 80's: sintetizadores marados, ritmos e vocalizações etéreas.
O single de promoção é este "Flowers" e conta com a voz de Lovefoxxx das Cansei de Ser Sexy, e tem esta "moca" de video.
Mim gosta!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Venham para o lado negro. Temos boa música! - II

Voltamos ao lado negro da música electrónica.
Voltamos aos Darkside e ao seu álbum de estreia, "Psychic", e a um tema que também já rodou por aqui, ao vivo em Paris. Não nos cansamos deste "Freak, Go Home", desta vez ao vivo na nossa rádio favorita, a KEXP.
Dá gosto ver esta gente a criar camada sobre camada sonora e criar uma autêntica tapeçaria musical.

Road trip.

Uma das melhores canções nascidas e tocadas neste 2013.
Aqui fica o video para "Higgs Boson Blues", de "Push The Sky Away", último de originais do Santo Nick e das suas sementes estragadas.
E digam o que quiserem, mas com o Barry Adamson nos teclados, os Bad Seeds são outra coisa.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Brincar aos clássicos.

Hoje viramos as agulhas para a música clássica, mas com um twist electrónico.
E muito bem servido.
William Orbit é um daqueles tipos que se esmera nos produtos que apresenta.
Seja a compor, seja a produzir, onde ele mete o dedo, sabemos que tem tudo para correr bem.
A idosa Madonna bem lhe pode agradecer o renascimento da carreira no final da década de 90.
Após a produção do premiado "Ray of Light" da avó musculada, Orbit dedicou-se a uma reinterpretação electrónica de composições clássicas, lançando em 1999 o álbum "Pieces in a Modern Style", peça obrigatória em qualquer colecção de discos respeitável.
Silêncio que se vão ouvir os sintetizadores.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ficha técnica.

A propósito da notícia do regresso dos Pixies a Portugal, para o Optimus Primavera Sound 2014,
dei por mim a voltar às memórias ainda bem frescas do concerto do Coliseu dos Recreios.
Num alinhamento quase a roçar a perfeição, houve uma música, "Tame", que levou ao "flashback" juvenil, estupidamente nostálgico e desencadeador de uma catadupa de recordações, qual diário secreto de "Adrian Mole"*...

Os Pixies entraram pela porta lá de casa, no ano de 1993, quando a RTP 2 (bons velhos tempos) passou um concerto dos Pixies, na Brixton Academy, em 1991. Foi o ano de "Trompe Le Monde", foi o ano do canto/berro do cisne.

Mas, abençoado videogravador, abençoada cassete VHS de 180 minutos. Rodou, rodou, rebobinou, rodou, rodou e foi emprestada a um amigo, que gravou uma cassete de audio com o dito concerto. Quando regressou a casa, a cassete VHS tinha trazido a sua amiga audio. E tornaram-se as gravações mais ouvidas naquela desgraçada vivenda campestre. O som era rude, cru, cheio de distorção, mas as vozes e as guitarras operavam milagres sonoros jamais vistos/ouvidos até à altura.
Foi amor à quinta ou sexta reprodução.

As músicas foram decoradas em entoação e letra até à exaustão. E, quando terminava o concerto,
era sempre com a "Tame". O momento era marcante: Black Francis a berrar, Kim Deal a gemer, perante uma multidão em êxtase furioso, completamente rendida à muralha sonora que os arrebatava.
E nos segundos finais, a ficha técnica da filmagem da actuação. Nunca houve ficha técnica mais vista que esta. E como me parecia perfeita, ali, colada no lado esquerdo do ecrã, enquanto público e banda chegavam ao apogeu. Era assim a perfeição rock, era assim que qualquer concerto devia acabar.

E como me pareceu estranha, ouvir e ver "Tame", vinte anos depois, no Coliseu, apenas com uma hora de concerto, e pensar: "É lá, já o fim? Pulem, seus desgraçados, larguem a m#rda dos telemóveis e pulem e gritem! Vem aí a ficha técnica!!"...



*"Adrian Mole? Quem?" pergunta a putalhada nascida na década de 90. 
Vão ver ao Google. 
Tristeza...

Johnny, don't be good.

Último single a ser lançado de "More Light", "Goodbye Johnny" é imagem dos Primal Scream atuais: nostálgicos, conscientes da sua herança musical e do que ainda podem vir a dar, mas ligeiramente pedrados e com receio de arriscar mais, pois a ressaca aos cinquenta já é lixada.
Apesar de tudo, o video psicadélico (cheio de clones do Bobby Gillespie) casa-se na perfeição com a "moca" sonora de "Goodbye Johnny".

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Assim é outra coisa.

Mais uma segunda de manhã, mais uma semana a começar com os Arcade Fire e com o seu mais recente single "Afterlife".
E depois da coisinha morna que foi o video de promoção a esta música, aqui ficam eles, no Graham Norton Show, a mostrarem porque são uma das bandas referências do século XXI.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pelas ondas da rádio. - III

Sintonizamos mais uma vez a KEXP, que juntamente com a NPR, tem vindo a alimentar o nosso transístor com tanta coisa apetitosa.
Hoje, para nossa delícia auditiva e visual, trazemos de volta as netas americanas dos Kraftwerk (e afilhadas do nosso destrambelhado predilecto, David Lynch), as Au Revoir Simone.
As meninas apresentaram-se ao vivo na Judson Memorial Church, em Nova Iorque, no passado mês de outubro, para promover o novo álbum, "Move In Spectrums", acrescentando uma bela cover dos Mazy Star, "Fade Into You".
Aqui fica o registo da coisa.

Amen!

Novo video para "Fur Hildegard von Bingen", último single, a ser retirado de "Mala", de Devendra Banhart.
Como diria o Ricky Gervais: "Obrigado, Deus, por me teres feito ateu".

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Serviço público - IV

Passou por Lisboa no ano passado e, mais uma vez, voltou a confirmar a saudável relação de amor/devoção que tem com o público lusitano. Músico multifacetado e dotado de um registo vocal extraordinário, Patrick Watson estreia-se cá em casa a dar-nos um concerto daqueles.
Voltamos ao serviço público, voltamos a dar boa música às massas. E o que vale é que a nossa sala é grande e dotada de uma boa acústica!
A nossa empregada é que já não deve estar achar muita piada a estas invasões...

Versões - XIX

A pedido de muita gente, George Lewis Jr., mais conhecido com Twin Shadow, anda a fazer versões de artistas de renome. Deu ao projecto o nome de "Under the CVRS".
Esta foi a última a sair da fornada.
E vem quentinha e boa!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um bom dia para isto.

Passear num jardim, saborear os ares outonais e pisar as folhas caídas.
Levar com o vento gelado, tiritar com o raio do frio e limpar o pingo do nariz.
É a minha estação favorita...

E também me cheira (quando o nariz está desobstruído) que os regressados The Pastels são gente para gostar desta altura. Escoceses de Glasgow com uma carreira iniciada em 1981, regressaram aos discos este ano, depois de um hiato de 16 anos. "Slow Summits" é o nome do álbum e hoje vamos estreá-los aqui no burgo com este "Kicking Leaves".

Quem muito dança, seus males espanta.

Que vergonha ainda não termos trazido estes senhores ingleses aqui a casa.
Para compensar tamanha falha, aqui ficam os Hot Chip a desfilar talento e transpiração pelos tapetes da sala, com um set de luxo, ao vivo, em Paris (olá, Bruto&Bruta), no Pitchfork Music Festival, com uma participação muito especial de Ira Kaplan e Georgia Hubley dos Yo La Tengo, nos coros para a mui sentida homenagem a Lou Reed, interpretando "Pale Blue Eyes", dos Velvet Underground.
A empregada vai ter trabalho a dobrar amanhã...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Na linha da sucessão ao trono da Pop.

Não é novidade nenhuma a minha paixão por estes escoceses.
Já aqui os rodámos insistentemente. E quem toca oito vezes, toca nove.
Para as 4AD Sessions, meninos e meninas, os "meus" Camera Obscura.


Serviço público - III

São três sacanas de meia idade, com um extenso currículo na história da música do século XX e XXI.
Mick Turner na guitarra, Jim White na bateria e Warren Ellis (tem sido a mão direita de Nick Cave na última década) na voz/berros/violino. Juntos dão pelo nome de Dirty Three. E que nome tão bem escolhido.
Afastem as papeladas de cima da secretária, cheguem os computadores para o lado e ponham os dossiers no chão. Isto é serviço público de alta tensão.

Eh, gringo!

Para começarmos bem a semana, aqui fica o novo video para o último single a ser editado de "Reflektor", "Afterlife". Apesar do video roçar o bonitinho, a melhor canção do álbum merecia uma estética ao seu nível.

sábado, 23 de novembro de 2013

Serviço público - II

Programa para este fim-de-semana?
Aqui fica ele: sentem-se confortavelmente, aumentem o volume do computador/tablet/smartphone/dumbphone/gadget-o-raio-que-o-parta e assistam a esta delícia.
O puto Blake, de primeiro nome James, a construir camada sonora sobre camada sonora e a mostrar com que paus se faz uma bela actuação.
Desfrutem de mais um serviço público de grande qualidade.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Serviço público.

Voltamos aos escritórios da NPR, rádio pública norte-americana, para ouvir umas das minhas bandas locais favoritas, os Wilco.
Gente pouco compreendida e pouco amada por estes lados lusitanos, os Wilco têm uma carreira relativamente sólida e de culto nas terras do tio Sam. Encaixados nas categorias de rock-country alternativo, têm na figura de Jeff Tweedy (voz, guitarra e escrita) o seu capitão e contam nas suas fileiras com um dos melhores guitarristas da actualidade, o Sr. Nels Cline. Caso queiram tirar teimas se o tipo é mesmo bom, estejam atentos ao guitarrista que está por de trás do percussionista.
Ora então deliciemo-nos com este mimo da NPR.
Isto sim, é verdadeiro serviço público.

Alegria, minha gente!

Do seu mais recente álbum "Ghost On Ghost", Iron & Wine a darem-nos "Joy".
Grandes músicas, sempre aqui, no Duotron Pacífico...



P.s.: A menina dança?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Venham para o lado negro. Temos boa música!

Darkside, projecto de Nicolas Jaar e David Harrigton, faz a sua estreia no Duotron. Lançaram no mês passado o primeiro álbum, "Psychic", e prometem agitar muitos corpos por essas pistas de dança de gosto requintado. Ora fiquem lá com este gostinho do lado negro, ao vivo, para se perceber a qualidade da dupla.



Boom!

Terceiro video a sair do mais recente trabalho dos Pixies, "EP-1". Depois de "Indie Cindy" e "Andro Queen", chega-nos "What Goes Boom". Não tão interessante quanto os outros dois videos, mas não deixa de ter uma fotografia bem conseguida e pequenos apontamentos narrativos que têm de ser muito bem observados.
E pela lógica de promoção, "Another Toe", será o próximo video.
Também é um Ep de quatro canções, portanto...

Banda sonora matinal.

Para alimentar a descida até ao trabalho, enrolado nos trapos, com o frio a espantar os últimos vestígios de sono, aqui fica a minha proposta de banda sonora ideal: "Couleurs", dos franceses M83, do seu álbum de 2008, "Saturday=Youth", aqui recriada ao vivo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

'Bora colaborar?

Isto das colaborações tem muito o que se lhe diga. Por vezes servem apenas para lançar um novo nome, para criar buzz ou relançar um artista entretanto caído em desgraça. Depois há aqueles que colaboram com tudo e com todos, sem qualquer critério. É o caso do Pharrell Williams, que tanto canta com os Daft Punk ou com Robin Thicke (eu sei, quem?).

Mas aqui no Duotron só tentamos trazer bons exemplos e, para isso, temos este Lilith, trabalho dos Plaid vocalizado pela Bjork. É bom, não é?

Pelas ondas da rádio. - II

Continuemos com actuações ao vivo, a promover material novo.
Desta vez são os Mount Kimbie, duo inglês (aqui convertido em trio) que pratica uma electrónica elegante, descendente de um dubstep menos óbvio e mais agradável ao ouvido.
O último de originais deles, "Cold Spring Fault Less Youth" (coisa estranha de perceber), merece toda a nossa atenção e, pelos vistos, a já nossa bem conhecida KEXP também achou que estes bifes mereciam atenção e tempo de antena.
Pena o Dj da rádio estar num dia não... mas a música salva tudo.
Cool!

BPitch Control - III

Mais um músico da BPitch Control, no caso o alemão Fritz Kalkbrenner, o menos conhecido dos irmãos Kalkbrenner (o outro é o Paul). Com sons mais quentes e menos techno do que o irmão, é mais um nome que tem vindo a contribuir para a fama da BPitch Control e para o tipo de sons que são a imagem de marca da editora.

Malucas da cabeça.

As meninas bonitas de David Lynch voltam (e ainda bem) à nossa discoteca com material novo. Chama-se "Move In Spectrums" e a promovê-lo trazem-nos este "Crazy".
Três miúdas, sintetizadores e um baixo.
Que mais pode um tipo pedir?

sábado, 16 de novembro de 2013

Eu a dançar em casa.

Bom, na verdade não sou eu. Até porque eu me mexo um bocadinho melhor. Mas a banda sonora ajuda e o rapaz lá vai mexendo o esqueleto.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Música da casa.

Esta era a música da casa. Pelo menos de algumas danceterias no final dos anos 90. Foi um êxito underground durante algum tempo até os Deep Dish pegarem no sonoro e ajudarem a música da casa a chegar ao top das listas de dança de diversos países. Foi tudo o que o Eddie Amador teve para nos dizer.

Quando o telefone toca.

Recordamos hoje aqui Connor Long, mais conhecido com Khonnor, que em 2004, com 17 anos, editou o álbum de estreia "Handwriting", um pequeno tratado de música, escrito, composto e tocado em casa, completamente lo-fi, com um microfone, um amplificador, uma guitarra e um computador velho...

Eu também poderia ter sido um músico caseiro talentoso se tivesse dado mais atenção ao kawai que tinha lá em casa e não ao outro orgão...

Mas isso agora não interessa nada.

O que interessa é mesmo a música deste tipo que entretanto voltou a desaparecer do radar musical.
Esperemos que um dia volte a surpreender-nos.

Os Duotron só podiam ser bem marados, não é?

Duotron, dupla Rikkeh Suhtn [Ricky Sutton] (guitarra, vozes) e Odi Km'kkahn [Jodie Mechanic] (bateria vozes). Do álbum "The complete book of duotron, illustrated".

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ai sobrancelha mai bonita!

De quando em vez lá convém pôr uma ou outra musiquita portuguesa. O que para mim não é fácil, confesso. Lembrei-me ainda assim das sobrancelhas mais famosas do panorama musical nacional: as dos irmãos Praça dos Turbo Junkie. É vê-las em seu todo o esplendor neste vídeo dos Plaza, onde partilham o palco com Quico Serrano, que já esteve em grupos como os Salada de Frutas, Ban ou Três Tristes Tigres. Para minha grande decepção, os Plaza editaram este ano um álbum mas sobrancelhas bonitas...? Nem vê-las. Podem vislumbrar esse atentado aqui.

O buraco do gato.

Gatos!
Gatos a voar!
Gatos a mostrarem o orifício!
Gatos com coisas fumegantes no orifício!
Gatos a fazerem coisas esquisitas que levará os nossos visitantes a soltar um: "ooohhhh"!

Milhões de hits que vamos ter à conta da porcaria dos gatos!
O melhor que temos a fazer a fazer é pôr este texto em inglês para termos ainda mais visitas!
(Com montes de pontos de exclamação!!!!)

Pussycats!!
Flying pussy... cats!!
Pussycats showing their... pussy??
Smoking pussycats!!! Yeahhh!
Pussycats??!? Adorable!!! Just love them!!!
...
Atchim!!



P.s.: para além da tontice genial deste video, que ilustra uma das minhas músicas favoritas de "Uncanny Valley", último de originais dos nossos australianos do coração, os Midnight Juggernauts, é de salientar a edição, este mês, de um EP a promover este "Systematic" e suas remisturas.

Obrigado ao Planeta Pop pela dica!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Por falar em clássicos das pistas de dança...

O que eu dancei isto no Alcântara! Traz-me muitas e boas recordações.

Old Skool Classic - I.

Um verdadeiro clássico da cena rave do início dos anos 90. Saíram algumas boas malhas sob a designação Psychotropic, cujo mentor principal era o DJ Face. Single baseado numa linha repetida até à exaustão, muito suave, a contrastar com a rapidez e violência das batidas que na época estavam em voga. Um clássico inquestionável.

Para onde vamos?

Exactamente para aí.

Quem sabe, não esquece. E quem sabe muito... - II

Há poucos compositores/cantores como Paddy McAllon.
Criou em 1978 um dos grupos mais vitais para a pop moderna, os Prefab Sprout.
Fizeram do seu segundo álbum, "Steve McQueen" (1985), uma bíblia da escrita elegante e de composições intemporais, e atingiram o sucesso comercial com o fabuloso "From Langley Park To Memphis" (1988). Mas nunca se fizeram à estrada, nunca deram concertos, evitaram sempre fazer aparições públicas a promover o seu trabalho. Ficaram os discos, os singles e os videos a promovê-los.

Da formação original dos Sprout ficaram os McAllon, Paddy e Martin, que voltaram aos discos este ano, com o novo "Crimson/Red". E Paddy, apesar da idade e problemas de saúde, continua no topo da sua liga.

E há pouquíssimos a jogar no seu campeonato com esta qualidade.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O tempo dirá...

Se isto é genialmente mau ou terrivelmente bom.
Devonté Hynes volta como Blood Orange, com "Cupid Deluxe" (que rodámos aqui na íntegra), depois de aventuras mais alternativas com os projectos Lightspeed Champion e Test Icicles. Já andou pelo punk, rock, folk, pop, dança, ilustração, fotografia, escrita, produção... Xiça!  Agora decidiu encarnar o Prince e resgatar o R&B moderno, levando-o de volta aos 80's. Reuniu uma série de gente bem reputada do meio indie, como os Dirty Projectors e Chairlift, e mais uns quantos do Hip Hop e R&B (não é a minha cena, confesso).

Mas, por o cu de Tutanis, há pormenores de produção no "Cupid Deluxe" que me faz olhar e ouvir duas, três, quatro, cinco vezes seguidas (saltando, é claro, as faixas em que os rappers convidados fazem a sua "cena"). Faixas como "Chosen" e "Uncle ACE" são verdadeiras pérolas retro-chic 80's.

Agora, quando o Sr. Hynes lança este video para promoção da faixa que encerra o disco, "Time Will Tell", eu fico verdadeiramente baralhado. Mas vou acreditar que a sua intenção fosse criá-lo tão 80's mau que se torne 10's bom...

Para acabar com os metais pesados.

Para finalizar o dia dedicado aos metais mais pesados, acabamos com os Pain, um projeto sueco encabeçado por Peter Tagtgren e que apesar de ser essencialmente Heavy Metal, colhe também influências da música eletrónica. A banda tem estado associada a duas editoras históricas na área do heavy: a Nuclear Blast e a Roadrunner Records.

Shut Your Mouth, dedicado a muitos coleguinhas aqui do burgo.

Versões - XVIII

Por falar em clássicos dos anos 80 (estamos a falar sobre isso, certo?), um que é indelével é o "Sweet Dreams (Are Made of This)" dos Eurythmics. Fazer uma versão sobre um tema tão fantástico é algo que só podia redundar em asneira, o que é muito frequente. Para surpresa de muitos, o Sr. Marilyn Manson fez uma versão desta música, em 1995, para o álbum "Smells Like Children" e não é que saiu um tema muito interessante?!

Sobre a figura muito se poderá dizer. Que é o anti-cristo, que retirou umas costelas para poder fazer auto-blowjobs ou, como ele próprio refere "The Christian Coalition said I was throwing puppies and cocaine into the audience and demanding they kill the dogs and do the drugs, when, in fact, I'VE NEVER HURT AN ANIMAL AND I DON'T GIVE AWAY DRUGS FOR FREE". Aliás, quem será maior aberração: Marilyn Manson ou os atrasados da Miley Cyrus e Justin Bieber. Donde é que saíram estes dois seres viscosos e repugnantes?

Voltarei de certeza ao Sr. Marilyn Manson, nomeadamente ao seu excelente álbum conceptual "Antichrist Superstar".


Isto não vai lá com falinhas mansas.

E portanto venham os Amorphis, uns regurgitadores por excelência, representantes do que de melhor se faz - e fez - na área do Black e Death Metal na Finlândia e Escandinávia. É uma pena a opção que estas bandas fazem por este tipo de vocalização gutural. As letras são, em geral, bastante interessantes e poderiam ser um atractivo suplementar à boa linha melódica. No caso deste álbum, "Tales from the Thousand Lakes", os temas foram retirados do Kalevala, a tradicional epopeia finlandesa. Mas pelos vistos isso pouco interessa para o efeito.

Do Black para o Trash

Os Pantera foram "a" banda decisiva da cena Speed/Trash Metal do início dos anos 90. Enquanto os Metallica sussurravam "Nothing Else Matters" ou "The Unforgiven", os Pantera lançavam três álbuns históricos: "Cowboys from Hell", "Vulgar Display of Power" e "Far Beyond Driven". Este último, donde saiu este "Becoming", foi o mais conhecido e o que mais vendeu. Mas esse sucesso comercial deve-se em muito aos seus antecessores, em especial o "Vulgar Display of Power".

O sucesso evaporou-se com o decorrer da década, para o que muito contribuíram as drogas e tensões entre os elementos da banda. Voltaram à ribalta uns anos mais tarde e não pelas melhores razões: a morte em palco de Dimebag Darrell, assassinado por um fã tresloucado enquanto atuava no projeto paralelo Damageplan. Esse acto representaria o fim dos Pantera, ou seja, da melhor banda de metal dos anos 90.

Can you hear the violins?

La Masquerade Infernale foi um daqueles álbuns que comprei meio ao acaso. Foi lá para os finais dos anos 90, naquela grande loja que a Valentim de Carvalho tinha no Rossio (paz à alma do senhor recentemente falecido), e nem me recordo bem do motivo que me levou a comprar aquele álbum e não outro. Felizmente que assim o fiz, pois tornou-se "no" álbum de Black Metal. E porquê? Porque basicamente não é Black Metal. Onde se estaria à espera de ouvir guitarras, baterias e grunhidos temos antes violinos, pianos, vozes operáticas, tudo muito instrumental e pouco vocal. Os Arcturus são uma super-banda dentro do movimento Black Metal nórdico. Composta, no essencial, por ICS Vortex (dos Dimmu Borgir e Borknagar), Jan Axel "Hellhammer" (Dimmu Borgir, Emperor, The Kovenant, Mayhem), Samoth (Emperor, Gorgoroth, Satyricon, Mayhem) e Steiner Sven Johnsen (Mortem, Covenant), nunca foram muito regulares nos seus lançamentos, em função do envolvimento dos seus membros em outros projetos. Curiosamente, este álbum não é dos preferidos dos indefectíveis da banda ou mesmo do fã hardcore de Black Metal. Percebe-se porquê. Tem pouco desse género e muito mais de algo que se pode tentar definir como avant-garde Black Metal. O que quer que isso seja...

sábado, 9 de novembro de 2013

Onde está o meu bilhete? Ah, aqui está ele...















Há momentos assim.
Uma hora e quarenta e cincos minutos de pura electricidade, ondas sonoras maciças, iluminação intensa, vocalizações entre discursos serenos e berraria (des)controlada, sem cortesias, sem conversas da treta, nem adulações ridículas do género "adoramos Portugal" ou "vocês são o melhor público do mundo".
Foi para isto que eu paguei trinta e cinco euros.
Sabia ao que ia e fui servido com competência, profissionalismo e muito talento.
O melhor concerto de 2013 (até agora) foi tudo aquilo que se espera de um grande concerto.

P.s.: recadinho para o Coliseu dos Recreios e quem o gere: é proibido fumar em recintos públicos fechados. Façam cumprir a lei, sff.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Onde está o meu bilhete? - IV

Em jeito de despedida, para (não) variar, Pixies a cantarem sobre ovnis, Roswell (ovnis), area 51 (ovnis) e azares da vida...

Como não venerar esta gente??

Onde está o meu bilhete? - III

Será esta mais uma canção estranha?
É certamente e é por isso que a adoramos.
Estará ela prometida à noite de amanhã?
Se os deuses dos alinhamentos não forem mesquinhos...

Onde está o meu bilhete?- II

Uma canção dos Pixies é tudo menos convencial.
Temáticas tão importantes (e complexas) como ovnis, surf, incesto e outras perversões, assassinos, índios, super-heróis, estupidez e vida universitária (estupidez ainda maior) são matéria prima para pérolas como este clássico de 1987, do primeiro álbum deles, "Come On Pilgrim".

Onde está o meu bilhete?

Façam o favor de abrir a pestana.
Amanhã há, provavelmente, o melhor concerto do ano.
Têm 27 anos de carreira, mas a raiva, a urgência, o humor, a loucura e alguma (muita) gordura, continuam fresquinhas como quando começaram.

Os Pixies, a elevarem a obra dos The Jesus and Mary Chain, numa versão tremenda de "Head On".
Será certamente uma das canções que vai trazer o coliseu abaixo.

Subitamente ou não.

A senhora Anna Calvi continua a promover o seu mais recente longa duração, "One Breath".
A escolha para o novo single caiu em "Suddenly".
E eu, assim subitamente, concordo plenamente!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Beautiful Suede shoes. - V

"Head Music", de 1999, foi o quarto e o último álbum interessante antes do desatino que foi "A New Morning" e a hibernação a que banda foi colocada até ao ressurgimento em 2011.
Influenciado pelo Glam Rock dos anos 70, em particular nas figuras de Bowie e Bolan, este álbum teve uns pontos acima de "Coming Up", mas não fugiu muito à linha pop que o outro já tinha trilhado.
Podem verificar as linhagens Glam e Pop nos videos dos singles a seguir.

Curiosidade: segunda vez que os vi ao vivo, a promover este álbum, na primeira parte dos R.E.M, no Pavilhão Atlântico, actual MEO Arena. Depois só os voltaria a ver em 2000, em registo best of, na Aula Magna. E foi um belíssimo concerto. Esperemos que se repita hoje.



Beautiful Suede shoes. - IV

"Coming Up", álbum de 1997, foi um afastar do lado mais negro de "Dog Man Star", já que Brett Anderson tentou levar a banda para uma pop mais luminosa e mais comercial. Pessoalmente acho que, daqui em diante, a carreira dos Suede tornou-se mais previsível e menos interessante, mas Bernard Butler só há um e seguiu com a sua vida para outras pastagens.
Com "Coming Up" começou também uma colaboração bem interessante com o (gigante) Peter Saville, designer responsável por capas de Joy Divison e New Order.

Em 97 foi também o ano do meu primeiro contacto com os Suede ao vivo, no primeiro festival Sudoeste, quando este era interessante e mal organizado e não uma colónia de férias para sub-18.

Beautiful Suede shoes. - III

"Dog Man Star" foi o complicado segundo álbum dos Suede, em 1994.
Após as gravações do álbum, Bernard Butler (guitarrista e compositor) abandonou a banda, deitando por terra os esforços da imprensa e fãs de rotular Butler e Brett Anderson como os novos "Marr & Morrissey" dos anos 90, estabelecendo um paralelo entre a importância dos The Smiths nos 80 com os Suede nos 90.
A banda andou um bocado à deriva até ao recrutamento de um puto de 17 anos, Richard Oakes, para o lugar de guitarrista. Talento não lhe devia faltar, após audições a dezenas de guitarristas.

Fiquemos com os três singles editados desse álbum (o meu favorito).
Curiosidade: o video de "New Generation" já conta com Oakes na guitarra.





Beautiful Suede shoes. - II

Os clássicos que logo não faltarão.
Terceiro e quarto (e último) singles a serem lançados do álbum de estreia homónimo, de 1993.
Sim, já lá vão 20 anos.



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A emergência da novidade.

Ryan Lott é um tipo norte-americano, que se apresenta hoje aqui no estaminé com o seu projecto Son Lux. Tem álbum novo que se chama "Lanterns" e este primeiro avanço, "Lost It To Trying", captou a minha atenção. Não sei se o resto do álbum promete tanto como este avanço, mas pelo menos já tem o mérito de rodar na discoteca deste vosso amigo Dj.

Versões - XVII

"Ya Hei", a melhor música do último "Modern Vampires Of The City", dos Vampire Weekend, foi revista pela linha folk/country de Phosphorescent, para uma actuação na rádio norte-americana KCSN.

E eu não resisto a mais um pepsi challenge, com o video do original e o da cover.
E sei de uma garota que vai gostar muito do desafio.



Ode ao bom gosto (do frango).

Há que amar Dan Bejar.

Do seu projecto pessoal, Destroyer, até às colaborações com os The New Pornographers, tudo é muito bom ou a roçar a perfeição. E vê-lo ao vivo, embriagado até à medula e mesmo assim dar um dos melhores concertos que já presenciei, é obra.

Lança agora um novo EP, "Five Spanish Songs".
A promoção desse trabalho está a cargo do single "Bye Bye".
E o video é absolutamente delicioso. Pelo menos Bejar parece achá-lo bem delicioso.

Vai já para a lista de melhores canções/videos de 2013!

Beautiful Suede shoes.

A menos de 36 horas de mais um grande concerto no Coliseu dos Recreios recordamos algumas das nossas canções favoritas, com um grande desejo que figurem no alinhamento de amanhã.

Começamos com este lado B, "Europe Is Our Playground" (do single "Trash" de 1996), que muita gente mataria para ter como lado A de qualquer single.

Um clássico de um clássico.

Aproveitando a onda clássica que muito bem voga aqui no Duotron, lembrei-me deste clássico dos The Verve, cujo linha de apoio é uma versão orquestrada da Andrew Oldham Orchestra do clássico dos Rolling Stones "The Last Times". Muito clássico à mistura e também muita controvérsia. Bulhas no tribunal sobre direitos de autor, royalties, autorizações legais e outras. Note-se que em termos de royalties esta música reverte a 100% para os porcos Jagger/Richards. Essa dupla nojenta, que já muitos anos deve à terra, deve ter ficado bastante satisfeita com mais uns trocos para drogas e prostitutas (femininas, masculinas ou equestres, tanto se lhes dá).

Independentemente dos créditos da canção, o que fica para a história é o vídeo e a música dos The Verve, uma abertura excelente para o brilhante álbum de 1997 (já!?), Urban Hymns.

Bandas sonoras imaginárias.

A propósito da belíssima última posta do meu mui estimado companheiro e connaisseur DJ Bruto, trago também um abordagem mais clássica às minhas postas habituais, mas com um twist de electrónica.

A obra do boy wonder Nico Muhly merece-nos toda a nossa atenção, não estivéssemos a falar de um tipo com 32 anos, de formação clássica, que já compôs óperas, bandas sonoras para filmes (entre eles a de "The Reader") e arranjos para inúmeras bandas de música contemporânea e alternativa para gente como Antony, Bonnie Prince Billy e os The National.

Hoje, para deleite de quem quiser parar um pouco e contemplar o mundo à sua volta, aqui fica "Drones in Large Cycles" de Nico Muhly.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Nadzieja

Nadzieja, filme realizado por Stanislaw Mucha mas com o conceito e argumento desenvolvidos por Krzysztof Pieseiwicz (e, em parte, por Krzysztof Kieslowski). Vi o filme há uns quatro/cinco anos e confesso que não me deixou grades recordações, excepção feita à bonita fotografia e à inspiracional banda sonora, donde destacaria este Last Days, de Max Richter. Compositor com formação clássica e aluno do brilhante Luciano Berio, Richter tem várias bandas sonoras no seu currículo e colaborações com artistas de outras áreas, como Roni Size ou Future Sound of London. Os trabalhos com os FSOL são de facto muito bons e recomendam-se.

Versões - XVI

O álbum de tributo aos Depeche Mode "For The Masses: A Tribute To Depeche Mode", de 1998, ficou célebre por algumas das versões que lá constavam. Entre elas encontrava-se uma versão de "Stripped" (obra-prima da discografia dos DM, do álbum "Black Celebration" de 1986), feita pelos Rammstein, com direito a video polémico (outra coisa não se podia esperar dos senhores alemães), por usar sequências de filmes de Leni Riefenstahl, a polémica realizadora alemã que ficou sempre conotada com o regime nazi de Hitler.
Mas o que importa aqui é recordar a qualidade sonora e visual de duas estéticas alemãs, pródigas em monstros e anjos, e separadas por mais de 60 anos, mas que casaram tão bem neste video.

Guacamole & Tropicaliente.

Sim senhoras e senhoras, é ele! Ele, o grande e iluminado Silvério. O Serafim Saudade da música eletrónica mexicana é uma figura de culto no seu país e em muitos outros países latino-americanos. Sempre que vem à Europa é um show!

Gosto também muito do single "Iluminado", mas para saberem ao que o rapaz vem nada melhor do que Yepa Yepa Yepa.

O sócio silencioso.

Da Alemanha chega-nos Jurgen Paape, co-fundador da editora Kompakt, músico bem discreto, que nunca actuou ao vivo, nem como Dj. No entanto é responsável por algumas das melhoras músicas que a Kompakt já editou e que rodaram por essas pistas de dança.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

De volta aos 80 e aos New Romantics.

Já há algum tempo que não publicava um daqueles clássicos dos 80. E este é mesmo um obrigatório. A música preferida da Kim Wilde e a banda que mais influenciou em termos musicais e visuais os nossos Heróis do Mar. É verdade que as coisas começaram a descambar um pouco a partir do terceiro álbum - True, demasiado adulto e delicodoce para o meu gosto. A synthpop tinha ficado para trás mas não o sucesso.

Do primeiro álbum, Journeys to Glory, o meu single preferido deles: To Cut a Long Story Short.

Aproveitando a deixa dos nossos vizinhos...

Eis os Bigott, de Saragoça, que já andam nestas andanças há alguns anos. Os temas típicos da banda são a morte, o sexo, bebedeiras, raparigas giras e outras obsessões. Ou seja, o normal. O canibalismo é também uma opção, portanto.

Nuestros vecinos.

Sim, que irmãos é outra conversa.
Mas da terra vizinha vêm alguns ventos a considerar.
Da liga maior da pop alternativa espanhola, os Delorean vieram visitar-nos, com álbum novo, "Apar", de onde extraem este "Spirit".
Podia ser tanta coisa, tanta influência, tanta cópia, mas vamos ouvir esta canção como aquilo que ela é: uma boa música.

Loving the alien.

Os chanfrados dos MGMT continuam a chutar cá para fora pérolas estranhas a promover o seu último álbum de originais homónimo. Esta chama-se "Alien Days" e o video é um misto de David Lynch com M. Night Shyamalan.
A minha parte favorita: o lettering usado na assinatura no livro!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

BPitch Control - II

Mais um nome do catálogo da editora da Ellen Allien, Jay Haze, aka Fuckpony, é um músico e produtor norte-americano, co-fundador da Textone, que foi uma das primeiras editoras a publicar música online de descarregamento gratuito. O rapaz está também constantemente envolvido em projetos humanitários e exemplo disso é este vídeo filmado nas slums de Lima - Peru. I'm Burning Inside, um tema que tem a cara da BPitch Control. Meth anyone?

Engraçadinhos.

O novo video para o último single de "Trouble Will Find Me", "Graceless", é uma bela piada irónica, com uma grande suspeita de ter sido filmado em casa dos pais de Matt Berninger, com o próprio pai dele no papel do idoso que tenta limpar a piscina...
Isto tudo é suspeita de quem viu o belo documentário "Mistaken For Strangers", realizado pelo irmão de Matt, Tom Berninger.
Procurem-no, sff.
O documentário. Não o irmão.
Ou os dois, como quiserem.


Sacrebleu? Bien sûr, Dimitri!

Tantos Sacrebleu do comparsa DJ Ruto fizeram-me recordar o primeiro álbum do francês Dimitri From Paris, surgido no auge da música de dança francesa, num altura em que também estavam em alta os Air ou Daft Punk. Todavia, ao contrário destes, que optaram por abordagens mais electro e disco, Monsieur Dimitri apostou em sonoridades com influências do faux-jazz dos 50 e 60, música de cabaret e um house muito próprio, algo que resultou num excelente álbum, considerado pela MixMag como disco do ano.

No meio está...

O novo video dos Deerhunter, "Back To The Middle", para o mais recente "Monomania", de 2012. Depois do grande "Halcyon Digest", de 2010, a banda de Brandon Cox presenteou-nos com um bom concerto no último Optimus Primavera Sound e confirma-se como uma das boas bandas estranhas a seguir.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

The Color of Pomegranates.

Banda sonora perfeita dos Juno Reactor para o vídeo que acompanha a música e que são excertos do fantástico filme de Sergei Paradjamov, The Color of Pomegranates, também conhecido por Sayat Nova. Nele se conta a história da vida de um poeta arménio - Sayat Nova - ao mesmo tempo que se louva a cultura da Arménia, tantas vezes pressionada e em risco de desaparecimento fruto de invasões e muitos anos de opressão. Como o youtube não permite a incorporação do vídeo no blog, dêm um salto até esse site do demónio e vejam a obra-prima de Paradjamov: http://www.youtube.com/watch?v=v8LY2VgiikE

Quanto aos Juno Reactor, são um dos expoentes do Trance e em God is God percebe-se porquê.

Electro-elegance.

O duo germânico Booka Shade é conhecido por incorporar elementos techno, pop, ambient e funk nas suas músicas essencialmente house. Definidos como electro-elegance dada a fluidez e minimalismo das suas melodias, esta dupla é o também o exemplo da evolução que muitas bandas fazem e fizeram dentro dos diversos estilos da música de dança, como é o caso dos "meus" Underworld. Night Falls, do segundo álbum, Movements, de 2006. Ambient e Chill-Out para uma tarde veranil.

David Bowie + James Murphy = Yeah!

Aqui fica o video de Bowie para a remistura de "Love Is Lost", de James Murphy, que a baptizou de "Hello Steve Reich Mix".
Atenção aos pózinhos de "Ashes to Ashes" que se houve lá pelo meio.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sacré Bleu! - IV

Êtes-vous française?
Non, je suis américaine.
Uma das protegidas de monsieur Bertrand Burgalat e a artista mais interessante da Tricatel, é uma americana, Elinor Blake, que dá pelo nome artístico de April March. Eu sei que tinha prometido falar dos franciús, mas esta senhora tem a produção do monsieur Burgalat e uma boa parte dos seus álbuns são cantados em francês, cheios de referências da Chanson Française e do Yé Yé.
Não acreditam?
Então vejam o postal ilustrado de Paris (olá, casal Bruto&Bruta) do video de "Mignonette"(o som não é fabuloso, mas tinha de colocar esta pérola kitsch), single de promoção do álbum "Chrominance Decoder", de 1999.



Em 2002, April March, lançou o seu melhor álbum até à altura, "Triggers", com uma produção soberba de monsieur Burgalat.



Em jeito de brincadeira dizemos adieu com um dos pontos mais altos da carreira desta madame, comercialmente falando, na banda sonora do filme de Quentin Tarantino, "Deathproof", com esta versão "adaptada" de um original de Serge Gainsbourg, "Laisser Tomber Les Filles", rebaptizada de "Chick Habit".

Super, uéh!





Sacré Bleu! - III

Où ést la piscine?
Lá-bas?
Merci!
Outro tipo que tem passado relativamente longe do território português, assim por uns milhares de quilómetros, é Bertrand Burgalat. Músico, compositor, produtor e visionário-ó-retro encarregue da editora Tricatel, Burgalat é um tipo apaixonado pelo cruzamento das sonoridades pop dos anos 60 e 70, com a Chanson Française, o Yé-Yé e as tendências retro/easy-listening. Tudo coisas boas que me agarraram logo a meio da década de 90. Enquanto meio mundo andava extasiado a ouvir o novo som francês que emergiu nessa década, graças aos Daft Punk, Étienne de Crécy, Saint-German, Phoenix, AIR (que fizeram dois primeiros álbuns geniais e depois foi sempre a descer, mas havemos de voltar a estes monsieurs), entre outros, eu descobria o potencial do piroso-retro graças ao Monsieur Burgalat.
Depois de imensas colaborações e produções, inclusive com algumas das bandas referidas anteriormente, o seu álbum de estreia, "The Ssssound of Mmmmusic", de 2000, conquistou-me de vez, graças a faixas como esta, "Ma Rencontre":



Burgalat não tem parado e o seu último álbum, "Toutes Directions", de 2012, mantém o género, com o aprofundar da personagem sonora que criou.

Sacré Bleu! - II

Et deux croissants, s'il vous plait.
Continuamos a nosso passeio par la belle France.
La Femme é uma banda de putos franceses, dentro do espírito hipster que tanto está na moda, que cruzam referências do surf rock com o psicadelismo dos anos 60. O seu álbum de estreia, lançado este ano, intitula-se "Psycho Tropical Berlin" e foi uma boa surpresa.
Vejamos e escutemos este "Sur La Planche".

Sacré bleu!

Le DJ Ruto irá hoje passear por terras dos irredutíveis gauleses para recuperar figuras interessantes do espectro musical alternativo franciú. Começamos com monsieur Sébastian Tellier, misto de Gainsbourg com Jean Michel Jarre em dias foleiros. Recordamos a sua vertente mais gainsbourguiana com este "La Ritournelle", do álbum "Politics", de 2005, com um convidado muito especial na bateria, Tony Allen. Curiosidade: o video foi realizado por Quentin Dupieux, a.k.a. Mr Oizo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Versões - XV

O Rei-Camaleão Bowie a vestir as roupas de Nina Simone e a dar-nos umas das melhores covers do século XX.
Recordamos "Station To Station", de 1976, com este "Wild Is The Wind".

Italo Disco V

O que o Italo Disco tem de bom é que, regra geral, os artistas tinham um sucesso e depois desapareciam tal como D. Sebastião, o que nos facilita imenso o trabalhinho de vos ter que dizer alguma coisa. Portanto, sobre o Miko Mission, oiçam a música e não perguntem mais nada.

25 anos é muito tempo.

Muitos dias, muitas horas a cantar e a dizer mal de tudo.
"MORRISSEY 25 YEARS LIVE" é um registo histórico das últimas actuações ao vivo de Morrissey, nos E.U.A.. Percorrendo uma carreira de 25 anos a solo, o cantor-compositor-boxeur-e-embirrador-profissional-que-não-é-gay (segundo a autobiografia lançada na semana passada... yeah, right!), desfila os seus êxitos com o habitual charme, suportado pela (profissionalíssima) banda que o tem acompanhado na última década. Há aqui canções para todos os gostos, sem esquecer umas quantas que ele escreveu e cantou numa banda qualquer, uns tais de The Smiths, não sei se se lembram...
É a ironia, estúpido!

Nós, por cá, ainda não lhe perdoámos a falha de há dois anos ter cancelado o concerto em Cascais...
Mas há sempre margem para perdão, caso se decida a regressar e a visitar-nos.
E já temos um T2, portanto pode ficar a dormir lá em casa!


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ainda a festa dos anos 70...

E este grande sucesso da cassete e do Disco, da autoria do musicólogo Michael Zager. Ressalve-se que este vídeo foi rapidamente substituído por outro, digamos, menos interessante. De facto, não há nada como o original.

Finalmente, aponte-se os uh, uh deste canção como a influência por detrás dos uivos medonhos com que esse grande homem que é o João Baião nos brindava no histórico e inolvidável Big Show SIC, programa que fez dessa estação de TV a referência que ainda hoje em dia é.

Os Chemical Brothers yankees.

O título talvez seja uma ofensa para os Crystal Method, que lançaram bons álbuns no novo milénio, ao contrário dos Chemical que acertaram muitas vezes ao lado do alvo com os seus trabalhos mais recentes. Para mim, a partir do "Dig your own hole" foi sempre a descer, excepção feita a uns quantos singles.

Trip like I do, do primeiro álbum: Vegas.

Recordando Reed. - II

A voz sentida de Antony, num dueto com Lou Reed, em 2006.

Música da festa dos 70s? Esta, certamente.

Na verdade os Bee Gees, Abba, Donna Summer, Sylvester e afins também estiveram muito bem. Deu mesmo para um pouco de Sex Pistols e T-Rex. A seguir, 60s?


Ao dia de ontem e ao Sr. Lou Reed.


Recordando Reed.

Com John Cale, no álbum de homenagem a Andy Warhol, "Songs For Drella".

domingo, 27 de outubro de 2013

R.I.P.

Lou Reed (1942-2013) deixou-nos hoje.
Honremos a sua memória.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E sonharemos coisas tontas, rodeados de gente ainda mais tonta...

Por aqui há sonhos grandiosos de uma grande festança...
Isso ou são sonhos acabadinhos de serem polvilhados com açucar e canela!


E correremos como tontos praia fora...

Na perspectiva de mais um fim-de-semana, sem chuva, com um grande acontecimento festivo, o sentimento é aqui pelo blog é...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ai, coisa boa!

Regressamos às colaborações improváveis do genial "No Comprendo", de Khan.
Ai aguentam? Aguentam!!
Sem piedade!
Dá-lhe.

Versões - XIV

Hoje trazemos o original e a versão para fazermos o "Pepsi Challenge". Não sabem o que é? Então aprendam a nascer numa década interessante.

Do magnífico albúm de estreia, "Power, Corruption & Lies", dos New Order, trazemos "586". Não é um "Blue Monday", mas é uma grande música.
Para testarmos a competência dos imitadores/fãs, trazemos uma versão dos S.C.U.M., a dar uma roupagem mais actual, mas sem desvirtuar o lado dançável do original.

Qual escolhem?



Recado para sábado à noite.

Começamos o dia com um aviso à navegação festiva da próximo grande evento dos Dj's Bruto&Ruto, a cargo das (puritanas) Avenue D: "Don't get too drunk to f&%k".

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diga lá adeus à tia, vá.

Juntar a bela ao monstro.
À voz etérea de Julee Cruise (ai ai, que saudades de Twin Peaks), "El Turco Loco" Khan solta as suas diabruras dançantes.
Revemos, na despedida de hoje, um dos melhores discos de 2001, "No Comprendo", de Khan.
Havemos de cá voltar.
Ao disco e ao blog!


Elliot Smith

Fez 10 anos na segunda-feira, dia 21, que faleceu Elliot Smith.
Recordamo-lo num dos seus clássicos.

Os reflexos começam a ser reais.

Agora ao vivo, no nosso mui adoro The (Stephen) Colbert Report.

P.s.: temos de arranjar uma bola de espelhos daquelas para sábado...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desculpem qualquer coisinha, mais uma vez, mas...

É só mais esta, para a despedida.
Do mesmo álbum da posta anterior, um slow dos Slow Club.
Eu sei, foi uma porcaria de trocadilho.
Desculpem, mais uma vez...


Desculpem mas...

Esta não me sai da cabeça.
Partilhemos a agonia da música saltitante na memória.
Os Slow Club, casalinho inglês, de Sheffield, a contaminar-nos com esta pérola do álbum "Yeah So", de 2009.
O video tem a colaboração de um tipo que os fãs do "The Office" original reconhecerão facilmente.

Não gostas? Então vai levar no... - III

Um monumento da cultura pop faz 75 anos.
Um "guilty pleasure" que me acompanha desde que eu tenho memória visual, é hoje aqui homenageado com uma animação criada por Zach Snyder e Bruce Timm, passa em revista os principais momentos desses 75 anos.
E que bela animação.

A vida em...

Recordações que nos levam a 1996.
Quando o drum&bass, o jungle, o trip-hop e outros ritmos dançáveis nos levavam para a dominante Inglaterra.
Hoje servimos os Mono.
Um bombom ritmado, acompanhado por uma voz melancólica mas extremamente competente para a canção.

Onde andavam em 96?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mais uns putos a brincar aos clássicos alternativos.

Uma bateria, um baixo, dois Moog's e uma voz afectada.
A música que fazem não é nova, mas é um reciclado "chic-ó-depressivo".
Chamam-se S.C.U.M. O álbum, "Again Into Eyes", já é de 2011, mas continuamos a regressar aos seus sons híbridos.


Qual sol?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Vinde a mim esse fim de semana.

Sosseguem.
O estaminé estará aberto para quem quiser vir ver e ouvir boa música.

Dança, sacana!

A banda com o nome mais exclamativo do universo musical, os !!! (pronuncia-se Chk Chk Chk), a exibir-se esta manhã, só para nós...
Serviço público fantástico da KEXP, a mostrar-nos a máquina de ritmo que é esta banda.
E vale a pena perder uns minutos a acompanhar a prestação do vocalista Nic Offer.
E aqueles calções, meus amigos, se aquilo não é a capa do "Some Girls" dos Rolling Stones, vou ali e já venho.

Hell yeah!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sonhar digitalmente não paga impostos!!!

Ah e tal, não se pode fazer isso.
Por muito estúpidos que sejam, os seus colegas de trabalho têm de ser, no mínimo, respeitados e tal...
Violência não leva a lado nenhum...
...
Sonhar não ofende nem é sujeito a contribuição excepcional, certo?
Ora então fiquem com esta delícia dos Flying Lotus.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ordens superiores.

Recebidas e, em breve instantes, serão cumpridas.



Aviso à navegação: muito em breve este vosso Dj voltará a dedicar um dia a uma das suas bandas favoritas (e extremamente desconhecidas) de muitos ouvintes, os Sparks, dos irmãos Ron e Russel Mael. 
Não os conhecem? Não há problema, só temos 40 anos de carreira para descobrir...


THAT'S JUST SILLY - XII - Ou porque nunca se devia ter acabado com o trabalho infantil.

Volta, Hanna Montana.
Estás perdoada.
Mais ou menos.

Cyborgs don't feel pain.

Na sequência do caminho desbravado pelo Skrillex têm surgido muitas coisas interessantes na área do dubstep. Para mim Deadmau5 está lá no topo, mas alguns singles dos Savant também não são de desprezar. Human vs. Computer. Computer wins.

Ânsias de estar fora daqui ou que saudades disto e não daquilo.

Não, isto não está bem.

Não está nada bem, não senhor.
Em vez de se dedicar aos The Divine Comedy, o Sr. Neil Hannon anda a escrever música com o Sr. Thomas Walsh dos Pugwash sobre... Cricket?!?!? Raios e coriscos e manias tontas inglesas!
Não senhor!
Nós não queremos The Duckworth Lewis Method.
Nós queremos The Divine Comedy!
Queremos músicas sobre tudo o que se passa à nossa volta, com predominância para dramas sentimentais, domésticos e económicos. E podem também juntar alguma política. E história também, se faz favor. Tudo servido com uma escrita genial e por vezes corrosiva.
Mas cricket??!?
Não está nada bem, não senhor.

Vamos só passar o video do primeiro avanço do novo álbum deste projecto, "Sticky Wickets", porque somos cavalheiros e simpáticos. E a música até é engraçada. Mas fica por aí.

Passem bem.


Não me consigo decidir...

...qual a versão que gosto mais. Ouçamos pois as duas.





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

THAT'S JUST SILLY - XI - Come back bunny...

Este vídeo está OK, mas o programa original era fantástico.

Waldorf: These seats are awful.
Statler: Why? Can't you see anything?
Waldorf: That's the problem. I can see everything.


Memórias.

Descobri o electroclash dos Memory Boy através de uma colectânea que me emprestaram lá para os inícios de 2000. Chamava-se Tangent 2002: Disco Nouveau e trazia músicas de bandas como Adult, Susumu Yokota ou Legowelt. Não me recordo o que aconteceu à cópia que terei feito, mas ficou na memória deste rapaz que there is no electricity.


O problema das drogas.

Primeiro avanço para o novíssimo "Lousy with Sylvianbriar".
Uma das trupes mais avariadas da música alternativa norte-americana tem álbum novo e um video que é bem o reflexo da qualidade de algumas drogas que andam por aí a circular.
Assim, de repente, pareceu-me que os Of Montreal cuspiram no prato da pop e avançaram para o cachimbo do psicadélico. Vejamos o restante álbum.

Flutuando para onde interessa.

Às boas sugestões dos amigos.

Um passeio por uma carreira singular.

Recording these songs again was not so much about righting past mistakes or inadequacies, but more about the power of now. Something that’s been growing since the film shows, something that made us recognise how we feel now, and connecting that to our past feel important.
Walking up to Abbey Road, it could easily have overcome us. But it had nothing to do with its past. We weren’t there to take photos on the crossing. I didn’t think about playing the Lady Madonna piano. I’d like to say it was just another studio, but sadly, that’s not true anymore. It’s one of the only studios of its kind left. And it wasn’t about our past either. These songs feel like cover versions. Someone else’s music we feel we had something new to bring to. Abbey Road could have been a big slap on the back. Or a big punch in the face. But it felt natural. It’s where we should be. It’s important that we got here and to give ourselves some credit. It’s also important to give these songs a new life.
And so much more fun than a greatest hits album. 21 years of tindersticks. This isn’t a selected highlights. It just shows how far we’ve come.
David Boulter, 2013

(Na página oficial dos Tindersticks, a propósito da edição de "Across Six Leap Years".)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Liberta a mente e o roupão.

Ora aí está o video para o primeiro avanço do novo álbum dos Cut Copy, "Free Your Mind".
Confirma-se as suspeitas que os australianos andaram a tomar umas pastilhas com os Primal Scream e os Happy Mondays de 1991...  Aaacccciiiidddd!
Aguardemos pelo resto do álbum. Até agora, duas músicas divulgadas, nada de extraordinário.

Curiosidade do video: o loiro com ar de Thor é o Sr. Alexander Skarsgard, da série "True Blood".


Quando a arte copia a arte. - II

"The Clockwork Orange" de Stanley Kubrick, é um dos filmes mais marcantes de toda a história do cinema. Adaptação cinematográfica do romance com o mesmo nome, de Anthony Burgess (que não ficou muito contente com alguns dos pormenores do filme de Kubrick), "The Clockwork Orange" estabeleceu um patamar visual e narrativo que muitos reclamam como a razão para se terem dedicado às artes.

Hoje trazemos um descendente directo da estética de "The Clockwork Orange": o video "The Universal" dos Blur, realizado pelo talentoso Jonathan Glazer (já aqui mostrámos outro trabalho seu, o fantástico "Rabbit In Your Headlights", dos UNKLE).

Aqui ficam a cópia merecedora de aplauso e os primeiros dois minutos e dezoito segundos do original merecedor de veneração.



O avô favorito.

Começar esta sexta-feira com uma visita ao nosso avô favorito, os Grandaddy.
A banda de Jason Lytle conseguiu um culto considerável durante a década de 90 e consolidou-se como uma referência de culto do indie rock norte-americano até aos dias de hoje, graças a um casamento perfeito entre sintetizadores analógicos e guitarras distorcidas. Canções estranhas sobre robots, nerds, gente marada, odes à natureza, depressões, amores improváveis e relações disfuncionais fizeram dos Grandaddy o verdadeiro avô cantigas. 
E sim, são cantigas que verdadeiramente importam. 
Como esta "Hewlett's Daughter", primeiro single a ser retirado do álbum de 2000, (a obra prima) "The Sophtware Slump".

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Versões - XIII

Ai estamos numa de versões com moçoilas roliças?
Então toma lá uma grande versão, enorme até (se me é permitida a graçola), de uma pinderiquice dos 80's.

Senhores com senhores, senhoras com senhoras, aqui ficam os The Gossip a dar testosterona a este blog.   

Versões - XII

Sinceramente, em que outra situação eu conseguiria colocar aqui no Duotron um vídeo de alguém como as roliças Sugababes? Só mesmo porque a base é maravilhosa e as meninas e seus produtores não a conseguiram deturpar por completo.

Senhoras e senhoras, Sugababes tentando destruir o trabalho genial de Mr. Gary Numan.

Da Bélgica não vêm só bons chocolates e cervejas.

A cultura mainstream portuguesa e de uma grande maioria da Europa está formatada para receber essencialmente coisas em inglês, de preferência dos EUA, Reino Unido e em menor grau da Irlanda. Daí não ser surpreendente o eterno debate sobre o cantar-se em inglês ou na língua materna, havendo mesmo países - como o nosso - que define quotas para airplay de música nacional (vide a famigerada Lei da Rádio).

Tal facto foca muito a nossa atenção no que vem dos ditos Estados, descurando-se assim uma miríade de outros países onde por certo se elabora música de grande qualidade. É o caso da Bélgica, donde vêm nomes tão bons (ou não) e díspares como 2 Many DJs, dEUS, Enthroned, Telex, Hooverphonic, etc., etc. O próprio Django Reinhardt era originário da Bélgica.

Belgas são também os Cinerex, que caso se tivessem formado em Bristol teriam tido muito sucesso, mas como são do país da Leónidas e da Godiva ficaram num relativo obscurantismo.


Mini concerto, enorme prazer.

Canções intensas despidas de electricidade, tornadas acústicas para nosso deleite.
Os The National a exporem-se para os concertos intimistas da NPR.
Uma curta actuação que se torna enorme em entrega.

Malfeitor.

Novo video dos Camera Obscura, para o último single a ser lançado do mais recente "Desire Lines".
Um delícia de pastiche "lo-fi", qual homage às ficções científicas matreiras da década de 70.
Mim esmagar mundo com raio psicotrónico!
ARRGGHHH!!